Sudão do Sul: MSF suspende maior parte das atividades em Maban após ataque violento

Homens armados não identificados invadiram instalações de MSF na manhã do dia 23

Sudão do Sul: MSF suspende maior parte das atividades em Maban após ataque violento

A organização médico-humanitária internacional Médicos sem Fronteiras (MSF) suspendeu a maior parte de suas atividades em Maban, no Sudão do Sul, depois de sofrer um ataque violento na segunda-feira, 23 de julho.  

Na manhã do dia 23, um grupo de homens armados não identificados invadiu o escritório e o complexo de MSF, saqueou materiais da organização e objetos da equipe, queimou uma tenda cheia de equipamentos e destruiu a maioria dos veículos e dos dispositivos de comunicação. Nenhum profissional de MSF foi ferido fisicamente durante o ataque. A equipe está em segurança e a organização está monitorando a situação.  

O ataque forçou MSF a suspender a maior parte do apoio médico à comunidade local e à população de refugiados na região de Maban, onde a organização mantém um hospital de saúde primária e secundária no campo de refugiados de Doro e oferece consultas médicas no hospital estadual de Bunj.  

“Apesar do ataque a nossas instalações, nossa equipe continuará garantindo a oferta de cuidados que salvam a vida de pacientes em estado de saúde grave”, disse o coordenador-geral de MSF no Sudão do Sul, Samuel Theodore. “No entanto, como a segurança dos profissionais e das instalações não pode ser assegurada, não temos outra escolha a não ser suspender o restante de nossas atividades, o que deixará 88 mil pessoas com acesso limitado a serviços médicos tão necessários.”  

MSF condena esse ataque brutal e pede que profissionais humanitários e instalações de saúde sejam respeitados e protegidos.  

MSF atua em Maban desde 2011 e leva cuidados de saúde para a comunidade local e os refugiados no campo de Doro. Em colaboração com autoridades locais, a organização também oferece consultas médicas no hospital estadual de Bunj. De janeiro a junho deste ano, MSF realizou 84.869 consultas ambulatoriais, assistiu 1.317 partos, tratou 4.971 pacientes com malária e 905 crianças com desnutrição.
 

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