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Novo relatório de MSF sobre políticas de aconselhamento em oito países ressalta enormes fraquezas em termos de apoio à adesão
A organização humanitária internacional Médicos Sem Fronteiras (MSF) alertou hoje para o fato de que não tem sido feito o suficiente para garantir que pessoas em tratamento antirretroviral (Tarv) alcancem e mantenham níveis “indetectáveis” do vírus em seu sangue. Reverter a epidemia e alcançar as metas da UNAIDS de 90/90/90* vai demandar um uso mais amplo de estratégias para ajudar as pessoas a se manterem comprometidas com seu tratamento, incluindo aconselhamento para adesão, juntamente com testes de carga viral de rotina, para garantir que o tratamento das pessoas esteja funcionando.
“Nossa experiência até o momento é positiva, por um lado, com as pessoas em tratamento vivendo vidas mais longas e mais saudáveis; por outro lado, observamos enormes lacunas na continuidade dos cuidados, o que ilustra dolorosamente as falhas da resposta ao HIV”, afirma a Dra. Helen Bygrave, consultora médica de HIV da unidade médica de MSF na África de Sul. “O trabalho não acaba quando você inicia alguém no tratamento; é preciso checar regularmente se o tratamento está funcionando e intervir rapidamente com aconselhamento para ajudar a responder a quaisquer problemas referentes à adesão. Falamos sobre perder pessoas em meio às etapas da ‘cascata de cuidados’, mas, para alguns grupos, a realidade é mais próxima de um abismo, e essas lacunas representam o calcanhar de Aquiles da enorme, embora ainda inadequada, resposta global ao HIV.”
Grupos particularmente vulneráveis incluem mulheres grávidas, pessoas com a carga viral detectável e crianças, cujas taxas de fracasso do tratamento são praticamente o dobro da dos adultos. Mas o monitoramento da carga viral combinado com o aconselhamento efetivo voltado para a adesão funciona. No Zimbábue, por exemplo, entre as pessoas recebendo o Tarv, 86% alcançaram a supressão viral, e aquelas cujas cargas virais iniciais eram altas alcançaram a supressão após intervenção e suporte voltados para a adesão.
Garantir que recursos humanos estejam disponíveis para ampliar o aconselhamento voltado para a adesão e intervenções estruturadas também para esse fim para grupos vulneráveis é essencial para atingir a meta de 90% de supressão de carga viral para todas as pessoas recebendo o Tarv. A África subsaariana enfrenta o duplo desafio de responder aos altos índices de HIV e TB com baixíssimos números de profissionais de saúde. No relatório de MSF divulgado na conferência de Vancouver, HIV TB counselling: who is doing the job? (“Aconselhamento para HIV TB: quem está fazendo esse trabalho?”, em tradução livre para o português), MSF revisou políticas de aconselhamento e práticas em oito países na região e se deparou com descrições de cargos, distribuição e treinamento de conselheiros bastante variáveis. Além disso, quatro dos oito países dependiam 100% de financiamento de doadores para seus programas de aconselhamento, e cinco ainda não haviam iniciado o processo de inserção desses profissionais essenciais para exercerem seus papéis.
“Sem reconhecimento formal e suporte sustentado para conselheiros leigos, reduzimos nossas chances de ampliar os testes, de conectar as pessoas aos cuidados e de ajuda-las a se manterem em tratamento. Sem uma boa taxa de adesão ao Tarv, nunca iremos reduzir a transmissão do HIV e nem manter as pessoas em tratamento vivas”, afirma Amanda Banda, coordenadora de Advocacy de MSF na África do Sul.
O aconselhamento de adesão funciona melhor quando combinado ao monitoramento da carga viral, para garantir que o tratamento das pessoas esteja funcionando e que elas estejam mantendo o desejado nível “indetectável” de HIV, que é melhor para a saúde, e também reduz a possibilidade de transmissão de HIV para quase zero.Na conferência em Vancouver, estão sendo divulgadas informações de MSF referentes a Kibera, no Quênia, que suportam a proposta da Organização Mundial da Saúde (OMS), que sugere que se o teste de carga viral estiver disponível, o monitoramento das células CD4 pode ser seguramente interrompido. Considerando as pessoas com a contagem de CD4 superior a 200 quando iniciaram o tratamento e aquelas que mantiveram a supressão viral, nenhuma reduziu a contagem de CD4 para menos de 200 por 24 meses.
Após a introdução do teste de carga viral por MSF em alguns lugares, incluindo o Zimbábue, por exemplo, a identificação do fracasso do tratamento e a mudança subsequente de pacientes para a segunda linha do Tarv aumentou consideravelmente. No entanto, dados de MSF do Zimbábue apontam a importância do suporte à adesão em andamento: dentre aqueles que trocaram a linha de tratamento e que fizeram testes de carga viral entre três e seis meses depois, apenas 72,5% apresentavam níveis indetectáveis do vírus.
Dos 54 países em desenvolvimento pesquisados por MSF, 47 incluem o monitoramento da carga viral em suas diretrizes de tratamento, em linha com as recomendações da OMS. No entanto, na realidade, o teste de carga viral está disponível apenas em alguns países, e somente oito abandonaram o teste de contagem de rotina das células CD4 para pessoas em Tarv em benefício da carga viral.**
“Não deveríamos nos conformar com nada menos que a oferta do melhor padrão de testes que nos digam se os tratamentos das pessoas que vivem com HIV nos países em desenvolvimento estão funcionando”, diz Amanda. “Precisamos de muito mais suporte global para o monitoramento da carga viral e conselheiros, se esperamos que as pessoas alcancem e mantenham níveis indetectáveis de HIV.”
MSF oferece tratamento para HIV para pessoas em países em desenvolvimento desde 2000. Atualmente, a organização presta suporte a mais de 200 mil pessoas vivendo com HIV por meio de seus programas.*A meta da UNAIDS 90/90/90 estabelece que, até 2020, 90% de todas as pessoas com HIV saberão seus status; 90% das pessoas diagnosticas com HIV estarão recebendo o Tarv; e 90% das pessoas em Tarv alcançarão a supressão viral.**Camarões, Quênia, Malauí, Namíbia, África do Sul, Suazilândia, Tailândia e Uganda
Para mais informações sobre a Conferência Internacional da Aids Society, clique aqui.
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