A Médicos Sem Fronteiras (MSF) é uma organização humanitária internacional que leva cuidados de saúde a pessoas afetadas por graves crises humanitárias. Também é missão da MSF chamar a atenção para as dificuldades enfrentadas pelos pacientes atendidos em seus projetos.
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Residentes enfrentam superlotação, falta de alimentos, água e saneamento
A organização humanitária internacional Médicos Sem Fronteiras (MSF) está oferecendo cuidados médicos em dois acampamentos em Juba, capital do Sudão do Sul, onde 40 mil pessoas buscam refugiar-se dos confrontos generalizados que eclodiram em meados de dezembro, após um desentendimento entre o presidente e o principal líder da oposição. A tensão evoluiu para um conflito em larga escala que afeta grande parte do país e já resultou em mais de 10 mil mortes, 710 mil pessoas deslocadas e mais de 170 mil refugiados, de acordo com o Escritório da ONU para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA).
MSF realiza cerca de 1.600 consultas por semana em dois acampamentos, principalmente referentes a doenças diarreicas, desnutrição e infecções do trato respiratório. A organização também administra estruturas para internação nos dois acampamentos, totalizando uma capacidade de 50 leitos.
No campo de Tomping, as condições de vida são extremamente precárias. O acampamento está superlotado, com apenas 10 metros quadrados para cada pessoa, e água e saneamento são um enorme problema. Mais de 50 pessoas têm de dividir a mesma latrina, o que está acima do patamar de emergência. Essas condições exacerbam os problemas de saúde entre os residentes do acampamento. A estação chuvosa vai começar no final de março, o que, a menos que os residentes sejam transferidos para um local menos superlotado com melhor sistema de drenagem, vai causar um aumento no número de casos de doenças diarreicas e malária. Um acampamento inundado e superlotado torna a situação insustentável para os residentes do campo, muitos dos quais têm muito receio de serem novamente atacados caso voltem para casa. Agora, há um plano ambicioso de transferir os residentes para o campo Juba 3, onde as condições são melhores. Diretamente do campo de TompingNa manhã de 16 de dezembro, Mary Michael deu à luz um menino. Na noite anterior, houve tiroteios perto de sua casa. Embora ela estivesse muito fraca, pois tinha acabado de ter seu filho, ela sabia que tinha de fugir da região de Kor William em Juba, onde vivia com seu marido Banyi. “Todos os meus vizinhos estavam fugindo. Eu havia dado á luz naquela manhã. Eu não podia sair dali, com medo que meus filhos fossem expostos a mais perigo. Próximo do meio-dia, amarrei minha barriga, carreguei meu filho de cinco horas e caminhei para o acampamento. Agora estou aqui com meu bebê e meus outros sete filhos. Não sei onde está meu marido, nem se está vivo, morto ou se acabou se juntando aos combatentes. Não sei onde estão meus familiares nem como estão. Espero que fiquem todos bem até que nos reencontremos um dia. Meu filho de cinco anos, Kwashi Ban, está muito doente por causa de seus ferimentos e da pele descamando. Ele está na clínica há quase uma semana. Os médicos dizem que ele está com desnutrição, porque não come e reclama de dores no estômago. Somos muitos no acampamento e não sei que doenças meu filho pegou e outras pessoas. Não tenho ideia do que acontecerá com o futuro do país; os confrontos continuam em andamento e alguns de nós estão sendo mortos inocentemente devido aos combates.” Mary Nyakan é mãe de três crianças. Ela veio ao campo de Tomping no dia 16 de dezembro. Seu filho de dois anos, Simon Malek, foi internado na clínica de MSF há duas semanas e sofre com pneumonia e desnutrição associadas à diarreia aquosa.
“A situação era terrível. Houve assassinatos e roubos, e, então, tivemos que vir para cá. A vida nos acampamentos é muito difícil. Não há comida e água e saneamento são escassos. Estamos submetidos a péssimas condições e acho que é por isso que nossas crianças estão adoecendo. Os únicos alimentos que recebemos são feijão, farinha, arroz e mingau embalado, o que serve apenas para sobrevivermos. Não há espaço suficiente nem abrigo adequado. Rezo por paz e misericórdia para nós, que estamos sofrendo. Os líderes que estão lutando deveriam acabar com isso para que pudéssemos voltar às nossas casas.”
Mam Pal chegou a Tomping no dia 17 de dezembro, sem nada. Ela foi levada à clínica de MSF em trabalho de parto e ali deu à luz no dia 14 de janeiro. Ela está na clínica até hoje. “Desde que dei à luz, estou muito fraca. Meu leite materno não é suficiente para o meu bebê Nyabos Deng Nyal, que está em tratamento para desnutrição. As condições de vida aqui são muito ruins, mas eu não vou voltar para casa.”
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