Experiência em projetos no Haiti, Sudão do Sul, Paquistão e Palestina

“Acho que todo mundo que estuda medicina, ou outras áreas de saúde, um dia pensou em fazer trabalho voluntário. Como sou concursada em Brasília, atuo por curtos períodos nos projetos ou, o que acontece com frequência, troco um monte de plantões e vou me juntar ao pessoal em campo por mais tempo. Com o tempo, e a experiência, a gente vai acalmando a ansiedade, mas o frio na barriga sempre que estou prestes a ir a campo me acomete, como se fosse a primeira vez. Minha mala, no entanto, vai ficando cada vez menor; a gente se torna mais prático. No primeiro projeto em que trabalhei, numa cidade chamada Hangu, no Paquistão, vivi meu limite em todos os aspectos: passei medo, frio, tensão e até fome, porque trabalhamos por mais de 24 horas seguidas no hospital, mas sabíamos que as necessidades dos pacientes era infinitamente maior que as nossas. Trabalhando com pessoas que têm o mesmo objetivo, que pensam da mesma forma, não tem como ser ruim. Todas as nossas dificuldades são minimizadas.”