Uma condição dramática: fístulas obstétricas

Evelyne, que está olhando diretamente para a câmera, está entre o grupo de mulheres que foram identificadas para fazer a cirurgia de reparo da fístula obstétrica na província rural de Bujumbura, no Burundi. Na foto, um promotor de saúde de MSF as acompanha ao centro Urumuri de MSF, em Gitega.
No dia anterior à sua cirurgia, Evelyne faz um exame de sangue. A operação irá reparar a ruptura entre seu canal vaginal e o reto e ela não vai mais ter incontinência.
Uma enfermeira a acompanha até a sala de operação. Estima-se que, pelo menos, três milhões de mulheres e meninas sofrem com a fístula obstétrica. É uma experiência devastadora: na maioria das vezes, elas são excluídas de suas comunidades e rejeitadas por seus maridos e famílias.
Um dos médicos tenta acalmar Evelyne. Existem centros de reparo de fístula obstétrica em algumas grandes cidades africanas, mas elas geralmente estão fora do alcance das mulheres que vivem em áreas rurais, como Gitega. Essas mulheres enfrentam a falta de cuidados obstétricos de emergência, que é a causa da maioria das fístulas.
Evelyne sorri quando sua cirurgia termina.
Enfermeiros levam Evelyne até sua cama.
Uma semana após a cirurgia, Evelyne está fazendo exercícios diários para recuperar o controle muscular e já não enfrenta os problemas de antes. Ela estará pronta para deixar o centro Urumuri de MSF em breve.

A fístula obstétrica é uma ruptura no canal vaginal que causa incontinência e leva à exclusão social de milhares de mulheres. Partos prolongados e obstruídos são a causa da maioria dos casos, especialmente em locais remotos, onde o acesso a cuidados obstétricos de emergência. Conheça a história de Evelyne, uma das mulheres que sofria com a fístula obstétrica e pôde se submeter a uma cirurgia de reparo no Centro de Urumuri, apoiado por Médicos Sem Fronteiras. Agora, ela pode retomar sua vida. (Fotos: Martina Bacigalupo)
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