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Fronteira do país com a Síria está fechada desde junho, impedindo a transferência de pacientes. Clínica funcionava desde 2014 no campo de refugiados de Zaatari
A organização humanitária internacional Médicos Sem Fronteiras (MSF) se viu forçada a fechar uma clínica no norte da Jordânia que atendia sírios feridos na guerra seis meses depois do fechamento da fronteira do país com a Síria. Na instalação, que funcionava no campo de refugiados de Zaatari, cerca de 80 quilômetros a nordeste de Amã, MSF oferecia cuidados pós-operatórios a refugiados que se recuperavam de cirurgias realizadas no Hospital de Ramtha e outros da região.
A decisão da Jordânia de fechar suas fronteiras com a Síria, tomada no dia 21 de junho deste ano, impediu as transferências médicas de pessoas feridas na província de Dara’a, no sul da Síria, para o hospital de Ramtha, onde MSF ofereceu cuidados médicos e cirúrgicos de emergência por mais de três anos em parceria com o Ministério da Saúde da Jordânia. Hoje, as alas dessa instalação estão praticamente vazias. Como resultado, as transferências de pacientes para a clínica de MSF em Zaatari diminuíram muito. A equipe de MSF no hospital de Ramtha continua tratando casos limitados e específicos de pessoas feridas na guerra que são autorizadas a entrar na Jordânia. Porém, caso a fronteira permaneça fechada, MSF teme que precise fechar também seu programa de cirurgias em Ramtha.
Hospitais de campanha no sul da Síria estão superlotados e carecem de profissionais e equipamentos. Pacientes feridos são encaminhados de um hospital para outro em busca de médicos especialistas ou de equipamentos necessários para fazer cirurgias complexas que poderiam ser realizadas na Jordânia. A situação coloca em risco a chance de sobrevivência de milhares de pessoas.
“Com confrontos e ataques aéreos se intensificando no sul da Síria desde o fim de setembro, MSF recebeu a informação de que o número de sírios feridos no conflito aumentou significativamente”, diz Luiz Eguiluz, coordenador-geral de MSF na Jordânia. “Contudo, a habilidade de MSF de salvar vidas foi drasticamente restringida, já que, agora, pessoas feridas na guerra não podem entrar no país. Nós podemos continuar esperando a reabertura das fronteiras, mas feridos em estado crítico não têm essa opção.”
MSF abriu sua clínica de cuidados pós-operatórios no campo de refugiados de Zaatari no fim de março de 2014. A instalação, com 40 leitos, foi pensada como uma complementação do projeto de cirurgias mantido em Ramtha, e oferecia cuidados pós-operatórios e de reabilitação a pacientes sírios, incluindo próteses, fisioterapia e apoio psicossocial. Um total de 531 pacientes feridos na guerra e transferidos do hospital de Ramtha e de outras instalações médicas foram admitidos na clínica; além disso, a equipe da clínica realizou 2.143 consultas ambulatoriais, 1.454 sessões de fisioterapia e mais de 2.500 consultas de saúde mental.
Hoje, a clínica de Zaatari está fechada, e as alas de MSF no hospital de Ramtha se encontram praticamente vazias. Enquanto isso, os confrontos e ataques aéreos no sul da Síria continuam, e aumenta a necessidade de oferecer cuidados médicos e tratamentos essenciais aos sírios gravemente feridos na guerra.
“É vergonhoso saber que provavelmente há pacientes morrendo a poucos quilômetros da fronteira devido à falta de acesso a cuidados essenciais de saúde”, diz Marjan Besuijen, coordenadora do projeto de MSF em Zaatari. “As alas no interior da clínica de Zaatari estão silenciosas, sem o som de conversas ou risadas. Mas isso não se deve ao fato de a violência na Síria ter diminuído nem à inexistência de feridos precisando de tratamento. A única razão para isso é uma barreira física que priva pessoas em extrema necessidade de receber cuidados médicos essenciais.”
Por meio de seus parceiros médicos no sul da Síria, MSF registrou ao menos 70 casos de sírios feridos na guerra – entre eles, 16 crianças – que foram impedidos de cruzar a fronteira jordaniana, apesar de estarem precisando de cirurgias que poderiam salvar suas vidas.
MSF reitera seu apelo ao governo da Jordânia para que reverta sua decisão e abra suas fronteiras para os sírios feridos pela guerra, permitindo que eles tenham acesso a cuidados médicos essenciais e urgentes que não estão disponíveis na Síria.
MSF trabalha na Jordânia desde agosto de 2006, quando iniciou um projeto de cirurgia reconstrutiva na capital, Amã. Desde 2013, MSF mantém um projeto de cirurgias emergenciais de trauma no hospital de Ramtha, além de um hospital de cuidados materno-infantis e dois projetos para tratamento de doenças não transmissíveis em Irbid e Ramtha, apoiando tanto refugiados sírios como jordanianos em situação vulnerável.
Informamos que não estamos recebendo doações restritas para a crise na Síria neste momento, devido à instabilidade do contexto, que torna nossa atuação vulnerável. As pessoas interessadas em ajudar essa e outras emergências podem fazer uma doação para o Fundo de Emergência de Médicos Sem Fronteiras (MSF). Esse fundo dispõe de recursos para que MSF possa agir imediatamente quando uma crise surge, permitindo uma resposta rápida em situações em que a agilidade de nossas atividades é fundamental para salvar vidas, como em contextos que envolvem epidemias, desastres naturais e conflitos armados – por exemplo, a guerra civil síria.
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