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O acesso à bedaquilina e à delamanida, os primeiros novos medicamentos contra a tuberculose em 50 anos, continua muito limitado no mundo inteiro, mas MSF espera que sua experiência possa informar e encorajar um uso mais amplo das substâncias
Na Conferência Mundial Union sobre Saúde do Pulmão, que começou na última quarta-feira (26) em Liverpool (Reino Unido), a organização humanitária internacional Médicos Sem Fronteiras (MSF) compartilhará sua experiência no uso dos novos medicamentos contra a tuberculose, bedaquilina e delamanida, para tratar pessoas com formas da doença resistente a medicamentos. MSF também participa de dois testes clínicos de novos tratamentos contra a tuberculose, que em breve começarão a cadastrar pacientes. Os testes têm como objetivo encontrar tratamentos novos, mais eficazes, mais rápidos e com menos efeitos colaterais para formas de tuberculose resistentes a medicamentos.
“A falta de dados seguros e de evidências sobre a segurança e a eficácia dos novos medicamentos contra a tuberculose significa, sob as regras atuais, que apenas as pessoas mais doentes podem recebê-los, e que governos estão relutantes em introduzi-los em seus programas nacionais de tratamento de tuberculose para uso rotineiro”, diz a dra. Catherine Hewison, consultora de tuberculose de MSF. “Além disso, pouquíssimos dos pacientes elegíveis para o uso dos medicamentos tiveram acesso a eles até agora. Na verdade, por meio do esforço de MSF para acelerar o acesso e a pesquisa de novos medicamentos para tuberculose, temos agora um dos maiores grupos de pacientes usando bedaquilina e delamanida.”
Bedaquilina e delamanida, que foram aprovados pela Agência de Alimentos e Medicamentos (FDA, na sigla em inglês) dos Estados Unidos e pela Agência de Medicamentos Europeia (EMA, na sigla em inglês) em 2012 e 2014, respectivamente, são os dois primeiros novos medicamentos contra a tuberculose desenvolvidos em aproximadamente 50 anos. Eles representam uma nova esperança para os pacientes que sofrem das formas mais resistentes de tuberculose, para os quais a maioria dos medicamentos já existentes não funciona. Ainda assim, até outubro de 2016 apenas 5.700 pacientes no mundo conseguiram receber bedaquilina e somente 405 tiveram acesso à delamanida. De acordo com estimativas da Organização Mundial da Saúde (OMS), 580 mil pessoas eram elegíveis para receber o tratamento para tuberculose multirresistente em 2015.
Entre as diversas razões para essa grande lacuna, uma delas é o conhecimento limitado sobre como usar esses novos medicamentos combinados a outros já existentes, já que múltiplas substâncias são necessárias para exterminar a bactéria. Pesquisas clínicas anteriores e o uso programático mostraram resultados promissores, o que levou a OMS a recomentar o uso dos medicamentos nos pacientes mais doentes. Contudo, mais pesquisas devem ser conduzidas e publicadas, especialmente sobre o uso combinado dos novos medicamentos com outros já existentes; sobre categorias específicas de pacientes (como mulheres grávidas, crianças e pacientes soropositivos); e sobre o tratamento depois dos seis meses atualmente recomendados nas orientações provisórias da OMS.
Enquanto continuava defendendo a necessidade de recursos e de ação política para incrementar a pesquisa e o desenvolvimento de novos regimes de tratamento, MSF iniciou seus próprios testes clínicos para contribuir para o conhecimento sobre a composição ideal do regime.
MSF está envolvida em dois testes clínicos de tuberculose – no TB PRACTECAL e na parceria endTB – com o objetivo de encontrar novas combinações de tratamento mais eficazes para a tuberculose multirresistente que incluam os novos medicamentos. As necessidades dos pacientes estão no cerne dos dois testes, que objetivam encontrar tratamentos sem medicamentos injetáveis e com efeitos colaterais controláveis. Os dois testes devem cadastrar o primeiro paciente até o fim deste ano. No projeto endTB, MSF e seus parceiros também coletam evidências programáticas sobre o uso da bedaquilina e da delamanida em um grupo de 2.600 pacientes de 15 países.
Para aumentar o uso e o acesso a regimes de tratamentos mais eficazes que contenham os novos medicamentos, MSF e seus parceiros ofereceram delamanida a 236 pacientes (21 deles crianças) e bedaquilina a 781. Além disso, 41 pacientes receberam uma combinação das duas substâncias, e 101 estão sendo tratados por mais de seis meses. Esses esforços abrangem 12 países da África, Leste Europeu, e centro e sudeste asiáticos. MSF vai compartilhar a experiência desses programas na Conferência Mundial Union sobre Saúde do Pulmão, incluindo os dados preliminares sobre as respostas de pacientes ao tratamento.
“Governos, empresas farmacêuticas e pesquisadores devem priorizar um trabalho que aumente o acesso a esses novos medicamentos para pessoas já aptas ao seu uso, ao mesmo tempo que apoiam pesquisas colaborativas sobre melhores combinações de tratamento, que sejam fáceis de usar e tenham preços razoáveis”, diz a dra. Gabriella Ferlazzo, consultora de tuberculose de MSF. “MSF espera que os próximos testes clínicos levem a tratamentos significativamente melhores no futuro – mas todos os dias vemos pacientes que não podem esperar anos por esses resultados, e que necessitam desses medicamentos essenciais agora.”
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