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Pediatra da equipe de MSF do hospital para mulheres de Peshawar, no Paquistão, fala sobre o trabalho médico-humanitário realizado no local e os problemas de saúde mais comuns entre mães e recém-nascidos
Apesar de ter nascido e estudado no Paquistão, a Dra. Anokhi Ali Khan nunca havia trabalhado no país até se juntar à organização humanitária internacional Médicos Sem Fronteira (MSF). Pediatra, a Dra. Khan atende recém-nascidos e dá treinamento a profissionais no hospital para mulheres de Peshawar, no nordeste do Paquistão. O hospital comemorou cinco anos de atuação em maio de 2016. De acordo com a Dra Khan, a experiência foi “reveladora”.
“Eu cheguei no fim de fevereiro de 2016. Na verdade, eu estudei medicina aqui. Sou suíço-paquistanesa e moro em Londres. Ainda assim, nunca pensei que MSF me mandaria para o Paquistão. Mas mais do que interessante, tem sido muito revelador. É claro que eu esperava conhecer um lugar novo e ter novas experiências enquanto contribuía com minhas habilidades. Por outro lado, como conheço a cultura e o idioma, é vantajoso que eu esteja aqui.
Eu estudei pediatria na Suíça e depois fui fazer um mestrado em Saúde Pública, seguido do meu PhD em Epidemiologia, em Londres. Então, voltei às clínicas, para ganhar um pouco mais de experiência na área. A vida inteira eu quis me juntar a MSF. Eu queria exercer a pediatria em escala global, não só sentada em um mesmo lugar. Eu queria terminar meus estudos, fazer tudo em seu devido tempo para então dedicar a minha vida ao trabalho médico-humanitário.
O Hospital para Mulheres de Peshawar não é exatamente o que eu imaginaria que MSF fizesse, porque eu sabia que temos ótimos hospitais aqui no Paquistão. Mas em pouco tempo eu comecei a entender qual é o nosso público-alvo e como estávamos tentando chegar a eles nas redondezas – como, por exemplo, nas Áreas Tribais Administradas pela Federação (FATA, na sigla em inglês). É maravilhoso que possamos oferecer cuidados de saúde, especialmente quando nossos pacientes vêm de locais onde o acesso é limitado. Os recém-nascidos não receberiam esse nível de cuidados em outros hospitais – uma das razões para isso é o fato de os hospitais do governo estarem superlotados de pacientes para além de sua capacidade.
Por alguma razão, algumas famílias se sentem pressionadas a levar suas crianças para casa o mais rápido possível, então se avaliarmos que o bebê precisa de mais um período no hospital, nos preocupamos em explicar bem aos pais as razões disso e também a gravidade da doença. Isso normalmente é bem aceito por pais e membros das famílias.
A maioria dos bebês que atendemos aqui tem infecções. O que vemos na unidade de recém-nascidos são obviamente os casos mais graves; algumas mães que recebemos tiveram gravidez de alto risco ou partos com complicações. O problema mais comum entre seus bebês é infecção. A sepse em recém-nascidos é uma contaminação grave, sendo uma das três maiores causas de mortalidade entre bebês no mundo.
Se o bebê apresenta alguma infecção bacteriana nas primeiras 72 horas de vida, é muito provável que ela tenha sido transmitida pela mãe. Contudo, os sintomas não aparecem necessariamente no primeiro dia. Então, conforme as nossas diretrizes, avaliamos o risco da infecção e, se ele for alto, costumamos começar o tratamento com antibióticos imediatamente. Isso tudo é feito tendo em mente o fato de que uma vez que o bebê vai para casa, sua condição pode piorar muito rapidamente e pode ser muito difícil para a mãe buscar cuidados adicionais.
Foi uma ótima primeira experiência. O meu antecessor realizou um trabalho muito bom e com isso eu não fiquei completamente no escuro. Uma das funções dos profissionais internacionais, como eu, é supervisionar a qualidade do cuidado de saúde que oferecemos. Durante a nossa última emergência, a enfermeira da maternidade chegou correndo com um bebê prematuro (uma chegada inesperada para nós) que precisava de reanimação cardiopulmonar. Começamos o procedimento e todo mundo sabia o que era preciso fazer. Foi muito bom ver como todos trabalhamos tão bem juntos.
Nos últimos cinco anos, a equipe de MSF que trabalha no hospital para mulheres de Peshawar realizou 15.093 partos na maternidade e tratou 2.137 bebês na unidade de recém-nascidos. Cerca de 40 intervenções cirúrgicas foram realizadas por mês; dessas, 90% eram cesáreas.
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