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Nova abordagem ajuda a levar cuidados para população excluída de serviços de saúde
“Minha vida mudou muito com MSF. Antes, nem acreditava que existia o HIV. Eu costumava frequentar as tradições [medicina tradicional alternativa]. Depois de entrar em MSF, comecei a reduzir minha exposição [ao sexo] sem camisinha e a ensinar os outros a fazerem o mesmo. Quando consigo ajudar uma pessoa, significa muito para mim. Parece uma vitória, porque estou ajudando a salvar vidas.”
Este trabalhador do sexo, que deseja permanecer anônimo, trabalha para Médicos Sem Fronteiras (MSF) como educador em par em Beira, Moçambique, realizando atividades de promoção de saúde na comunidade para outros trabalhadores do sexo. Desde 2014, a organização médica internacional tem trabalhado em conjunto com o Ministério da Saúde e outros parceiros para ampliar o acesso aos cuidados de saúde para trabalhadores do sexo e homens que fazem sexo com homens. Eles são considerados “populações-chave”, pois muitas vezes enfrentam dificuldades para acessar serviços de saúde. Para ajudar a preencher a lacuna, MSF está trabalhando com educadores em pares – eles mesmos profissionais do sexo e homens que fazem sexo com homens, que foram recrutados em suas comunidades locais e treinados para ampliar a conscientização sobre o HIV entre seus pares.
O programa foi estabelecido ao longo do principal corredor de transporte entre Moçambique, Malaui e Zimbábue, com o objetivo de adaptar os serviços de saúde para alcançar os grupos identificados como os mais vulneráveis ao HIV. Anteriormente conhecido como o “projeto Corredor”, com quatro locais no Malaui e dois em Moçambique, inicialmente centrou-se nos caminhoneiros que percorrem longas distâncias e trabalhadores do sexo, mas ao longo do tempo expandiu para fornecer apoio a outras pessoas em risco de HIV e com necessidades igualmente elevadas, como adolescentes e mulheres jovens envolvidas com sexo transacional e homens que fazem sexo com homens.
Com mais de 13%, Moçambique tem uma das maiores taxas de HIV do mundo, de acordo com a última pesquisa do Ministério da Saúde (IMASIDA 2015). Muitas das “populações-chave” que correm maior risco de contrair o HIV, assim como infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) e gravidez indesejada, também vivenciam um acesso significativamente reduzido a cuidados sexuais preventivos, incluindo testes e tratamento de HIV, principalmente devido ao estigma e discriminação.
Trabalhar com educadores em pares e atribuir-lhes a tarefa de testagem do HIV na comunidade revelou-se eficaz na sensibilização sobre o HIV entre os seus pares e na crescente aceitação dos testes. Educadores em pares em MSF em Beira visitam pontos cruciais para se comunicarem com trabalhadores do sexo e homens que fazem sexo com homens e identificam pessoas que são novas na região. Inicialmente, menos de 30% dos trabalhadores do sexo que se inscreveram no programa de MSF estavam cientes do seu status de HIV. Graças à nossa abordagem liderada por pares, atingimos agora mais de 90%.
“Minha estratégia é falar que eu também sou trabalhadora do sexo”, explica uma educadora em par, que deseja permanecer anônima. “Elas primeiro precisam confiar em mim para que eu possa começar a oferecer os serviços. Não funcionará se você oferecer o teste de HIV imediatamente. Eu lhes digo que estamos inscrevendo as mulheres que têm dois namorados ou mais. Eu também tenho minha própria rede, então quando um novo trabalhador do sexo chega à região, eles me ligam e me convidam para vir.”
Estratégias adicionais foram desenvolvidas juntamente com a abordagem liderada por pares para ampliar o acesso das populações-chave à prevenção e cuidados de HIV e cuidados de saúde sexual e reprodutiva. Um pacote básico de cuidados é oferecido a nível comunitário, vencendo barreiras como a discriminação nos centros de saúde, com encaminhamentos para um tratamento médico mais abrangente. O pacote básico compreende a promoção de saúde e educação sobre temas como HIV, saúde sexual e reprodutiva, violência sexual e de gênero, mas também distribuição de preservativos e lubrificantes, testagem e aconselhamento em HIV, profilaxia pós-exposição e encaminhamentos para o Ministério da Saúde para serviços antirretrovirais (ARVs).
Entre 2014 e 2018, mais de 6 mil pessoas foram atendidas em Tete (projeto repassado em 2018) e os projetos de MSF de Beira.
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