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As equipas da Médicos Sem Fronteiras (MSF) estão nas regiões mais afetadas, a providenciar apoio de emergência às pessoas em situação de vulnerabilidade
Mais de um terço do Paquistão continua debaixo de água, devido às monções com chuvas torrenciais que começaram em junho e culminaram em cheias devastadoras no fim de agosto. Estima-se agora que cerca de 33 milhões de pessoas tenham sido afetadas e que 1 500 tenham morrido.
As pessoas que perderam a casa estão agora a viver em abrigos temporários improvisados, sem acesso a comida ou a água potável. As que viviam nas áreas mais remotas ficaram praticamente inacessíveis e passaram semanas sem receber assistência médica, por causa dos danos que as cheias causaram nas estradas e pontes do país.
“É desolador ver como as casas de barro foram completamente destruídas pela água. Desapareceram quase por completo. Em muitos sítios, a água está tão alta que a única coisa que as pessoas podem fazer é esperar que recue. É horrível”, frisa o coordenador de emergência da MSF na província do Balochistão, Shahid Abdullah.
Há também muitas instalações de saúde afetadas, o que condiciona fortemente o acesso das pessoas a cuidados médicos, sendo agora praticamente impossível obter tratamento para doenças crónicas ou fazer exames de ginecologia em algumas áreas do país.
As equipas da Médicos Sem Fronteiras (MSF) estão nas regiões mais afetadas, a providenciar apoio de emergência às pessoas em situação de vulnerabilidade.
“As águas paradas trazem problemas de saúde, e a situação não vai melhorar em breve. Vemos pacientes com doenças transmissíveis pela água, como a diarreia, malária, doenças de pele e infeções nos olhos. Os desafios são imensos”, explica Abdullah.
As equipas da MSF estão a responder às cheias nas províncias de Sindh, Balochistão e Khyber Pakhtunkhuwa. Até à data, providenciaram cerca de 10 000 consultas através das clínicas móveis a pessoas que estão abrigadas em campos, assim como a pessoas que ficaram isoladas devido às inundações. As equipas médicas fornecem tratamento para doenças de pele, diarreia, malária e infeções nos olhos, entre outros problemas de saúde. Na província de Punjab, realizou-se uma avaliação das necessidades e está a ser planeada uma resposta de emergência na região.
As necessidades de água e saneamento são prementes, e imensas pessoas continuam sem acesso a água limpa. Face a isto, a MSF já forneceu, no total, mais de 300 000 litros de água potável – um número que continuará a crescer à medida que as equipas de água e saneamento executam o seu trabalho.
Para além disso, foram também distribuidos mais de 5 000 kits de artigos essenciais – incluindo kits de higiene e cozinha, redes mosquiteiras e repelentes de mosquitos – a cerca de 1 500 famílias no Balochistão e em Khyber Pakhtunkhuwa.
No distrito de Dadu, as equipas estabeleceram duas clínicas móveis, para prestar cuidados médicos a pessoas com doenças de pele, malária e diarreia. Até agora, mais de 1 500 pessoas receberam tratamento através destas duas clínicas. A MSF teve também de utilizar barcos para fazer o levantamento das necessidades em aldeias remotas, que foram isoladas da assistência médica por causa das inundações. Todos os dias, são também providenciados mais de 20 000 litros de água potável em vários campos do distrito de Dadu.
Estão a ser realizadas avaliações das necessidades na cidade de Sukkur, no Norte da província de Sindh. As equipas de água e saneamento da MSF já começaram a providenciar água potável, instalando tanques de água com uma capacidade de 24 000 litros, que são abastecidos diariamente. Foram fornecidos mais de 200 000 litros de água a pessoas deslocadas abrigadas nas planícies de Labour Colony e no campo de Lab-e-Mehran, no distrito de Sukkur.
“Muitas pessoas perderam tudo. Para além disso, vivem agora à beira da estrada, sem acesso a água potável ou a uma sanita”, sublinha o coordenador de emergência da MSF no Balochistão. “É especialmente difícil para as mulheres, que têm ainda mais desafios no acesso a alguns bens e serviços.”
A MSF estabeleceu duas clínicas para consultas ambulatórias nos distritos de Naseerabad e Jaffarabad, tendo já prestado assistência médica a 7 000 pessoas.
Em Chaman, as equipas médicas providenciaram mais de 450 consultas médicas, e em Quetta mais de 800 consultas ambulatórias. Nestas cidades, os cuidados de saúde são, maioritariamente, para infeções respiratórias e diarreia aquosa aguda.
“Os desafios são imensos. Há uma espécie de batalha para obter recursos médicos e humanos – tanto médicos, como enfermeiros – e em muitas áreas é muito difícil chegar às pessoas”, acrescenta Abdullah.
No distrito de Charsada, a MSF estabeleceu três clínicas móveis em aldeias próximas de rios. Nestes sítios, a maioria das casas ficou total ou parcialmente destruída, e os habitantes enfrentam agora surtos de doenças transmissíveis pela água.
Na semana passada, as equipas médicas observaram 983 pessoas com infeções em várias partes do corpo, nomeadamente infeções nos olhos, na pele e do trato respiratório, assim como examinaram pacientes com diarreia aguda e doenças crónicas. As equipas também distribuíram artigos essenciais não-alimentares a mais de 600 famílias nestas aldeias.
No Sul de Punjab, as equipas de resposta de emergência identificaram necessidades prementes no acesso a serviços de saúde primários e a água potável, e estão a planear uma intervenção de emergência no distrito de Rajanpur.
“As necessidades são enormes, mas estamos satisfeitos por podermos prestar o nosso apoio”, conclui Shahid Abdullah.
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