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MSF divulga relatório com informações detalhadas sobre os desafios da oferta de tratamento e as dificuldades enfrentados por milhares de pessoas vítimas da guerra
Cinco anos de guerra, instabilidade política e a falta de instalações médicas fizeram muitos sírios feridos e vulneráveis enfrentarem uma longa jornada desde a cirurgia aguda à reabilitação para reconstruir seus corpos e mentes, segundo novo relatório divulgado pela organização humanitária internacional Médicos Sem Fronteiras (MSF) na Jordânia, em 20 de dezembro de 2015.
O relatório “Vida pós-destroços: a jornada dos feridos de guerra sírios para reconstruir seus corpos e mentes na Jordânia” (“Life after the rubble: The journey taken by war-wounded Syrians to rebuild their bodies and minds in Jordan”, em inglês) destaca os desafios da oferta de tratamento para sírios feridos, registra exemplos do impacto da violência diária nas vidas de muitos homens, mulheres e crianças sírios e descreve o desenvolvimento, em parceria com o Ministério da Saúde, de um programa único composto por um projeto de cirurgia de emergência no Hospital Governamental Al Ramtha, no distrito de Ramtha, no norte da Jordânia, e um projeto de cuidados pós-operatórios no campo de Zaatari.
Bem-estruturado e capaz de salvar vidas, o projeto continua sendo extremamente relevante. Infelizmente, na primeira semana de janeiro, houve, novamente, um aumento do número de admissões na instalação de Ramtha. Novos conflitos na região de Dara’a, assim como ataques a instalações médicas na Síria, significam que, infelizmente, os serviços oferecidos por MSF no projeto continuam sendo pertinentes.
“Tratei bebês com o cérebro repleto de estilhaços, crianças que pisaram em minas terrestres ativas e mães e jovens mulheres que perderam braços, pernas e até 10 kg de tecido mole”, afirma um cirurgião de MSF. A equipe atende alguns dos refugiados sírios mais gravemente feridos – aqueles que sobreviveram a evacuações para a fronteira e que tiveram o acesso concedido por autoridades jordanianas –, mas para cada paciente atendido, há centenas de outros que precisam de tratamento na Síria.
A organização pede no relatório que a comunidade internacional garanta suporte contínuo para uma resposta médico-humanitária aos feridos de guerra sírios na Jordânia. Pede também que o governo da Jordânia continue permitindo a entrada no país de sírios feridos de guerra em condições críticas. A ampliação da provisão de cuidados de longo prazo convalescentes e paliativos deveria ser uma das prioridades.
MSF enfatiza a necessidade urgente de facilitar a reunificação da família para crianças feridas de guerra e seus pais, que foram separados entre a Síria e a Jordânia: 29% das crianças sob tratamento médico nas instalações de MSF estão desacompanhadas.
“De repente, ouvimos o som de um avião e, em seguida, uma bomba atingiu nossa casa. A última coisa da qual me lembro sobre meu marido é que ele estava deitando no chão, parecia estar dormindo. Eu ouvia meus filhos gritando por mim e não pude ir até ele. Vieram pessoas nos ajudar. Fui levada ao hospital em Dara’a e, eventualmente, cheguei ao hospital de Al-Ramtha. Antes de ser levada ao centro cirúrgico eu disse aos médicos: ‘Estou grávida. Por favor, tomem conta de nós’. Dias depois de minha internação, soube que meu marido e meu filho caçula haviam morrido, e que minha filha estava em outro hospital em Amã”, conta Noor, mulher de 25 anos que foi ferida em julho de 2015.
Nos últimos dois anos, mais de 1.963 feridos chegaram à sala de emergência do hospital de Ramtha. Cerca de 75% deles apresentavam ferimentos devastadores causados por armas altamente explosivas usadas na Síria. Sessenta e três pacientes, incluindo 19 crianças recentemente tratadas por MSF na Jordânia, reportaram terem sido vítimas de bombas de barril. Outros reportaram terem sido feridos por armas banidas, como munições de fragmentação e minas terrestres espalhadas pelos campos. Eles são as vítimas diretas da violência que está assolando a Síria e das diversas violações do Direito Internacional Humanitário características desse conflito contínuo.
Desde o início do conflito na Síria, mais de quatro milhões de sírios buscaram refúgio em países vizinhos, incluindo a Jordânia. MSF está presente na Jordânia desde agosto de 2006 com um programa de cirurgia reconstrutiva localizado em Amã. Desde 2013, MSF presta suporte aos refugiados e pacientes por meio do programa de emergência cirúrgica de trauma de Al-Ramtha e uma instalação de cuidados pós-operatórios no campo de Zaatari, além de um hospital materno-infantil e duas clínicas que atendem doenças não transmissíveis em Irbid, com o objetivo de oferecer cuidados tanto aos refugiados abrigados nas comunidades quanto aos jordanianos vulneráveis.
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