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MSF continua a utilizar clínicas móveis para atender as vítimas da violência pós-eleitoral que tiveram de deixar os vilarejos onde viviam
A violência pós-eleições e, subseqüentemente, entre as comunidades tem desencadeado um maior deslocamento populacional, com pessoas estabelecendo-se temporariamente em muitas localidades no oeste do Quênia. Para responder a esta emergência, equipes móveis de Médicos Sem Fronteiras estão oferecendo assistência para as vítimas dos confrontos em vários lugares e nos hospitais da região.
Em Naivasha, no oeste do Quênia, muitos moradores começaram a deixar o acampamento no início de fevereiro. Famílias abandonaram o lugar próximo à prisão. Quando a violência intercomunitária alastrou-se na cidade entre 26 e 27 de janeiro, eles tiveram que se refugiar neste lugar incomum. Uma equipe móvel de MSF chegou imediatamente para lidar com a emergência.
"Nos arredores do presídio, aproximadamente 3 mil deslocados acamparam em torno dos prédios onde vivem as pessoas que trabalham na prisão", diz Dr. Peter Reynaud, coordenador de terreno. "Não havia latrina, chuveiros ou água." A equipe construiu chuveiros, montou latrinas, arranjou carros-pipa de 100 mil litros para fornecer água diariamente e tratou pacientes de Aids com tuberculose.
Outros 2 mil deslocados também se abrigaram na delegacia de polícia de Naivasha. "A razão é óbvia", explica Dr. Reynaud. "As pessoas sentiram-se protegidas pelo fato de policiais estarem lá, assim como eles estavam seguros pela presença dos guardas da prisão em outras cidades". No entanto, nenhum desses lugares tinha estrutura para abrigar esse grande número de pessoas. A delegacia de polícia tinha uma torneira de água para uma dúzia de oficiais e crianças brincavam ao lado de carros destruídos abandonados perto dos prédios.
A equipe móvel de MSF providenciou água e saneamento e distribuiu cobertores e sopas no local. Membros da equipe também trataram cerca de 400 pacientes sofrendo, em sua maioria, de infecções respiratórias (as noites são muito frias) e, em alguns casos, diarréia. Quando organizações locais começaram a oferecer ajuda, MSF decidiu encerrar essas atividades porque as emergências tinham sido respondidas.
Pessoas voltam a seus locais de origem
"Muitas pessoas partiram rapidamente", diz Dr. Reynaud. "Centenas foram embora todos os dias. Pessoas pagaram para voltar de ônibus, caminhão ou carro para sua terra natal, na parte oeste do país." "Terra natal" – esse termo pode se referir à região onde seus pais ou avôs ainda vivem ou ao lugar onde os ancestrais deles nasceram, onde eles nunca viveram ou conheceram.
Vários dias depois, em Kericho, oeste do Quênia, outras famílias deixaram um acampamento improvisado em um parque próximo à igreja local para retornarem a seus locais de origem. Eles também fugiram da violência intercomunitária que estourou na cidade em janeiro passado, ferindo mais de 20 pessoas. Na estrada que permeia o acampamento de deslocados, eles colocaram pacotes, louças, e móveis em caminhões, preparando-se para partir. Charles estava esperando também. Ele já tinha enviado sua esposa e filhos para a família em Nakuru e tinha preparado o inventário de sua loja de roupas em Kericho, cidade onde ele viveu por cerca de 13 anos.
A equipe de MSF entregou ao hospital da cidade, e muitos outros hospitais da província, kits para feridos, que incluíam band-aids e antibióticos. A equipe também forneceu assistência logística e distribuiu cobertores e utensílios de cozinha aos dois campos de deslocados próximos à igreja e à delegacia de policia, onde viviam 1,5 mil e 500 pessoas, respectivamente. A equipe também vacinou aproximadamente 150 crianças contra sarampo, uma vez que uma epidemia da doença pode facilmente acontecer neste tipo de situação. A equipe ainda está trabalhando em Kericho porque, embora muitas pessoas tenham ido embora, os acampamentos não estão vazios e os moradores dos vilarejos próximos têm chegado aos poucos.
Rapidez e agilidade
Por mais de um mês, a equipe móvel tem usado Kericho como base para as viagens a outros campos de deslocados, incluindo Londiani e Kipkelion. Esta ação emergencial envolveu a implementação de um reservatório de água e unidades de saneamento, oferecendo serviços primários para cuidados de saúde, vacinando crianças contra sarampo e garantindo que pacientes de HIV e Aids possam continuar o tratamento.
"Nossas equipes estão particularmente focadas no fornecimento de assistência em bases ocasionais", afirma Filipe Ribero, coordenador de emergência de MSF no Quênia. "Nós tentamos trabalhar o mais rápido e ágil possível". O número de deslocados nos acampamentos está caindo drasticamente, com apenas 350 pessoas ainda em Kipkelion. O campo de Naivasha, localizado próximo à prisão, está vazio agora. Os ocupantes foram para Nyanza, no oeste.
"Nós estamos observando um maior movimento do leste para o oeste e do oeste para o leste. Pessoas que fazem parte de um certo grupo étnico tomam uma direção e aqueles de outros grupos vão para outra", conta Ribero. Os acampamentos de deslocados são temporários. A única exceção são alguns poucos implementados pela Cruz Vermelha do Quênia. São dois campos em Naivasha, um perto do estádio e outro localizado a cinco quilômetros da cidade, em uma fazenda de flores, para deslocados de outras províncias.
Como ainda há muitos campos temporários espalhados pela região, equipes de MSF continuam a monitorar a situação. Desta forma, eles poderão agir se necessário. No entanto, "neste contexto, o problema para MSF, e para outras organizações humanitárias, é determinar até que ponto os acampamentos podem ser aprimorados, levando em consideração o fato de que os deslocados não pretendem ficar", diz Ribero.
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