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Apelamos para que todos os esforços sejam feitos para, finalmente, entregar provisões essenciais às comunidades
Um rastreio nutricional realizado no campo de Zamzam, Darfur Norte, no Sudão, pelas autoridades de saúde e pela Médicos Sem Fronteiras (MSF) no início deste mês, revelou uma situação nutricional catastrófica que se tem vindo a agravar.
A MSF insta as Nações Unidas e as demais partes internacionais envolvidas na negociação de um acesso humanitário mais amplo a considerarem todas as opções para entregar rapidamente alimentos e provisões essenciais na região, incluindo através de lançamentos aéreos.
“Os resultados não só confirmam o desastre que temos vindo a alertar nos últimos meses, como também indicam que a cada dia as coisas pioram e estamos a ficar sem tempo”, avança o coordenador de emergência da MSF, Michel Olivier Lacharité. “Estamos a falar de milhares de crianças que vão morrer nas próximas semanas sem acesso a tratamento adequado e a soluções urgentes que permitam que a ajuda humanitária e os bens essenciais cheguem a Zamzam.”
Estamos a falar de milhares de crianças que vão morrer nas próximas semanas sem acesso a tratamento adequado.” – Michel Olivier Lacharité, coordenador de emergência da MSF
Estamos a falar de milhares de crianças que vão morrer nas próximas semanas sem acesso a tratamento adequado.”
– Michel Olivier Lacharité, coordenador de emergência da MSF
Desde que o Comité de Revisão da Fome concluiu que prevaleciam na área condições de fome, no dia 1 de agosto deste ano, nenhuma quantidade significativa de ajuda humanitária chegou à população do campo de Zamzam e à cidade vizinha de El Fasher, devastada pela guerra.
A maioria das estradas de acesso são controladas pelas Forças de Apoio Rápido (RSF), que tornaram praticamente impossível trazer alimentos terapêuticos, medicamentos e provisões essenciais para o campo desde a intensificação dos combates em torno de El Fasher, em maio passado.
Não há mais tempo a perder. Já em março de 2024, um rastreio maciço da MSF revelou uma taxa que era duas vezes superior ao limite de alerta da Organização Mundial de Saúde. Agora, a situação está ainda pior.
Entre as mais de 29 mil crianças com menos de 5 anos examinadas no mês de setembro durante uma campanha de vacinação no campo de Zamzam, 10,1 por cento sofriam de desnutrição aguda grave, que pode ser fatal, enquanto que 34,8 por cento sofriam de desnutrição aguda global.
“As taxas de desnutrição encontradas durante o rastreio são assustadoras e, provavelmente, das piores do mundo atualmente. É ainda mais assustador porque sabemos por experiência própria que os resultados são frequentemente subestimados na área, quando utilizamos apenas o teste da circunferência do braço, como fizemos aqui, em vez de os combinarmos com a medição do peso e da altura”, explica Claudine Mayer, médica da MSF.
Os únicos alimentos disponíveis provêm de reservas pré-existentes, o que não é suficiente para as pessoas que vivem na região, e os preços dos alimentos são pelo menos três vezes mais elevados do que no resto do Darfur. Os preços dos combustíveis também estão a subir, o que torna muito difícil bombear água e gerir clínicas que dependem de geradores para obter eletricidade. A nossa equipa local relata que, para muitos, é impossível contar com mais do que uma refeição por dia.
“Numa situação tão terrível, deveríamos intensificar a nossa resposta: em vez disso, com a escassez crítica de recursos, estamos a chegar ao limite e fomos recentemente forçados a reduzir a nossa atividade para nos concentrarmos apenas nas crianças com condições mais graves”, frisa Claudine Mayer.
“Isto significa que tivemos de suspender o tratamento das formas menos graves de desnutrição, que abrangia 2 700 crianças, e pôr fim às consultas prestadas a adultos e crianças com mais de 5 anos, ou seja, a milhares de consultas todos os meses”, acrescenta Claudine.
Estima-se que o campo de Zamzam acolha entre 300 000 a 500 000 pessoas, muitas delas deslocadas várias vezes, que tentam fugir à guerra que assola o país desde o ano passado. Em El Fasher, onde viviam muitos dos deslocados, apenas um hospital permanece parcialmente de pé depois dos outros terem sido danificados ou destruídos no conflito.
“Devido a estes bloqueios injustificados de fornecimentos, sentimos que estamos a deixar para trás um número crescente de doentes que já têm poucas opções para obter cuidados médicos que salvam vidas”, sublinha Michel Olivier Lacharité. “Se as estradas não são uma opção para transportar grandes quantidades de provisões urgentes para o campo, as Nações Unidas devem analisar todas as opções disponíveis. Atrasar estes fornecimentos significa causar mais mortes – milhares delas, entre as mais vulneráveis.”
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