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Depois de algumas semanas de relativa calma, leste da cidade volta a ser alvo de bombas
Na medida em que intensos ataques aéreos foram retomados na região leste de Aleppo, um médico de um dos poucos hospitais ainda em funcionamento na área sitiada descreve a situação no depoimento abaixo.
“Até segunda-feira, a situação no leste de Aleppo estava relativamente calma há algumas semanas, tendo havido apenas bombardeios leves. Porém, na terça-feira, a situação se intensificou subitamente, com mais de 100 ataques registrados e um número assustador de pessoas feridas.
Em apenas duas horas, entre uma e três da tarde, 55 feridos chegaram ao hospital. Admitimos 13 pessoas e três delas morreram; o restante foi mandado de volta para casa. Os pacientes têm todo tipo de ferimentos, desde feridas superficiais e lesões nos membros a danos neurológicos.
Quando há massacres acontecendo lá fora e recebemos um número grande de pessoas feridas, paramos tudo para concentrar nossos esforços em tratar esses pacientes. Operações que não são urgentes podem ser adiadas pelo menos até que os bombardeios cessem ou até que o cirurgião tenha mais tempo.
Quando a situação está mais calma, podemos monitorar os pacientes por mais tempo. Porém, em situações difíceis como a que vivemos agora, temos que dispensá-los uma ou duas horas depois de serem operados.
Os pacientes mais vulneráveis são aqueles com ferimentos na cabeça e lesões neurológicas – entre 70% e 80% deles acabam morrendo.
Vemos muitas pessoas com lesões nos membros, mas normalmente não podemos fazer nada por elas, e acabamos recorrendo à amputação. Há muito pouco tempo, poucos médicos, poucos centros cirúrgicos e poucos medicamentos. Não temos muitas alternativas.
Na terça-feira, uma granada caiu a cerca de 20 metros de distância do hospital, mas não fomos atingidos. Nos últimos cinco meses, fomos atacados cinco vezes: uma em junho, duas em julho e duas em setembro. Em todas as ocasiões, interrompemos nossas atividades por alguns dias para fazer os reparos necessários e limpar as instalações para só então reabrirmos as portas.
Honestamente, não há muito o que fazer para se preparar para um bombardeio como esse. No início do verão passado, começamos a escavar embaixo do hospital, mas, quando o cerco teve início, não conseguimos o material de construção necessário para continuar, então tivemos que parar. Começamos a construir um muro ao redor do hospital, mas tampouco conseguimos conclui-lo.
Todos os nossos geradores estão longe do hospital, em um local subterrâneo relativamente seguro, mas o combustível que os alimenta está quase acabando.
Alguns medicamentos – como os usados para doenças crônicas – já se esgotaram. Alguns analgésicos e antibióticos também estão chegando ao fim.
Conforme a intensidade dos bombardeios aumenta e os massacres se tornam mais frequentes, recebemos cada vez mais pacientes, de modo que nossos suprimentos estão se esgotando mais rapidamente. Quando você recebe pacientes feridos, não é possível reservar medicamentos para mais tarde. Tratar ferimentos é a nossa prioridade e é mais importante que qualquer outra coisa.
Esperávamos que o estoque atual fosse durar por dez dias, mas se os bombardeios continuarem violentos assim, não durará mais que três ou quatro dias. Infelizmente, não poderemos fazer nada quando nosso estoque acabar. Por ora, estamos fazendo todo o possível.”
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