MSF responde a emergência de dengue nas Honduras

Com 110 mil casos positivos, a dengue nas Honduras é já uma emergência nacional de saúde. A Médicos Sem Fronteiras (MSF) está a prestar apoio em vários municípios, com profissionais de saúde e equipamentos médicos

Honduras - emergência dengue
© Laura Aceituno/ MSF

Devido à emergência nacional de saúde declarada em junho, causada por um aumento de casos de dengue nas Honduras, a Médicos Sem Fronteiras está a apoiar o Ministério da Saúde para aliviar o fardo nos hospitais em quatro municípios no Norte do país.

Até à data, as autoridades reportaram mais de 110 000 casos positivos de dengue e mais de 115 suspeitas de mortes da doença, a maioria de casos pediátricos. Neste cenário, vários hospitais do departamento de Cortés têm funcionado em sobrecarga com os novos pacientes que chegam diariamente.

Para retirar algum peso destas instalações, a MSF está a prestar apoio com profissionais médicos, enfermeiros e assistentes de enfermagem em diferentes centros de estabilização nos municípios de Puerto Cortés, Santa Cruz de Yojoa e Villanueva. O objetivo é evitar que os casos de dengue mais leves evoluam para casos graves que exijam hospitalização.

A MSF também doou equipamentos, como macas, bombas de infusão, lanternas e ecógrafos, entre outros, para reforçar o cuidado dos pacientes admitidos.

“O que procuramos é reforçar os centros de estabilização e o horário de funcionamento destas instalações, para que os casos mais ligeiros de dengue possam ser atendidos 24 horas por dia, 7 dias por semana”, avança a coordenadora de atividades médicas da MSF em San Pedro Sula, Maritza Regardiz. “Nestes centros, são fornecidos medicamentos orais e intravenosos para evitar a progressão para a dengue grave.”

A equipa da MSF está também a trabalhar no Hospital Mario Catarino Rivas, em San Pedro Sula, com a contratação de um pediatra e a doação de equipamentos, como bombas de infusão, lanternas e computadores. “Isto é para termos o maior número de camas possível para os doentes pediátricos”, explica Regardiz. “Desta forma, poderemos reduzir a carga hospitalar associada à dengue e permitir que os doentes com outras doenças não sofram as consequências de uma epidemia, como por exemplo, ser esquecidos ou ver diminuídos os cuidados que recebem.”

Além disso, a MSF continua a trabalhar com a Região de Saúde Metropolitana de Cortés e com a Região de Saúde de San Pedro Sula, fornecendo veículos para apoiar atividades preventivas. Desde fevereiro, a organização tem desenvolvido atividades de pulverização, ao mesmo tempo que acompanha profissionais de saúde na eliminação de locais de reprodução de mosquitos nas comunidades mais remotas. Nas próximas semanas, a MSF continuará a apoiar estas atividades, juntamente com a monitorização epidemiológica para ajudar a adaptar a resposta às necessidades das autoridades e da população da região.

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