MSF condena violência contra membros de sua equipe no Sudão do Sul

Dois profissionais a serviço da organização foram atacados. Um deles faleceu

Na segunda-feira, 5 de agosto, um grupo de homens armados atacou um carro da organização humanitária internacional Médicos Sem Fronteiras (MSF) em uma das estradas principais próximo a Juba, capital do país.
Dois membros da equipe de MSF ficaram gravemente feridos, e um deles faleceu devido aos ferimentos, dois dias depois do ataque. O carro estava visivelmente identificado como propriedade de MSF.

As circunstâncias exatas do ataque ainda não foram esclarecidas, e MSF está tentando entender o que aconteceu.
 
MSF ficou horrorizada com esse ataque sem motivos contra uma organização humanitária que atua no Sudão do Sul há mais de trinta anos. Esse tipo de incidente impacta diretamente na capacidade de provisão de assistência médica essencial à vida, extremamente necessária ali.

“Nós pedimos às autoridades que investiguem esse ataque brutal que resultou na morte de um de nossos colegas”, disse Marcel Langenbach, diretor de operações.

Nosso colega que faleceu, Joseph, tinha 28 anos e trabalhava para a organização desde 2012.
“Joseph era um excelente colega”, afirma Raphael Gorgeau, coordenador nacional de MSF no Sudão do Sul. “Sentiremos falta de sua personalidade e atitude positiva. Sua morte trágica é uma terrível perda para sua família, MSF e seu país.”

“Queremos ressaltar a necessidade de respeito à lei humanitária internacional e à obrigação de garantia de proteção aos profissionais humanitários, suas propriedades e instalações de saúde”, enfatiza Lagenbach.

MSF é uma organização médico-humanitáriainternacional e independente que oferece ajuda de emergência aos sul-sudaneses afetados por conflito armado, epidemias, exclusão do acesso a cuidados de saúde e desastres naturais há 30 anos. Somente em 2012, MSF realizou 702.634 consultas ambulatoriais, admitiu 34.324 pacientes no hospital, tratou 141.525 pessoas com malária, assistiu 10.918 partos, tratou 29.018 crianças desnutridas, conduziu 3.257 cirurgias e vacinou 253.237 crianças contra o sarampo.

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