A Médicos Sem Fronteiras (MSF) é uma organização humanitária internacional que leva cuidados de saúde a pessoas afetadas por graves crises humanitárias. Também é missão da MSF chamar a atenção para as dificuldades enfrentadas pelos pacientes atendidos em seus projetos.
Como organização médica, buscamos sempre oferecer o melhor tratamento disponível aos nossos pacientes. O trabalho de MSF envolve uma grande variedade de atividades, desde a organização de campanhas…
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Após a escalada da guerra na Ucrânia, que intensificou um conflito armado internacional iniciado em 2014, a população continua a sofrer as consequências devastadoras dos combates, visíveis nas vidas perdidas, amputações e destruição de infraestruturas civis. As necessidades médico-humanitárias são mais evidentes do que nunca. Os serviços de saúde da Ucrânia enfrentam uma pressão crescente, agravada por ataques frequentes a hospitais, ambulâncias e outras instalações médicas.
Desde 2022, a Médicos Sem Fronteiras (MSF) tem testemunhado um aumento no número de pacientes com ferimentos relacionados com a guerra que necessitam de reabilitação, incluindo fisioterapia pós-amputação. O impacto psicológico da guerra agravou-se, com um crescimento acentuado de casos de perturbação de stress pós-traumático. Nas áreas próximas das linhas da frente, os bombardeamentos contínuos dificultam o acesso a cuidados essenciais para aqueles que enfrentam maior risco, incluindo idosos e pessoas com doenças crónicas.
A MSF mantém um projeto de reabilitação precoce em Cherkasi e Odesa, onde pacientes que sobreviveram a ferimentos causados por traumas violentos têm acesso a fisioterapia pós-operatória, apoio à saúde mental e cuidados de enfermagem. Em 2023 e 2024, a organização prestou tratamento a 755 pacientes. Em relação ao ano anterior, os casos de amputação de membros inferiores aumentaram dez por cento.
Mesmo que a guerra terminasse amanhã, centenas de milhares de pessoas continuariam a precisar de fisioterapia e apoio psicológico durante anos.
No último ano, metade dos pacientes deste projeto foi diagnosticada com perturbação de stress pós-traumático ou depressão. Em resposta a esta crise crescente, a Médicos Sem Fronteiras assegura um projeto dedicado à saúde mental em Vinnitsia, focado na recuperação psicológica e no acompanhamento a longo prazo.
“A guerra mantém-se intensa e as necessidades médico-humanitárias tornaram-se ainda mais complexas. Mesmo que a guerra terminasse amanhã, centenas de milhares de pessoas continuariam a precisar de fisioterapia e apoio psicológico durante anos. Garantir esses cuidados exige um compromisso humanitário duradouro”, sublinhou o responsável pelos programas da MSF na Ucrânia, Thomas Marchese.
As unidades de saúde na Ucrânia enfrentam desafios extremos ao tentar equilibrar a resposta a emergências com a prestação contínua de cuidados médicos. Nos últimos três anos, ataques de drones e mísseis tornaram-se uma ocorrência diária, atingindo até cidades a mais de mil quilómetros da linha da frente. As unidades médicas e os profissionais de saúde foram forçados a adaptar-se, tratando pacientes em abrigos subterrâneos e caves, muitas vezes sob apagões devido aos ataques à infraestrutura energética.
Para aliviar a sobrecarga dos hospitais nas zonas mais afetadas, a MSF assegura a transferência de pacientes de unidades sobrelotadas para hospitais em regiões centrais e ocidentais da Ucrânia, onde há maior capacidade de resposta. Desde 2022, mais de 25.000 pacientes foram transferidos, tendo a maioria ferimentos graves e sofrimento psicológico.
Em 2024, as equipas da MSF em clínicas móveis e ambulâncias próximas da linha da frente observaram um aumento significativo nos casos de doenças crónicas, como problemas cardiovasculares, diabetes e cancro. Estes casos representavam 24 por cento de todas as referências médicas em 2023, atingindo 33 por cento em 2024. No entanto, os bombardeamentos contínuos impedem frequentemente a MSF de alcançar certas zonas, deixando muitas pessoas sem acesso a cuidados médicos. A maioria dos doentes crónicos são idosos com mobilidade reduzida, e, em algumas regiões, passaram a viver permanentemente em abrigos subterrâneos devido à intensidade dos ataques.
“Para muitas pessoas em situação de vulnerabilidade, partir não é uma opção. Nem todos podem abandonar as casas e recomeçar a vida noutro lugar. A continuação dos combates mantém estas comunidades frequentemente isoladas dos cuidados médicos, impedindo muitas vezes as nossas equipas de chegar às áreas mais afetadas, devido aos bombardeamentos”, destacou Thomas Marchese.
Com a guerra na Ucrânia a entrar no quarto ano, as equipas da MSF constatam diariamente o agravamento da crise médico-humanitária. Apesar da notável resiliência do sistema de saúde ucraniano face à violência extrema, as necessidades médicas e psicológicas são cada vez maiores. Mesmo que os combates terminassem amanhã, os efeitos a longo prazo, tanto físicos como psicológicos, prolongar-se-iam por anos. Além disso, a infraestrutura do país sofreu danos graves, com hospitais diretamente atingidos por ataques. Centenas de milhares de pessoas necessitarão de acompanhamento médico, reabilitação e apoio psicológico muito depois do fim da guerra.
A MSF continua a prestar assistência na Ucrânia, tanto nas zonas próximas da linha da frente como noutras regiões do país. No entanto, é necessário mais apoio para garantir a continuidade dos cuidados essenciais às pessoas afetadas pela guerra.
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