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Para algumas pessoas no Norte de Moçambique, o acesso adequado a água limpa e potável é algo inédito. O projeto da Médicos Sem Fronteiras em colaboração com a comunidade deixou para trás os dias de exposição a doenças e infeções, como a esquistossomose
O acesso a água potável tornou-se num verdadeiro desafio no distrito de Mogovolas, na região Norte de Moçambique, onde as pessoas não tinham outra escolha senão recorrer a fontes de água inseguras para satisfazer as mais básicas necessidades. Ou, por outras palavras, não tinham outra escolha senão exporem-se a doenças e infeções transmissíveis pela água – como a esquistossomose – que as deixavam ainda mais vulneráveis a problemas de saúde de longa duração.
Essa situação obrigou a uma resposta urgente e com soluções sustentáveis por parte da Médicos Sem Fronteiras (MSF) e da comunidade, de modo a providenciar um acesso adequado a água limpa e potável, através do estabelecimento de seis poços protegidos no distrito e de algumas iniciativas de sensibilização comunitária. São atividades que colmataram as necessidades imediatas de saúde associadas à esquistossomose e a outras doenças, ao mesmo tempo que lançaram bases para uma resposta comunitária a longo-prazo.
Os poços foram construídos de modo a resistir a condições climatéricas adversas, para garantir um acesso a água potável durante o ano inteiro. Castro Pereira, técnico de água e saneamento da MSF, coordena a execução das atividades, que apoiam agora cerca de 350 lares.
Os sistemas são intuitivos, pelo que se tornam acessíveis a pessoas de todas as idades e com todo o tipo de habilidades. “Estou grata por estes poços, nunca tivemos acesso a uma coisa assim”, sublinha Rabia Chico, mãe de dois que vive na comunidade de Muepane. “Antigamente, tínhamos de percorrer longos e perigosos caminhos para recolher água, que é mais ou menos o mesmo que fazíamos quando precisávamos de ir ao hospital. Mas agora estes recursos essenciais estão mesmo à nossa porta.”
Antigamente, tínhamos de percorrer longos e perigosos caminhos para recolher água, que é mais ou menos o mesmo que fazíamos quando precisávamos de ir ao hospital.” – Rabia Chico, habitante de Muepane
Antigamente, tínhamos de percorrer longos e perigosos caminhos para recolher água, que é mais ou menos o mesmo que fazíamos quando precisávamos de ir ao hospital.”
– Rabia Chico, habitante de Muepane
“As doenças que nos afetavam no passado estão a desaparecer gradualmente, porque agora temos acesso a água limpa e segura. Isso fez a diferença, especialmente para os nossos filhos, que constumavam sofrer muito com doenças transmissíveis pela água”, acrescenta Rabia. “Os dias mais difíceis ficaram finalmente para trás.”
Com a construção dos poços, levantou-se o fardo de procurar água e abriram-se novas possibilidades para os membros da comunidade. É mais fácil agora dedicarem-se a outras atividades para ganhar um sustento, como a agricultura, o meio de subsistência mais comum em Mogovolas.
“Usamos água para tudo, desde cozinhar e beber até tomar banho e outras necessidades domésticas. Ter acesso a água limpa realmente transformou as nossas vidas e trouxe-nos uma sensação de segurança”, conclui Chico.
Ter acesso a água limpa realmente transformou as nossas vidas e trouxe-nos uma sensação de segurança.” – Rabio Chico
Ter acesso a água limpa realmente transformou as nossas vidas e trouxe-nos uma sensação de segurança.”
– Rabio Chico
Convém sublinhar, porém, que a MSF não trabalha sozinha, mas sim em estreita colaboração com líderes comunitários, bem como com as autoridades de saúde. O Comité Comunitário da Água, por exemplo, desempenha um papel fundamental na garantia da sustentabilidade dos poços protegidos. Composto por membros dedicados da comunidade local que passaram por formações em práticas de higiene e manutenção de poços promovidas pela MSF, como Fatima Aluano, o comité age como o guardião dos poços, supervisionando a gestão e manutenção dos sistemas.
“Tive a sorte de receber formação que me capacita a colaborar efetivamente com a minha comunidade, para garantir o acesso a longo prazo às fontes de água”, explica Fatima. “Com essa formação, consegui mobilizar a minha equipa para participar ativamente nas iniciativas promovidas para a manutenção dos poços.”
As responsabilidades do comité incluem mobilizar a comunidade para participar nas atividades, como a limpeza regular dos poços, organização de filas para recolher água e realização de inspeções de rotina para identificar possíveis problemas.
Além disso, o comité serve como um elo de ligação entre a comunidade e a MSF, identificando recursos e necessidades de apoio para manter os poços a funcionar. Ao promover um sentimento de propriedade e responsabilidade coletiva, o Comité Comunitário da Água salvaguarda essas fontes de água essenciais para o benefício contínuo de todos.
“Antes da construção dos poços, a nossa única opção era a água do rio para responder às nossas necessidades básicas. Isso significava que muitas vezes nos expunhamos a fontes de água contaminadas. Mas agora temos acesso a água limpa e segura dentro da aldeia. É uma paz de espírito sentir-me segura”, conclui Aluano.
Agora temos acesso a água limpa e segura dentro da aldeia. É uma paz de espírito sentir-me segura.” – Fatima Aluano, Comité Comunitário da Água
Agora temos acesso a água limpa e segura dentro da aldeia. É uma paz de espírito sentir-me segura.”
– Fatima Aluano, Comité Comunitário da Água
A natureza interconectada da água, eventos climáticos e saúde ressalta a importância da implementação de soluções abrangentes para responder a eventuais problemas. Ao integrar atividades de água, saneamento e higiene com estratégias mais amplas de adaptação climática para mitigar doenças tropicais negligenciadas, o projeto da MSF cria soluções combinadas que, por sua vez, promovem a resiliência da saúde e a sustentabilidade dos recursos para as comunidades em Mogovolas.
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