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Coordenador de MSF afirma que 95% das casas no centro da cidade foram destruídas. População vive sob condições precárias
Duas semanas após o registro do terremoto de magnitude 8 que provocou a morte de mais de 500 pessoas no Peru e deixou outras milhares desabrigadas, a situação na cidade de Guadalupe continua precária. "Fiquei totalmente chocado com o que vi lá. Parecia que o terremoto tinha acontecido no dia anterior. No centro da cidade, 95% das casas foram destruídas ou gravemente danificadas e as pessoas estão vivendo nas ruas sem quase nenhuma higiene. Nenhuma ajuda chegou a Guadalupe, apesar da cidade estar na rota da Pan-americana, a maior estrada do país", conta Luis Encinas, coordenador de emergência de MSF, que liderou as equipes que estiveram no sábado em Guadalupe, cidade de 12 mil habitantes localizada a 100 quilômetros do sudoeste de Pisco, nos subúrbios da cidade de Ica.
Ica foi seriamente afetada pelo tremor, mas a situação está melhorando aos poucos e os hospitais têm capacidade de responder às principais necessidades médicas. Já em Guadalupe, a situação é extremamente precária. Cerca de 10.200 pessoas foram afetadas pelo terremoto do dia 15 de agosto. O único centro de saúde existente registrou um crescimento de 250% no número de consultas. Médicos de MSF ofereceram imediatamente atendimento médico para os pacientes que precisavam, doaram medicamentos, equipamentos médicos e cobertores.
"Nós visitamos algumas casas e encontramos uma mulher que estava presa debaixo de uma parede. Ela carregava seu filho quando sua casa desabou", conta Loreto Barcelo, chefe médico de MSF. "A mulher quebrou o pé e a menininha sofreu fraturas múltiplas da pélvis. No entanto, a criança foi apenas engessada e recebeu alta 48 horas depois do atendimento. A mãe, que precisava de cirurgia ortopédica, provavelmente nem recebeu tratamento porque a equipe médica estava sobrecarregada". Hoje, enquanto o resto da família passa as noites nas ruas com medo de outro terremoto, ambas estão de cama, sem assistência na única parte da casa que ainda está de pé.
Esse exemplo mostra também as terríveis conseqüências do terremoto para a saúde mental da população. "Depois de mais de dez dias sem receber ajuda, às vezes morando com 40 pessoas em uma mesma tenda, essas pessoas se sentem abandonadas e não se reconhecem como vítimas do terremoto", explica Zohra Abaakouk, responsável pelo programa de saúde mental de MSF. "Eles tentam se organizar da melhor maneira possível, apesar das dores, problemas de insônia, medos e ansiedades". Para aliviar o sofrimento dessas pessoas e para prevenir uma deterioração de seu estado mental, uma equipe de psicólogos de MSF imediatamente começou a oferecer apoio psicossocial. Eles realizaram sessões em grupo psico-educativas, chamadas de 'charlas', e atendimentos individuais, quando necessário.
As famílias enfrentam o frio e a falta de higiene nos abrigos improvisados, feitos de papelão, e nas camas dispostas em frente às casas destruídas. Eles não têm latrinas, água potável e espaço para se lavarem. MSF vai desenvolver 'espaços de bem-estar', com acesso à água, locais para banho e latrinas, para que as pessoas possam viver sob condições aceitáveis. Além disso, a distribuição de cobertores e outros itens básicos de emergência vai ter início esta semana.
"Quase duas semanas após o terremoto, a situação das vítimas praticamente não é mencionada na mídia internacional. No terreno, várias organizações de emergência estão começando a deixar a área. No entanto, as necessidades ainda são enormes na região e as equipes de MSF continuam a observar na população uma necessidade desesperada de assistência. Essa situação é inaceitável. Uma ação urgente é necessária para evitar que as pessoas vivam sob condições precárias", defende Luis Encina.
No Peru, 25 funcionários de MSF, peruanos e de outras nacionalidades, trabalham para oferecer assistência às vítimas do terremoto. As atividades de MSF estão voltadas para a saúde mental, atendimento médico, distribuição de itens de emergência, abastecimento de água e saneamento. As equipes estão trabalhando em Pisco, em áreas mais remotas no leste e agora também em Guadalupe.
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