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Na região de Muhajariya, vilarejos foram totalmente incendiados, civis foram baleados e agredidos e as fontes de água e armazéns de comida foram destruídos
Cartum/Amsterdã, 27/11/2006 – Devido a uma série de violentos ataques registrada nas últimas oito semanas no sul de Darfur, cerca de 50 mil civis fugiram para se refugiar de maneira precária na savana. Na região de Muhajariya, vilarejos foram totalmente incendiados, civis foram baleados e agredidos e as fontes de água e armazéns de comida foram destruídos. Muitas das pessoas forçadas a fugir já haviam se deslocado de outras regiões e estavam vivendo nos campos onde os confrontos foram registrados.
Administrado por Médicos Sem Fronteiras (MSF), a clínica na cidade de Muhajariya atendeu 74 vítimas dos conflitos ocorridos na área desde o dia 2 de outubro, dentre os quais 59 feridos a bala. A grande maioria deles era civil. Os confrontos contínuos deixaram feridos nas áreas sul e leste de Muhajariya, com alguns deles impossibilitados de chegar até a clínica.
Em resposta ao deslocamento maciço e à violência voltada para os civis, as equipes móveis de MSF têm viajado pelos arredores da cidade e já trataram 49 civis feridos a bala. Um homem de 65 anos, encontrado debaixo de uma árvore ferido a bala e com uma fratura exposta no fêmur, contou como sua casa no acampamento de Angabo foi atacada no dia 13 de novembro. "Dez pessoas entraram. Eles me perguntaram quem eu era e se eu tinha uma arma, depois eles atiraram em mim, levaram todo o meu dinheiro e queimaram minha casa. Eu ainda estava dentro dela quando eles atearam fogo".
As equipes de MSF encontraram deslocados distribuídos ao longo aos dez quilômetros da savana, geralmente vivendo em pequenos grupos debaixo de árvores. Tendo sido forçados a fugir durante um ataque, poucos conseguiram carregar comida ou outros pertences. "Estamos chocados de ver quantas mulheres e crianças estão vivendo debaixo das árvores, se escondendo do sol escaldante durante o dia e fugindo do frio durante a noite, tendo que lidar com a escassez de alimentos e falta de acesso à água limpa", contou Mike Fark, responsável pelas atividades de MSF no sul de Darfur. "A situação é realmente desesperadora".
Mesmo quando os vilarejos não foram completamente destruídos, os deslocados contam que têm muito medo de voltar. Os campos da região estão desertos e a colheita está sendo desperdiçada. A água potável é escassa, uma vez que muitos dos poços foram intencionalmente destruídos durante os ataques. Alguns dos deslocados foram forçados a beber de açudes usadas pelo gado.
"Uma semana, esse é o tempo que a água vai durar. Depois disso, vamos nos deslocar para procurar mais água, mas ainda não sei para onde vamos", contou uma adolescente de 16 anos, que fugiu do acampamento de Matarwad no dia 11 de novembro, quando quatro pessoas de sua família foram assassinados. Desde então, ela vive na floresta. Os deslocados estão constantemente em perigo, enquanto se locomovem em busca de segurança, água, comida e abrigo.
O conflito, envolvendo facções rebeldes rivais e grupos armados de diferentes etnias, está longe de chegar ao fim e a situação continua altamente instável. Como resposta imediata, MSF distribuiu biscoitos energéticos, cobertores e lonas de plástico e começou a realizar consultas com as clínicas móveis. MSF está enviando mais equipes médicas, logísticas e especializadas na distribuição de água e saneamento para a área para atender as necessidades de muitos deslocados.
Mas a violência contra os civis e os trabalhadores humanitários nos faz questionar se MSF pode continuar a oferecer assistência. No dia 20 outubro, 20 funcionários claramente identificados como de MSF foram agredidos quando uma facção rebelde obrigou uma concentração de deslocados a sair da cidade de Muhajariya. Nós fazemos um apelo urgente a todos os envolvidos no conflito para que respeitem a natureza humana do trabalho de MSF e que permitam o livre acesso às pessoas afetadas.
Médecins Sans Frontières lançou o maior esforço humanitário de sua história em 2004 para oferecer assistência às pessoas que vivem em Darfur. MSF atualmente tem mais de 100 funcionários internacionais e 1.900 sudaneses trabalhando em 17 locais em torno de Darfur.
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