A Médicos Sem Fronteiras (MSF) é uma organização humanitária internacional que leva cuidados de saúde a pessoas afetadas por graves crises humanitárias. Também é missão da MSF chamar a atenção para as dificuldades enfrentadas pelos pacientes atendidos em seus projetos.
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A organização médica-humanitária urge para que os civis sejam protegidos dos ataques indiscriminados e desmedidos
Desde sábado, 15 de abril, têm ocorrido intensos combates entre as Forças Armadas Sudanesas e as Forças de Apoio Rápido (RSF, na sigla em inglês) em Cartum e noutras áreas do Sudão, onde muitas pessoas, incluindo profissionais de saúde, estão atualmente encurraladas. A Médicos Sem Fronteiras (MSF) tem testemunhado uma situação muito grave nos locais onde consegue fornecer cuidados. Desde o eclodir dos confrontos, a MSF recebeu um total de 183 pacientes feridos no hospital onde presta apoio em El Fasher, no Darfur Norte – 25 morreram devido aos ferimentos.
“A maioria dos feridos são civis que foram atingidos no fogo cruzado – entre eles, há muitas crianças. Têm ferimentos extremamemente graves e até sábado à tarde não tínhamos capacidade cirúrgica neste hospital”, sublinha o coordenador-geral do projeto da MSF em El Fasher, Cyrus Paye.
“Todos os outros hospitais no Darfur Norte tiveram de encerrar, ou devido à proximidade com a zona de conflito, ou porque os funcionários não conseguiam chegar às instalações por causa da violência. Por isso, não havia nenhum sítio para encaminharmos pacientes para receberem tratamento e 11 pessoas morreram devido aos ferimentos nas primeiras 48 horas do conflito”, lamenta Paye.
Paye avança também que, na tarde de sábado, “uma pequena equipa de cirurgiões de hospitais que encerraram começou a realizar intervenções cirúrgicas no hospital”. Até domingo, tinham realizado seis grandes cirurgias em pessoas feridas pela violência.
No entanto, conforme o coordenador do projeto “o hospital está a ficar rapidamente sem provisões médicas para tratar os sobreviventes: as reservas de medicamentos e de sangue para transfusões estão a acabar”. Para além disso, houve uma falha de energia na cidade logo após o início dos conflitos, e o combustível para os geradores do hospital está a chegar ao fim. “Recebemos uma lista de artigos cirúrgicos de que a equipa necessita urgentemente e estamos a tentar implementar um corredor de segurança para transportá-los até ao hospital em duas ambulâncias”, acrescenta Paye.
Outro problema é que, devido ao conflito, o aeroporto está fechado desde sábado. “É vital que o local seja reaberto, para que possamos trazer mais provisões médicas e, possivelmente, uma equipa cirúrgica da MSF para apoiar os cirurgiões que estão a trabalhar na região. Sem estas provisões vitais, perderemos ainda mais vidas”, frisa o coordenador do projeto.
Noutras áreas do país, especialmente em Cartum, Darfur, Kordofan do Norte e Gedaref, as equipas da MSF enfrentam sérios desafios. As instalações da organização em Nyla, no Darfur Sul, foram saqueadas – incluindo um dos armazéns. Em Cartum, a maioria das equipas está encurralada pelos intensos combates em curso e não consegue aceder aos armazéns para fornecer provisões médicas cruciais aos hospitais.
Até mesmo as ambulâncias estão a ser impedidas de atravessar algumas áreas. Os veículos não estão autorizados a passar para recolher corpos de pessoas mortas nas ruas, ou para transportar feridos ao hospital.
A MSF tem estado em contacto com equipas médicas sudanesas em Cartum e noutras regiões do país que também estão a receber pacientes feridos. Muitas têm trabalhado largas horas para providenciar cuidados vitais em circunstâncias extremamente difíceis, apesar do impacto da situação nos profissionais de saúde e nas próprias famílias.
A organização tem capacidade para fornecer provisões e profissionais médicos às principais instalações de saúde que precisam de apoio, mas qualquer tipo de deslocação dentro de Cartum e outras cidades é agora demasiado perigosa. Muitas pessoas também não conseguem chegar a nenhuma das unidades de saúde que estão abertas, devido à violência em curso e ao medo de arriscarem a sua segurança.
A MSF urge para que os civis sejam protegidos dos ataques indiscriminados e desmedidos que estão a ocorrer. A organização insta todas as partes do conflito a garantirem a segurança das equipas médicas e dos pacientes, para que possam ter acesso às instalações de saúde sem temer pela vida. Além disso, pede também que as partes em conflito garantam que todas as instalações de saúde – incluindo hospitais, clínicas, armazéns e ambulâncias – sejam protegidas. Nunca devem ser um alvo.
No Sudão, a MSF fornece cuidados médicos de forma imparcial, com base apenas em necessidades médicas, a todas as pessoas que necessitam. Contudo, atualmente, os profissionais da organização não se podem deslocar para prestar este apoio, devido à intensidade dos conflitos.
A MSF reforça o apelo para que todos os envolvidos neste contexto de violência respeitem os profissionais de saúde, as instalações de saúde e as ambulâncias e poupem a vida de civis e trabalhadores humanitários.
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