A Médicos Sem Fronteiras (MSF) é uma organização humanitária internacional que leva cuidados de saúde a pessoas afetadas por graves crises humanitárias. Também é missão da MSF chamar a atenção para as dificuldades enfrentadas pelos pacientes atendidos em seus projetos.
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Após os ataques aéreos israelitas, foram recebidos 180 feridos e 28 mortos no ponto médico apoiado pela MSF em Tal Al Sultan
Na noite de 26 de maio, ataques aéreos israelitas atingiram um campo que abrigava pessoas deslocadas, numa zona designada como segura por Israel. Após esse episódio de violência, recebemos 180 pessoas feridas e 28 mortas no Ponto de Estabilização de Traumas apoiado pelas nossas equipas em Tal al Sultan, Gaza. A maioria dos pacientes sofrera ferimentos causados por estilhaços, fraturas, lesões de traumas e queimaduras.
A Médicos Sem Fronteiras (MSF) denuncia veementemente este ataque sangrento, que ocorre dias depois do Tribunal Internacional de Justiça ordenar a Israel que interrompesse todas as operações militares em Rafah.
Reiteramos o nosso apelo urgente para um cessar-fogo imediato e duradouro.
Apesar das forças israelitas terem descrito o ataque como preciso, com alguns civis feridos, o número de vítimas dele resultante mostra o contrário.
“Mulheres e crianças estavam entre as pessoas que foram levadas para o ponto de estabilização e, mais uma vez, são os civis que pagam o preço desta guerra. Este ataque israelita a um campo populoso na chamada ‘zona segura’ em Rafah mostra o completo desrespeito pelas vidas das pessoas em Gaza”, ressalva o coordenador de emergências da MSF em Gaza, Samuel Johann.
“Embora todos os pacientes tenham sido estabilizados e encaminhados para hospitais de campanha em Rafah, nenhuma instalação de saúde em Gaza consegue lidar com um evento de vítimas em larga escala como este. O sistema de saúde foi dizimado e já não pode mais suportar”, conclui Johann.
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