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MSF atua na resposta ao novo coronavírus em cinco províncias sul-africanas
No dia em que o hospital de campanha administrado por MSF em Khayelitsha foi inaugurado (1º de junho), 1.730 novos casos de COVID-19 foram registrados no Cabo Ocidental, província da África do Sul onde a cidade está localizada. Para aliviar a imensa pressão no Hospital Distrital, 17 pacientes foram transferidos para o hospital de campanha naquele primeiro dia. Durante o período de pico de transmissão, a instalação chegou a cuidar de 52 pessoas simultaneamente. Hoje, as autoridades de saúde observam uma desaceleração no número de pacientes com COVID-19 que precisam de cuidados hospitalares na província, com 354 casos ativos relatados em Khayelitsha em 4 de agosto, em comparação com os mais de 1.000 no final de junho.
Devido a essa melhora, MSF, junto com autoridades do Departamento de Saúde, decidiu fechar o hospital de campanha, com o último paciente sendo admitido em 5 de agosto. Desde a inauguração, um total de 241 pessoas foram internadas, 194 tiveram alta, 8 foram transferidas para outras unidades e 5 pacientes permanecem em atendimento. Lamentavelmente, 34 pessoas morreram.
À medida que o COVID-19 surge no Cabo Oriental, MSF enviou uma equipe para apoiar o desenvolvimento de uma enfermaria de COVID-19 para o Hospital Butterworth, que atende à população rural de Mnquma, com 286 mil habitantes, compartilhando lições aprendidas em Khayelitsha. Em 31 de julho, um caminhão carregando equipamentos médicos do hospital de campanha, disponível devido à queda na demanda por leitos, chegou na unidade.
O Cabo Ocidental estava à frente da curva de COVID-19 na África do Sul, e hoje as lições aprendidas em Khayelitsha são de alta relevância, já que o novo coronavírus surge em outros locais de poucos recursos na região. “A lição mais importante que aprendemos em Khayelitsha é que a reatividade é a chave”, disse o líder do projeto, Eric Goemaere. “Ao contrário das epidemias de HIV e tuberculose, que permitem mais tempo para reagir, com COVID-19 se você não estiver pronto quando a onda chega, não há recuperação.”
O que isso significa na prática é que não houve tempo suficiente para desenvolver um hospital independente, “completo com um laboratório, serviço de lavanderia e tudo o mais”. Originalmente, o pico do Cabo Ocidental estava previsto para agosto, mas como se trata de uma epidemia imprevisível, o pico ocorreu mais cedo, no final de julho.
Escolher a resposta certa para o contexto foi tão importante quanto estar pronto com uma resposta, na avaliação de Claire Keene, coordenadora médica do projeto de MSF em Khayelitsha. “Você tem que perguntar ‘onde estão as lacunas no sistema e, se preenchermos essa lacuna, isso realmente fará diferença?’,” analisou, acrescentando que em Khayelitsha, MSF, em parceria com autoridades de saúde, identificou a necessidade de leitos e cuidados para pessoas com COVID-19 moderado a grave, que estavam precisando de oxigenoterapia ou com comorbidades como diabetes, HIV ou tuberculose.
“Em outras palavras, em vez de investir em unidades de UTI caras para poucas pessoas, decidimos montar uma resposta voltada para a maioria das pessoas que precisam de cuidados médicos contra a doença. Sentimos que esta mesma lacuna existe atualmente na África do Sul, e que o investimento no nível de cuidados intermediários é o que é mais necessário”, disse Keene.Muitos pacientes com comorbidades foram admitidos no hospital de campanha e, segundo a gerente de atividades médicas, Celeste Jonker, sua equipe teve que se ajustar rapidamente ao fato de que os casos encaminhados eram mais complexos do que o previsto.
“Soluções rápidas são necessárias para combater o coronavírus, mas existe o perigo de se concentrar demais na COVID-19. Em Khayelitsha, por exemplo, as soluções tiveram que ser rapidamente encontradas para atender pessoas que sofriam de outras doenças. Mais da metade dos nossos pacientes tinham doenças não transmissíveis, como hipertensão ou diabetes, e 16 por cento eram soropositivos, alguns com HIV avançado”.
O oxigênio é o principal “medicamento essencial” para o tratamento de COVID-19, segundo Jonker, mas é um recurso escasso. “Quarenta por cento dos pacientes internados no hospital de campanha necessitaram de oxigênio de alguma forma e, como cada pessoa pode usar até 28.000 litros de oxigênio por dia, soluções inovadoras precisam ser encontradas para garantir seu fornecimento contínuo”.
Das três instalações de COVID-19 desenvolvidas na área metropolitana da Cidade do Cabo, o hospital de campanha administrado por MSF em Khayelitsha era o único que atendia uma comunidade específica. “Esta foi uma grande vantagem”, disse Jonker. “Tornou a movimentação do paciente mais fácil e o apoio do hospital distrital mais eficiente”.
Muitos pacientes relataram que gostavam de ser tratados mais perto da família e de casa. “Você não pode ver sua família, por causa do perigo de espalhar este vírus, mas pelo menos eles estão por perto e podem trazer comida. E as enfermeiras estão com você na enfermaria o tempo todo”, disse Esther Sithole [71 anos de idade], paciente do hospital de campanha.
O estigma é uma ameaça muito real – em março, o primeiro paciente confirmado com COVID-19 positivo em Khayelitsha teve que sair de casa após ser ameaçado, e em KwaZulu-Natal no final de julho uma instalação para COVID-19 foi destruída. Após 20 anos respondendo às epidemias de HIV e tuberculose em Khayelitsha e Eshowe, em KwaZulu-Natal, MSF aprendeu a importância de uma comunicação clara com as comunidades.
“Antes de abrir o hospital de campanha, procuramos os líderes comunitários e garantimos seu apoio e ajuda para identificar desafios potenciais que não havíamos previsto. Passamos semanas educando as pessoas sobre o COVID-19 em shoppings, pontos de táxi e clínicas, e fornecemos máscaras de pano e kits de lavagem das mãos para ajudá-las a implementar os conselhos que estávamos dando”, disse Mpumi Zokufa, gerente de promoção da saúde de MSF em Khayelitsha.
Para Zokufa e seus colegas de MSF, a linha de frente do COVID-19 não está localizada em hospitais, clínicas e hospitais de campanha, mas nas ruas e nas casas das pessoas.
MSF está atualmente envolvida em responder à COVID-19 em cinco províncias sul-africanas:
No Cabo Ocidental, MSF trabalhou com o Departamento de Saúde e a Cidade do Cabo administrando um hospital de campanha em Khayelitsha e conduz atividades extensivas de promoção da saúde nas comunidades.
À medida que o COVID-19 surge no Cabo Oriental, MSF enviou uma equipe para apoiar o desenvolvimento de uma enfermaria de COVID-19 para o Hospital Butterworth, que atende à população rural de Mnquma, com 286 mil habitantes, compartilhando lições aprendidas em Khayelitsha. Em 31 de julho, um caminhão carregando equipamentos médicos do hospital de campanha, disponível devido à queda na demanda por leitos, chegou ao Butterworth Hospital.
Em KwaZulu-Natal, que atualmente tem a maior taxa de transmissão de COVID-19 do país, MSF está apoiando dois hospitais – um na cidade de Eshowe e outro na zona rural de Mbongolwane – para conseguir lidar com o pico de COVID-19. O projeto também ajudou as autoridades de saúde a estabelecer 35 pontos de coleta de medicamentos para doenças crônicas na comunidade, com o objetivo de proteger as populações vulneráveis da infecção por COVID-19.
A Província Noroeste ainda não experimentou um aumento de casos, mas a equipe de MSF em Rustenburg participou das atividades de COVID-19, principalmente no hospital provincial.
As equipes de MSF da Gauteng trabalharam em Tshwane e Joanesburgo, oferecendo rastreamento de COVID-19 e de contatos, bem como consultas de saúde primária em vários abrigos. A promoção da saúde com base na comunidade entre grupos vulneráveis, incluindo migrantes e requerentes de asilo, está em andamento, assim como treinamentos de promoção da saúde extensivos para organizações comunitárias.
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