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MSF treina equipes de saúde e compartilha boas práticas de higiene nas comunidades
Em uma manhã do fim de agosto, o céu era cinza e o tráfego estava intenso fora do portão de entrada de Zinder, a segunda maior cidade do Níger. Ali olhava para a longa fila de caminhões carregados de mercadorias que está na sua frente, mas apesar do engarrafamento e da ameaça de chuva, ele continuava seu trabalho. Responsável pela promoção da saúde de MSF, está determinado a impedir a disseminação da COVID-19. O vírus, que apareceu no Níger em março, causou cerca de 60 mortes até agora. Ali e sua equipe em Zinder são responsáveis por aumentar a conscientização sobre a doença, compartilhar boas práticas de higiene e distribuir máscaras, ou “para-lamas” como são conhecidas na região.
Em uma barraca à beira da estrada, funcionários do Ministério da Saúde verificam a temperatura de quem quer passar pela barreira e entrar em Zinder. “Por favor, lave as mãos aqui”, dizem eles, apontando para o sabonete enquanto abrem a torneira com cortesia. No final da linha, a equipe de Ali distribui máscaras laváveis e orienta sobre o uso.
“A epidemia está longe de acabar”
“Desde o início da epidemia, de 420 pessoas com suspeita de ter COVID-19 na região de Zinder, 140 pacientes tiveram resultado positivo”, diz Ali Mamane, chefe do projeto de coronavírus de MSF na cidade. “Infelizmente, 20 deles morreram”.
Em comparação com 1.160 pessoas com teste positivo para COVID-19 em todo o país, o número de casos positivos em Zinder é relativamente baixo. No entanto, a cidade é o segundo epicentro do vírus depois da capital, Niamey. “Hoje o número de casos não é alarmante, mas a epidemia está longe de acabar”, afirma Mamane. “A situação epidemiológica continua frágil e depende da continuidade das medidas de controle implementadas”.
Desde que o surto foi declarado no Níger, MSF ajuda a transportar amostras de teste de Zinder para Niamey, a 900 km de distância, e mais recentemente para um laboratório em Maradi, a 235 km.
“Embora a transmissão local tenha sido limitada, existe a preocupação de que, à medida que o Níger reabra suas fronteiras com os países vizinhos, as pessoas que entram potencialmente infectadas possam levar a uma nova introdução do vírus”, avalia Dalil Adji Mahamat, chefe de MSF no Níger. Ele defende “medidas preventivas, que visam preservar a saúde de todos. Isso significa entender e cumprir rigorosamente as medidas de barreira, a fim de limitar a circulação do vírus e sua transmissão local”.
Diante dos perigos do novo coronavírus, MSF reforçou as medidas preventivas em todos os seus projetos no Níger, estabelecendo áreas de isolamento e realizando atividades de conscientização em comunidades. “Em Niamey, construímos um centro para cuidar de pacientes com teste positivo e que precisavam de internação”, informa Mahamat. “Em outros lugares, em nossos projetos e nas unidades de saúde que apoiamos, nossas equipes reforçaram as medidas de higiene, forneceram máscaras e instalações para lavagem das mãos e equipe médica treinada em prevenção e controle de infecções. Proteger nossos pacientes e a equipe é a prioridade.”
No centro de saúde Charézamna em Zinder, a enfermeira-chefe está radiante. MSF acaba de equipar o centro, assim como outras 14 unidades de saúde na cidade, com tanques de água, que fornecerão água encanada o tempo todo. “Aqui, só tínhamos água encanada dia sim, dia não”, diz. “Estávamos longe de cumprir as medidas de combate ao coronavírus”.
Durante o mês de agosto, os moradores da cidade aproveitam as baixas temperaturas e a chuva que às vezes inunda os becos. Nos bairros, os jovens fazem “fada” – onde se reúnem em uma esquina e bebem chá, enquanto os vendedores ambulantes gritam uns com os outros. Um detalhe se destaca: ninguém usa máscara. As máscaras de proteção contra o coronavírus podem ser compradas no mercado por apenas 150 francos CFA (pouco mais de 1 real) cada.
“Há um afrouxamento”
Adoua, que vive no bairro de Charé1, também nota a falta de máscaras. “Apesar de o uso de máscara ser obrigatório em locais públicos, algumas pessoas ainda não acreditam que a doença exista”, diz ele. “Quando os locais de culto e os escritórios foram fechados, as pessoas ficaram com medo da doença. Desde então, houve um afrouxamento.”
MSF mobilizou uma equipe de 140 agentes comunitários de saúde, que vão de casa em casa e visitam centros de saúde e outros locais onde as pessoas se reúnem, para aumentar a conscientização sobre a doença e como se proteger contra ela. “Também transmitimos mensagens no rádio para chegar a muitas pessoas”, acrescenta Ali. “Há muitos rumores e muita desinformação acompanhando esta pandemia. Então, estamos trabalhando ativamente com a comunidade para compartilhar as informações corretas sobre a doença e para garantir que todos participem da resposta”.
Em todo o país, houve uma queda no número de pessoas com teste positivo para COVID-19. No final de julho, MSF concluiu seu projeto de COVID-19 nos distritos de Maradi e Madarounfa, após treinar equipes de 50 centros de saúde em prevenção e controle de infecções, além de aumentar a conscientização sobre a doença. Agora, MSF está se preparando para entregar seu centro de atendimento a pacientes com coronavírus em Niamey para o Ministério da Saúde. Em Zinder, as atividades de conscientização e prevenção e controle de infecções também serão entregues às autoridades de saúde locais.
“Continuaremos apoiando o call center de emergência em Niamey”, destaca Mahamat. “Também continuaremos a aumentar a conscientização sobre a doença em todas as cidades onde temos projetos e contribuiremos com a vigilância epidemiológica. MSF continua pronto para responder se necessário.”
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