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Milhões de pessoas já foram deslocadas e sofrem sucessivos ataques desde o início dos conflitos no país
A partir de 2011, quando uma onda de protestos eclodiu na Síria e se transformou em uma guerra em larga escala, milhões de pessoas passaram a sofrer com a violência dos conflitos e precisaram deixar suas casas, ocasionando na maior crise de descolamento desde a Segunda Guerra Mundial. Após dez anos, o sistema de saúde, que antes conseguia atender relativamente bem a população, carece de suprimentos e está destruído. As equipes de Médicos Sem Fronteiras (MSF) permanecem no país e em regiões vizinhas para oferecer assistência às vítimas desse cenário devastador.
Veja cinco fatos importantes para compreender a situação humanitária e médica na Síria depois de uma década em um contexto de conflitos incessáveis pelas partes envolvidas:
1. Hospital apoiado por MSF em Magrat Al Numan, Idlib, é bombardeado
Último reduto da oposição, Idlib é uma região superlotada onde os sírios procuram refúgio em campos insalubres que sofrem constantes ataques. Em 15 de fevereiro de 2016, o hospital apoiado por MSF em Maarat Al Numan, Idlib, foi atacado por quatro foguetes lançados pelas forças sírias e seus aliados russos, em um duplo golpe. A estratégia, já documentada em outros bombardeios a instalações médicas, consiste em alvejar o local pela segunda vez, onde os socorristas já estão atendendo as primeiras vítimas. No episódio, 25 pessoas foram mortas e 11 ficaram feridas.
Os bombardeios ameaçam a população e as atividades médicas, que foram criminalizadas pelo governo sírio em 2012, em áreas controladas pela oposição. Mesmo não autorizada, MSF decide atuar nesses locais. As equipes já precisaram trabalhar em uma caverna e em uma casa de fazenda para se proteger dos ataques.
2. Perseguição constante
De 2012 a 2013, os sírios que viviam em áreas insurgentes, fora das zonas controladas pelo governo, enfrentaram a escassez de alimentos e cortes de água e eletricidade. Em certas situações, foi observado que quase toda ajuda humanitária internacional era recebida pelas áreas sob domínio do governo.
Além da privação de recursos, os civis sofrem constantes ofensivas em territórios de conflito. Em 21 de agosto de 2013, Ghouta é atingida por ataques aéreos e supostos ataques químicos. Em menos de três horas, os hospitais apoiados por MSF trataram mais de 3.600 pacientes com sinais de exposição a agentes tóxicos, e 355 morrem. Esse tipo de ofensiva por envenenamento se repetiu em demais ataques em Idlib, entre 2015 e 2017.
Em Raqqa, uma área sob domínio do Estado Islâmico desde 2014, os habitantes suportam execuções sumárias diariamente e ataques da coalizão. Os sobreviventes são considerados apoiadores do grupo e podem ser presos por tempo indeterminado sem julgamento.
3. População permanece sitiada mesmo após ataques
Na Síria, os civis de regiões sitiadas permanecem sem ajuda e aprisionados. As áreas são impedidas de receber alimentos e medicamentos, bem como os enfermos graves são impossibilitados de chegar até os hospitais.
Em abril de 2016, sucessivos ataques em Aleppo oriental atingiram 14 instalações médicas. No primeiro dia de ofensivas, uma unidade de saúde tratou mais de 80 pessoas feridas e 55 pacientes morrem. Em julho do mesmo ano, constantes cercos instalados impedem os habitantes de fugir do local.
Após meses de bloqueio interrupto, o governo e a Rússia criam “corredores humanitários” para a saída da população, mas grupos armados de oposição impedem que os habitantes os utilizem e muitos se sentem intimidados a deixar a cidade. A última ajuda médica enviada por MSF aos hospitais chegou em agosto do mesmo ano.
4. Crise econômica agrava a situação da população síria
A população síria é obrigada a passar por sucessivos deslocamentos para fugir da guerra. A cada mudança, eles precisam enfrentar mais dificuldades. A crise no Líbano e a desvalorização do dinar iraquiano fizeram com que a libra síria, moeda do país, perdesse 98% de seu valor em relação ao dólar americano em menos de um ano. A situação é agravada pela pandemia de COVID-19 e por sanções impostas pelos Estados Unidos.
Cerca de 2,8 milhões de pessoas necessitam de ajuda humanitária no noroeste do país para conseguir comida, água, abrigo, saúde e educação. Vivendo a realidade de ataques constantes, a população enfrenta agora ainda mais necessidades.
5. Habitantes da Síria permanecem abandonados
Em 10 anos de guerra, os habitantes da Síria que fogem da violência acabam, em sua maioria, na já superlotada província de Idlib. Mesmo quando estão em campos de deslocados explicitamente identificados, os civis não são poupados de ataques aéreos e o sufocamento dos cercos. Mais de 13 milhões de pessoas já foram forçadas a deixar tudo para trás e se deslocar durante uma década de guerra. Desse número, mais 5,6 milhões buscaram países vizinhos, como o Líbano, Turquia e Jordânia, e também na Europa.
Confira mais acontecimentos, relatos e informações sobre os 10 anos de guerra na Síria aqui.
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