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Pedimos aos países ricos que não armazenem vacinas e que as empresas farmacêuticas não sejam cúmplices dessa acumulação
À medida que a COVID-19 continua se espalhando pelo sul do continente africano e pela África subsaariana, o acesso e a distribuição equitativa de vacinas são mais essenciais do que nunca. A pandemia nessas regiões tem sido agravada por uma cepa altamente infecciosa do vírus, que impacta sistemas de saúde já fragilizados.
Em função de dados preliminares mais recentes que indicaram que algumas vacinas contra a COVID-19 podem ser menos eficazes do que outras contra a variante 501Y.V2, descoberta pela primeira vez na África do Sul, Médicos Sem Fronteiras (MSF) faz um apelo a países desenvolvidos e corporações farmacêuticas para que apresentem soluções que garantirão urgentemente que todos os países tenham acesso a vacinas eficazes de forma rápida e acessível, antes que seja tarde demais.
“O surgimento de novas cepas da COVID-19 deve ser levado em conta na determinação da distribuição de vacinas para países ao redor do mundo”, disse o dr. Tom Ellman, diretor da unidade médica de MSF no sul da África. “A alocação e a distribuição equitativa de vacinas significa que os países devem poder adquirir não apenas quaisquer vacinas, mas as vacinas certas – adaptadas à presença de novas cepas e aos fatores contextuais – no momento certo e pelo preço certo. A menos que os líderes de Estados ricos e empresas farmacêuticas apoiem essa premissa, corremos o risco iminente de gerar novas pandemias de COVID-19 resistente a vacinas. A restrição de viagens não vai impedir isso, mas a equidade e a solidariedade podem fazê-lo”, continua Ellman.
Até o momento, mais de 174 milhões de doses foram administradas no mundo, mas quase nenhuma delas na África. Enquanto isso, muitos países desenvolvidos encomendaram o dobro ou o triplo da quantidade necessária de vacinas para proteger suas populações. Alguns, inclusive, estão prontos para receber vacinas do Covax, do qual muitos países em desenvolvimento dependem exclusivamente para obter acesso às vacinas.
Para agravar a situação, esses mesmos países que já conseguiram vacinar muitos de seus profissionais de saúde bloquearam por meses os esforços liderados pela África do Sul e pela Índia em prol da renúncia às proteções de propriedade intelectual sobre produtos médicos contra a COVID-19, incluindo vacinas, na Organização Mundial do Comércio (OMC). Essa mudança poderia permitir que os países de baixa e média renda produzissem ou comprassem esses produtos de maneira mais acessível por meio de transferências de tecnologia, aumento da fabricação local e concorrência de preços a médio prazo.
“O que estamos testemunhando agora é um fracasso inaceitável da humanidade e da resposta global. Há países que acumulam vacinas e que começaram a imunizar grupos de baixo risco, enquanto os países em desenvolvimento nem começaram a vacinar profissionais de saúde da linha de frente, que trabalham em sistemas de saúde já no limite”, denuncia Claire Waterhouse, coordenadora de advocacy no sul da África.
MSF oferece prevenção e tratamento contra a COVID-19 em diferentes países no sul da África – em Essuatíni, Malaui, Moçambique, África do Sul e Zimbábue – desde o início da pandemia. Após a época festiva de fim de ano e férias, a região foi abalada por uma “segunda onda” repentina de infecções por COVID-19. Vários países do sul da África registraram mais casos novos de COVID-19 no mês de janeiro de 2021 do que em todo o ano de 2020.
“A equipe de MSF testemunhou o grave impacto da ‘segunda onda’ sobre esta região, sua população e seus sistemas de saúde, que lutaram para lidar com o influxo repentino de pacientes. Na África do Sul, não havia profissionais de saúde suficientes em muitos dos focos da pandemia e hospitais estavam com dificuldade para responder às demandas por atendimento médico”, explica Philip Aruna, gerente de operações regionais de MSF no sul da África.
“Embora a onda de novas infecções esteja começando a diminuir em alguns desses países, agora estamos nos preparando para possíveis novos surtos de COVID-19, à medida que o vírus continua a se adaptar e se espalhar. Uma rápida implementação das vacinas mais eficazes para cada contexto teria um impacto significativo na redução de infecções e mortes futuras entre os profissionais de saúde e a maioria dos grupos de risco. No entanto, a maior parte dos países do sul da África e o mundo em desenvolvimento ainda não receberam as quantidades de vacinas de que necessitam”, conclui Aruna.
O sistema de acesso a medicamentos e vacinas deve mudar em todos os níveis. A solução para antecipar o perigo global da COVID-19 é que os líderes de Estado e as empresas farmacêuticas ajam com urgência para que todos os grupos de risco e profissionais de saúde sejam imunizados no mundo todo e ao mesmo tempo.
Portanto, pedimos às empresas farmacêuticas que interrompam os acordos bilaterais que estão suprindo em excesso as nações desenvolvidas e priorizem o fornecimento de vacinas ao Covax ou por meio de acordos com países que ainda não vacinaram seus profissionais de saúde e grupos de risco. “É inadmissível que, em um contexto de evidente tensão entre a oferta e a capacidade de produção de vacinas e a demanda das mesmas, as empresas sejam cúmplices desse acúmulo de doses”, lamenta Miriam Alía.
Apelamos ao Covax, à Gavi, à Coalizão para Inovações na Preparação para Epidemias e a Estados doadores para que adotem medidas imediatas em busca da transparência nas agendas de abastecimento do Covax, para que os países de baixa e média renda saibam o preço, as quantidades e a data de entrega das vacinas que irão receber.
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