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Equipes priorizam pessoas que apresentam maior risco de contrair a doença em precários ambientes de trabalho
*A imagem foi feita em agosto de 2019.
A hepatite C pode ser fatal, mas muitas pessoas não sabem que têm o vírus. O promotor de saúde de MSF Tassawar Ali explica como sua equipe pretende mudar isso em uma favela em Karachi, maior cidade do Paquistão. Confira seu relato completo:
“A colônia Machar é uma favela urbana em Karachi, a maior cidade do Paquistão.
Os residentes estão amplamente envolvidos na indústria pesqueira local – a indústria fornece empregos formais e informais. As fábricas formais de pescado são consideradas a opção mais segura – relativamente – uma vez que tendem a incorporar medidas de segurança, como acesso a equipamentos de primeiros socorros.
As fábricas de peixes informais são normalmente instaladas dentro da comunidade. Nesses ambientes improvisados, os trabalhadores costumam descascar camarão com lâminas afiadas que são reutilizadas e compartilhadas.
Eles também trabalham às vezes durante as horas escuras da noite e antes do nascer do sol.
Todas essas condições de trabalho são fatores de risco para hepatite C, porque um pequeno corte com uma lâmina que já contém traços de sangue de uma pessoa infectada pode ser o suficiente para transmitir o vírus.
Hepatite C na Colônia Machar
A hepatite C é um vírus sanguíneo que afeta o fígado. A maioria das pessoas não apresenta sintomas até que o dano ao fígado já seja significativo, então o diagnóstico precoce é a chave para salvar vidas.
Nossa equipe de MSF tem conduzido exames entre as pessoas da Colônia Machar. De acordo com as descobertas iniciais, a prevalência de hepatite C parece ser significativamente maior aqui do que a média nacional.
Essas descobertas iniciais, entretanto, ainda precisam ser confirmadas por meio de métodos de pesquisa mais aprofundados.
Grupos de risco
Nossa equipe de promoção da saúde em Machar está empenhada em identificar grupos específicos de pessoas que apresentam maior risco de transmissão da hepatite C como resultado de seus ambientes de trabalho.
Para resolver isso, nossa equipe está envolvida no mapeamento de várias práticas ocupacionais e tradicionais que podem contribuir para a transmissão da hepatite C.
Os trabalhadores que realizam trabalhos tradicionalmente considerados “não qualificados” estão especialmente em risco, pois permanecem em grande parte alheios ao seu status de portador da hepatite C e às formas de se proteger do vírus.
Nosso modelo
Em 2015, MSF estabeleceu pela primeira vez seu programa de hepatite C usando o que é conhecido como um modelo de atendimento “descentralizado”. Isso significa que nossa equipe está tratando a hepatite C em unidades básicas de saúde (ou seja, clínicas de saúde locais) em vez de unidades especializadas em hospitais. Queríamos mostrar que isso poderia ser feito – levando os cuidados de saúde para mais perto das pessoas que deles precisam.
Em 2018, redesenhamos um modelo descentralizado de atendimento para o tratamento da hepatite C crônica. Nossa estratégia de promoção da saúde é chegar às pessoas com maior risco de infecção por hepatite C na colônia Machar.
Profissionais de saúde locais
Além dos envolvidos na pesca, outro grupo ocupacional importante para nós é o que chamamos de profissionais de saúde locais “não formalizados”. Esses profissionais trabalham na comunidade, mas não têm qualificações médicas formais ou registro.
Em nossas conversas com eles, descobrimos que geralmente não têm conhecimento sobre a transmissão do vírus da hepatite C.
Isso é significativo para a nossa equipe de promotores de saúde, pois às vezes temos que chegar à comunidade por meio desse importante grupo, a fim de aumentar a conscientização e diminuir o risco de transmissão da hepatite.
Essa rede informal de profissionais também é um risco potencial de transmissão. Alguns oferecem tratamentos por injeção, sob demanda, e essas seringas podem transmitir o vírus se as práticas de higiene adequadas não forem seguidas.
Nossos objetivos
Os objetivos do nosso trabalho na promoção da saúde são aumentar o conhecimento sobre a hepatite C nas populações de alto risco e interromper as vias de reinfecção, incentivando os residentes da Colônia de Machar a adotarem práticas de trabalho e estilo de vida mais saudáveis.
Na tentativa de alcançar este objetivo, estamos alcançando grupos como barbeiros, mulheres trabalhadoras de saúde e curandeiras tradicionais, entre outros, para aumentar a conscientização sobre a prevenção da hepatite C.
Como promotores de saúde, normalmente baseamos nossas intervenções de informação, educação e comunicação em saúde em descobertas da comunidade que nos mostram falta de conhecimento ou prática relacionada a um tópico de saúde específico.
Na Colônia Machar, estamos tentando entender mais e mais sobre como o vírus da hepatite C se espalha por meio de riscos ocupacionais.
Temos esperança de que mais informações nos ajudarão a planejar nossas atividades de saúde, como mapeamento populacional, discussões em grupos focais, exames de hepatite C e monitoramento do local de trabalho de forma mais eficiente.
As informações obtidas com essas atividades devem nos ajudar a desenvolver estratégias que irão encorajar mudanças positivas nos comportamentos de saúde para reduzir a transmissão da hepatite C na Colônia Machar.
Estou motivado que, no futuro, nossa estratégia de mudança de comportamento trará resultados sustentáveis para uma redução significativa da hepatite C na comunidade.”
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