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Jovens adultos e adolescentes em Mombaça, no Quénia, estão no cerne de um estudo cujos resultados, recentemente divulgados, apontam para progressos importantes na saúde mental e bem-estar
Os resultados recentemente divulgados do “Mombasa Youth Study” de 2025, sobre a saúde de jovens em Mombaça, destacam progressos importantes mas também lacunas significativas que ainda persistem na saúde mental e no bem-estar das pessoas destes grupos etários naquele condado do Quénia.
A adolescência e o início da vida adulta são períodos críticos para a saúde física e mental. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), metade de todos os distúrbios e perturbações de saúde mental no mundo começam antes dos 18 anos. Em Mombaça, adolescentes e jovens adultos enfrentam múltiplos estados de vulnerabilidade em sobreposição que aumentam os riscos de impactos negativos para a saúde.
“A saúde mental é fundamental para a saúde e o bem-estar geral de adolescentes e jovens adultos em Mombaça, e em todo o Quénia”, sustenta a responsável médica do projeto da Médicos Sem Fronteiras (MSF), Carol Mugun. “Os jovens, em especial, passam por muitas mudanças e necessitam de formas de apoio psicossocial que lhes estejam adaptadas.”
A MSF e o Departamento de Saúde do Condado de Mombaça colaboram, desde 2021, para expandir o apoio em saúde mental prestado a adolescentes e jovens adultos. Estes esforços incluem a formação de 30 clínicos sobre o Programa de Ação para as Lacunas em Saúde Mental, uma abordagem referenciada pela Organização Mundial da Saúde, além de serem também providenciadas formas criativas de apoio em saúde mental, através de atividades comunitárias de proximidade, e introduzidos programas psicológicos em serviços de saúde acessíveis e de fácil compreensão e comunicação para os jovens.
“Estamos a ver que o investimento feito em serviços comunitários de saúde mental está a dar frutos no condado de Mombaça. É ótimo termos este estudo para que possamos não só medir o impacto, mas também identificar oportunidades para trabalho futuro”, explica o investigador principal do estudo e professor associado da MSF, Denton Callander.
O “Mombasa Youth Study” é um estudo longitudinal sobre a saúde e o bem-estar de jovens entre os 10 e os 24 anos no condado de Mombaça. Os novos resultados, que foram apresentados na Terceira Conferência de Investigação em Saúde de Mombaça, mostram melhorias na saúde mental deste grupo: entre os adolescentes e jovens adultos, o bem-estar mental positivo aumentou dos 40 por cento em 2023 para 52% em 2025, e os indicadores de depressão diminuíram de 15% para 11%.
“Tendo em conta os fortes investimentos feitos em saúde mental e no apoio psicossocial para adolescentes e jovens adultos no nosso condado, estou satisfeita mas não surpreendida com estes resultados positivos”, frisa a coordenadora de Saúde Mental, Juventude e Adolescência do Departamento de Saúde do Condado de Mombaça, Celina Kithinji.
Apesar dos progressos, os resultados do estudo mostram também que persistem desafios significativos: 11 por cento dos adolescentes e jovens adultos em Mombaça apresentam sintomas de depressão moderada a grave, e dez por cento referem ter tido pensamentos suicidas recentemente. Estes riscos aumentam para quem enfrenta estados de vulnerabilidade sobrepostos: o estudo conclui que adolescentes e jovens adultos que vivem com dificuldades económicas têm 2,9 vezes mais probabilidade de sofrer de depressão, e quem não tem acesso a espaços sociais seguros e inclusivos tem 1,7 vezes maior probabilidade de depressão.
A saúde mental continua a ser mal compreendida e profundamente estigmatizada” – Radoslav Antonov, coordenador de projeto da MSF
A saúde mental continua a ser mal compreendida e profundamente estigmatizada”
– Radoslav Antonov, coordenador de projeto da MSF
O estigma continua a ser uma barreira crítica, como sublinha o relatório deste estudo: um em cada cinco adolescentes e jovens adultos ainda não compreende conceitos-chave de saúde mental, e mais de um terço dos profissionais de saúde em Mombaça apresentam níveis médios a elevados de estigma, sem progressos desde 2023.
“A saúde mental continua a ser mal compreendida e profundamente estigmatizada”, sustenta o coordenador de projeto da MSF Radoslav Antonov. “A menos que reforcemos o apoio e combatamos o estigma de forma direta, corremos o risco de perder uma geração para um sofrimento que é evitável.”
A Estratégia do Condado de Mombaça para a Saúde de Adolescentes e Jovens Adultos, lançada em 2024, inclui o compromisso de melhorar a saúde juvenil. O investimento contínuo e as abordagens multissetoriais serão vitais para sustentar os progressos recentes e encontrar soluções para as necessidades não atendidas que foram destacadas pelo estudo.
A MSF tem projetos no Quénia desde 1987, a prestar assistência médica de emergência e cuidados de longo prazo a pessoas afetadas por conflitos, surtos de doenças, exclusão no acesso a cuidados de saúde e outras crises. No campo de pessoas refugiadas de Dagahaley, em Dadaab, a MSF gere uma das maiores unidades de saúde na região e providencia cuidados abrangentes a refugiados e comunidades anfitriãs, incluindo em saúde materna e infantil, nutrição e gestão de doenças crónicas. Em Mombaça, a MSF trabalha com adolescentes e jovens adultos, em que se incluem populações-chave marginalizadas, para melhorar o acesso a saúde sexual e reprodutiva, saúde mental e apoio social. No condado de Homa Bay, a MSF colabora com o Ministério da Saúde para reforçar os cuidados e o apoio prestados a pessoas que vivem com VIH, incluindo modelos inovadores de tratamento com base comunitária.
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