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A violência intensa na cidade está a afetar tudo e todos, incluindo as instalações médicas, que são constantemente atingidas por bombardeamentos
Desde 10 de maio, El Fasher tem sido palco de intensos combates entre as Forças Armadas Sudanesas (SAF) e as Forças Conjuntas e as Forças de Apoio Rápido (RSF). A cidade continua a ser devastada e, como consequência, os hospitais estão a ser danificados e encerrados.
Tornou-se impossível levar ajuda exterior para a cidade de El Fasher, devido à intensidade da violência. Entretanto, milhares de pessoas fugiram em busca de segurança, muitas delas em direção ao campo de Zamzam, onde se enfrenta já uma crise aguda de desnutrição. As equipas da Médicos Sem Fronteiras (MSF) estão a adaptar a prestação de assistência médica conforme as necessidades aumentam e o acesso aos cuidados diminui.
Desde que os combates começaram há seis semanas, mais de 260 pessoas foram mortas e mais de 1.630 feridas, entre elas mulheres e crianças.” – Michel-Olivier Lacharité, coordenador de emergências da MSF
Desde que os combates começaram há seis semanas, mais de 260 pessoas foram mortas e mais de 1.630 feridas, entre elas mulheres e crianças.”
– Michel-Olivier Lacharité, coordenador de emergências da MSF
Dos três principais hospitais de El Fasher, apenas o Hospital Saudita continua parcialmente em funcionamento. Na noite de 21 de junho, um bombardeamento levado a cabo pelas Forças de Apoio Rápido atingiu a farmácia desse hospital, que é atualmente o único com capacidade cirúrgica em El Fasher, matando uma farmacêutica do Ministério da Saúde.
“Esta é a segunda vez que o Hospital Saudita é atingido desde o início dos combates, e a oitava que um hospital é bombardeado na cidade, nas últimas seis semanas”, alerta o coordenador de emergências da MSF, Michel-Olivier Lacharité.
Embora o Hospital Saudita permaneça aberto e a receber pacientes, são necessárias mais provisões para continuar a tratar feridos. Além disso, o medo de um novo ataque é constante, devido aos incessantes combates nas proximidades.
Outras instalações têm também sido afetadas. O hospital pediátrico Babiker Naharni foi atingido a 11 de maio por um ataque aéreo que acabou por cair a apenas 50 metros da unidade. O Hospital do Sul foi também danificado a 24 de maio, com tiros de morteiros e balas, que mataram duas pessoas e feriram 14, forçando a MSF e o Ministério da Saúde a evacuar a instalação. No dia 8 de junho, o Hospital Sul foi completamente encerrado depois de ter sido invadido e saqueado pelas Forças de Apoio Rápido, que dispararam tiros dentro das instalações.
“Desde que os combates começaram há seis semanas, mais de 260 pessoas foram mortas e mais de 1.630 feridas, entre elas mulheres e crianças”, sublinha Lacharité. “Não sabemos se os hospitais estão a ser deliberadamente visados, mas é imperativo proteger e respeitá-los. Os civis estão encurralados e não conseguem sair. As vidas deles têm de ser protegidas e devem ser capazes de receber tratamento se necessitarem.”
A MSF continua a apoiar o Hospital Saudita, que era originalmente uma maternidade, e que precisa agora de ser adaptado para gerir o novo influxo de feridos e sobreviventes em larga escala, ao mesmo tempo que será necessário continuar a prestar cuidados a mulheres e a recém-nascidos.
Os nossos profissionais também foram deslocados pelos combates e alguns colegas perderam as casas com os bombardeamentos” – Michel-Olivier Lacharité
Os nossos profissionais também foram deslocados pelos combates e alguns colegas perderam as casas com os bombardeamentos”
– Michel-Olivier Lacharité
Durante vários dias, o Hospital Saudita não teve eletricidade suficiente para realizar cirurgias, mas as equipas da MSF ajudaram a restaurar o fornecimento de energia. Estamos também a ajudar a estabelecer as urgências e a avaliar as necessidades de provisões e materiais médicos. De 10 de maio a 11 de junho, um total de 1 418 feridos chegaram ao Hospital Sul e posteriormente ao Hospital Saudita, 226 dos quais faleceram.
“Estamos a fazer o nosso melhor para fornecer apoio, mas a situação em El Fasher é caótica”, frisa Lacharité. “Não há lugares seguros na cidade e a comunicação é frequentemente interrompida, o que torna a circulação extremamente difícil, bem como a avaliação das necessidades e a organização das provisões. Os nossos profissionais também foram deslocados pelos combates e alguns colegas perderam as casas com os bombardeamentos, por isso estão todos a tentar lidar com a situação.”
A MSF está a transferir os serviços de cuidados maternos e neonatais do Hospital Sul para o hospital de campanha da organização no campo de Zamzam, a 15 quilómetros da cidade. O Hospital Sul tornara-se praticamente inacessível mesmo antes de encerrar, devido aos intensos combates, que impediam cada vez mais mulheres de chegar ao hospital.
As pessoas fogem de diferentes áreas de El Fasher em busca de segurança, e as equipas da MSF têm observado um afluxo de deslocados em direção ao campo de Zamzam e além, para áreas como Sortoni e Rokero, em Jebel Marra.
“As nossas equipas têm visto pessoas na estrada, a fugir de outras regiões da cidade em direção a Zamzam”, relata Lacharité. “Ainda não temos uma estimativa clara de quantas pessoas deixaram El Fasher, mas parece que dezenas de milhares têm partido em direção a Zamzam.”
A MSF tem respondido a uma catastrófica crise de desnutrição no campo de Zamzam, onde vivem já cerca de 300 000 pessoas, prestando cuidados através de duas clínicas e um hospital de campanha.
Os inquéritos nutricionais realizados em janeiro e novamente em março e abril revelaram que as taxas de desnutrição entre as crianças atingiam o dobro do limiar de emergência, com resultados semelhantes entre gestantes e lactantes, sinalizando uma crise enorme e potencialmente fatal no campo de Zamzam.
“No atual caos criado pelo conflito, não somos capazes de reavaliar as taxas nutricionais no campo, avaliar novas necessidades ou determinar o número de novas pessoas que chegam”, explica Michel-Olivier Lacharité.
“O conflito impactou as nossas equipas; alguns foram deslocados e estão a trabalhar remotamente, enquanto muitos dos restantes também foram deslocados. Estão a fazer tudo o que podem para manter as atividades a funcionar e abrir a nova maternidade, para garantir ao mesmo tempo a própria segurança e as necessidades”, conclui o coordenador de emergências da MSF.
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