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Por dois meses, Janaína Carmello integrou a equipe de Médicos Sem Fronteiras formada para conter surto de cólera no país
Assolado por grandes problemas políticos e econômicos, o Zimbábue vive atualmente uma das mais graves crises humanitárias do mundo. Com um sistema de saúde totalmente em colapso, o acesso à saúde tornou-se mais difícil para a população e doenças que poderiam ser simples de ser tratadas, como o cólera, podem se tornar grandes tragédias.
Recentemente, Médicos Sem Fronteiras realizou uma intervenção de emergência para tratar um surto de cólera, doença associada à pobreza e à falta de condições sanitárias. Entre a equipe que tratou mais de 45 mil pessoas, estava a enfermeira paranaense Janaína Carmello, de 27 anos. Em sua primeira missão com MSF, ela trabalhou atendendo vítimas do cólera na cidade de Birchenough Bridge, a seis horas da capital Harare e que faz fronteira com a África do Sul. Na entrevista abaixo ela nos conta um pouco mais da sua experiência.
Como é trabalhar em uma emergência?Janaína Carmello – Recebi o telefonema de MSF dizendo que havia uma missão para mim no Zimbábue e que teria de partir em dez dias. Não tive nem tempo de ser brifada no Brasil ou na Bélgica, somente quando cheguei em Harare. No terreno, acordava todo dia às 6h30m e ia dormir às 23h30m. Não tinha folga, nem Natal, nem Ano Novo. Mas quando você começa, não quer parar mais.
Como era a sua rotina?Janaína – Eu trabalhava com uma equipe formada por outra enfermeira expatriada e mais 16 enfermeiros zimbabuanos. Visitava entre três a quatro clínicas por dia para identificar as principais necessidades e organizar o serviço, como farmácia, contratação de novos funcionários, entre outros. Já a outra expatriada ficava mais no escritório coordenando as ações. Quando havia o toque de recolher, toda a equipe voltava para o alojamento e começava uma nova fase do trabalho: reuniões e planejamento do dia seguinte.
É díficil combater o cólera em um país como o Zimbábue?Janaína – A cólera é uma doença simples de tratar: basta hidratar o paciente. Mas é tão simples que você não acredita na quantidade de pessoas que morrem por causa da doença. Como é uma doença de contágio fecal e oral, e as pessoas no Zimbábue vivem em condições de higiene precária, sem mesmo ter banheiro em suas casas, o cólera se espalha rapidamente. Além disso, há alguns outros aspectos culturais que facilitam a disseminação da doença, como o fato de os zimbabuanos comerem com as mãos.
Algum caso te marcou?Janaína – O mais difícil é ver os doentes morrerem. Vi uma criança de um ano e meio morrer e foi muito ruim. Outro caso que me marcou foi de um adolescente de 17 anos que atendemos. Estávamos voltando de uma visita quando encontramos o irmão dele na estrada, que nos pediu para socorrer o rapaz. Percorremos uma estrada difícil de trafegar e chegamos até a casa, onde encontramos o rapaz todo sujo de diarreia e vômito. Levamo-no para a clínica e ele melhorou logo que recebeu tratamento. Mas se não tivéssemos encontrado seu irmão, ele teria morrido.
E o que você mais gostou na missão?Janaína – O que mais me encantou foi o povo. Eles são muito simpáticos. No Zimbábue, eles não têm luz, nem água encanada. Quando muito têm uma casinha para usar como banheiro. Mesmo assim não perdem a alegria. Fiz muitas amizades com a equipe nacional e com os funcionários dos hospitais locais, que até hoje me escrevem.
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