A Médicos Sem Fronteiras (MSF) é uma organização humanitária internacional que leva cuidados de saúde a pessoas afetadas por graves crises humanitárias. Também é missão da MSF chamar a atenção para as dificuldades enfrentadas pelos pacientes atendidos em seus projetos.
Como organização médica, buscamos sempre oferecer o melhor tratamento disponível aos nossos pacientes. O trabalho de MSF envolve uma grande variedade de atividades, desde a organização de campanhas…
Veja as principais atualidades sobre as atividades da Médicos Sem Fronteiras.
Saiba mais sobre os nossos projetos no terreno e as nossas atividades em todo o mundo.
Assista aos vídeos sobre o trabalho da Médicos Sem Fronteiras em diversos projetos pelo mundo.
Ouça as histórias e as experiências vividas por quem está nas linhas da frente das emergências humanitárias.
O que vemos e registamos sobre o trabalho das nossas equipas e as populações que apoiamos.
Participe nos nossos eventos, online ou presenciais, para apoiar e saber mais sobre o nosso trabalho.
Profissionais portugueses contam as experiências nos diversos projetos da MSF.
Pode ajudar a MSF de várias formas, fazendo donativos, divulgando o trabalho e angariando fundos para a concretização dos projetos.
O seu donativo faz a diferença, ajuda-nos a levar cuidados médicos a quem mais precisa.
Faça a consignação do seu IRS à Médicos Sem Fronteiras e ajude-nos a salvar vidas!
A MSF depende inteiramente de donativos privados para fazer chegar assistência médica-humanitária a quem mais precisa.
Procuramos novas formas de chegar a cada vez mais pessoas, com o objetivo de envolvê-las com a nossa missão.
Faça do seu testamento, um testamento solidário incluindo a Médicos Sem Fronteiras.
A sua empresa pode fazer a diferença. Juntos podemos fazer ainda mais.
Se tem uma multa ou uma contra-ordenação, saiba que pode fazer o pagamento à Médicos Sem Fronteiras Portugal.
As autoridades israelitas têm de permitir a entrada imediata de alimentos e provisões de ajuda humanitária em larga escala
O uso deliberado da fome como arma de guerra por parte das autoridades israelitas em Gaza atingiu níveis sem precedentes, com pacientes e profissionais de saúde a lutarem para sobreviver, alerta a Médicos Sem Fronteiras (MSF).
As equipas da MSF estão a atender um número cada vez maior de pacientes com sinais de desnutrição, enquanto os nossos próprios colegas enfrentam dificuldades para encontrar comida suficiente.
25 por cento das crianças com menos de cinco anos e das grávidas e lactantes observadas em várias instalações da MSF nas últimas semanas encontravam-se em situação de desnutrição. Na clínica da MSF, na cidade de Gaza, o número de pessoas em acompanhamento por desnutrição quadruplicou desde 18 de maio e os casos de desnutrição grave em crianças com menos de cinco anos triplicaram só nas últimas duas semanas.
Estamos a internar 25 novos pacientes por dia com desnutrição. Vemos o cansaço e a fome nos nossos próprios colegas.” – Caroline Willemen, coordenadora de projecto da MSF
Estamos a internar 25 novos pacientes por dia com desnutrição. Vemos o cansaço e a fome nos nossos próprios colegas.”
– Caroline Willemen, coordenadora de projecto da MSF
Isto não é apenas fome, é uma privação extrema de alimentos perpetrada pelas autoridades israelitas. A instrumentalização da comida como forma de pressão sobre uma poppulação civil não pode ser normalizada. Israel deve permitir a entrada de alimentos e ajuda para dentro de Gaza em larga escala.
“Vemos diariamente, na clínica, as consequências devastadoras desta escassez em Gaza”, frisa a coordenadora de projecto na clínica da MSF na cidade de Gaza, Caroline Willemen. “Estamos a internar 25 novos pacientes por dia com desnutrição. Vemos o cansaço e a fome nos nossos próprios colegas.”
Entretanto, centenas de pessoas que procuram ajuda desesperadamente, continuam a ser atacadas por forças israelitas e seguranças privados em locais de distribuição de alimentos geridos pela Fundação Humanitária de Gaza (GHF – sigla em ingês), uma organização intermediária gerida por Israel.
“O que estamos a testemunhar é inconcebível. Uma população inteira a ser deliberadamente privada de alimentos e água, enquanto as forças israelitas cometem massacres diários à medida que as pessoas angustiadas tentam obter restos de comida nos pontos de distribuição. Qualquer vestígio de humanidade em Gaza foi apagado com este genocídio’’, lamenta a responsável da resposta de emergência da MSF em Gaza, Amande Bazerolle.
Qualquer vestígio de humanidade em Gaza foi apagado com este genocídio.” – Amande Bazerolle, resposta de emergência da MSF em Gaza
Qualquer vestígio de humanidade em Gaza foi apagado com este genocídio.”
– Amande Bazerolle, resposta de emergência da MSF em Gaza
Nos últimos dois meses, mais de mil pessoas foram mortas e mais de 7200 ficaram feridas ao tentarem obter ajuda, de acordo com o Ministério da Saúde. Uma parte significativa dessas pessoas foi atingida nos centros de distribuição da GHF, que é financiada e apoiada pelo governo dos Estados Unidos. Apesar de estes locais terem sido criados com o objetivo de evitar o desvio de ajuda, não contribuíram em nada para evitar as pilhagens.
“Estas distribuições de comida não são ajuda humanitária, são crimes de guerra cometidos em plena luz do dia, apresentados ao mundo com uma linguagem de compaixão. Aqueles que se dirigem aos pontos de distribuição de alimentos da GHF, sabem que têm a mesma probabilidade de sair com um saco de farinha ou de levar um tiro na cabeça”, sublinha o coordenador médico adjunto da MSF em Gaza, Mohammed Abu Mughaisib.
Para além das pessoas feridas nos pontos da GHF, as equipas da MSF têm tratado dezenas de pacientes que foram vítimas de massacres repetidos por parte das forças israelitas enquanto esperavam por sacos de farinha junto aos camiões que passavam.
“Há uns dias chegaram, às urgências da clínica Sheikh Radwan, dezenas de pacientes. Entre estes havia mortos e feridos”, relata Willeman. “Estas pessoas, que se tinham aproximado dos camiões para obter farinha, foram brutalmente baleadas pelas forças israelitas.”
Nesse dia, as equipas médicas da MSF e do Ministério da Sáude na clínica, no Norte de Gaza, trataram 122 pessoas com ferimentos de bala, que tinham sido atingidas enquanto esperavam por farinha. Outras 46 chegaram já sem vida.
Para piorar a situação, na última semana, as cozinhas comunitárias que fornecem refeições aos pacientes e às equipas médicas nos hospitais, têm enfrentado dificuldades, que levaram ao encerramento de algumas durante vários dias. Quando conseguem entregar comida, trata-se de uma única refeição por dia, de arroz simples, para pacientes que precisam de alimentos ricos em nutrientes para recuperar. Para os profissionais de saúde, muitas vezes não há nada. Já não se trata do que as pessoas podem pagar. Em grande parte da Faixa de Gaza, simplesmente já não há comida.
Como a maioria dos websites, o nosso website coloca cookies – um pequeno ficheiro de texto – no browser do seu computador. Os cookies ajudam-nos a fazer o website funcionar como esperado, a recolher informações sobre a forma como utiliza o nosso website e a analisar o tráfego do site. Para mais informações, consulte a nossa Política de Cookies.