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Pelo menos 152 000 pessoas deslocadas internas estão em 178 campos no Sul do Malawi em necessidade desesperada de assistência: falta acesso a alimentos, água potável e saneamento. Resposta de emergência MSF em curso até ao fim de março
No Sul do Malawi – a área mais fortemente atingida pela tempestade tropical Ana – é necessário reconstruir depois dos ventos destrutivos e cheias repentinas terem arrasado estradas, danificado estruturas de energia e deixado cerca de 32 000 famílias sem abrigo. Pelo menos 152 000 pessoas deslocadas internas estão agora em 178 campos de deslocados na região e em necessidade desesperada de assistência.
“Famílias inteiras – algumas com cinco ou mais filhos – perderam as casas e os armazenamentos de comida e estão agora a viver em campos, sem abrigo ou em condições muito precárias”, descreve a coordenadora médica da Médicos Sem Fronteiras (MSF) Narine Danielyan. “As pessoas encontram-se com limitado ou mesmo nenhum acesso a água, e o saneamento é péssimo. Alguns campos com duas mil pessoas têm apenas dez latrinas e por vezes as zonas de banhos são usadas também como latrinas”, explica.
A tempestade tropical Ana atingiu o Malawi a 24 de janeiro passado, afetando diretamente cerca de 945 000 pessoas, causado a morte a 45 e deixando dezenas de milhares de pessoas sem acesso a comida ou água potável. O Presidente do Malawi declarou o estado de emergência no país passados dois dias.
Esta é a terceira grande tempestade a afetar o Malawi nos últimos sete anos. Em 2015, a tempestade tropical Chedza resultou na morte de 176 pessoas e o ciclone Idai, em 2019, afetou diretamente mais de 920 000 pessoas por todo o país, sendo a segunda mais mortal tempestade jamais registada no hemisfério Sul.
“Em Nsanje, as pessoas dizem que a Ana foi pior que o Idai”, conta a chefe de missão da MSF no Malawi, Marion Péchayre. “Estas tempestades destrutivas parecem ocorrer com cada vez maior frequência, o que é profundamente disruptivo e potencialmente fatal para muitas pessoas no Malawi”, avalia.
Os esforços de emergência do Governo, autoridades locais e organizações não-governamentais locais ajudaram a estabilizar a situação, mas as necessidades das pessoas deslocadas são ainda enormes. As condições fracas de saneamento, a sobrelotação dos campos e as águas estagnadas constituem um elevado risco para surtos de doenças, especialmente em distritos como Nsanje onde a cólera é endémica. Um aumento no número de casos de malária é também uma preocupação.
“Para as pessoas que tomam medicação para condições crónicas de saúde, como tratamentos antirretrovirais ou insulina, a perda ou destruição de medicamentos pode significar que o tratramento é interrompido”, frisa Narine Danielyan. “Além disso, pessoas com necessidade de cuidados médicos urgentes como grávidas, crianças doentes ou pessoas que sofreram ferimentos não estão a aparecer nas estruturas de saúde, o que as coloca em risco de terem complicações com risco de vida – isto pode dever-se a que as estruturas de saúde se localizem longe demais ou porque as pessoas estão a dar prioridade à sobrevivência imediata em detrimento da sua saúde.”
A coordenadora médica da MSF sublinha ainda que “o sistema de saúde no Malawi, com escassez crónica de medicamentos essenciais, falta aguda de trabalhadores de saúde e unidades de saúde danificadas precisa de apoio urgente”.
Presente no Sul do Malawi, a MSF está a trabalhar proximamente com o Ministério da Saúde para providenciar apoio nesta região com clínicas móveis, atividades de água e saneamento e preparação para possíveis casos de cólera.
Clínicas móveis
O Ministério da Saúde do Malawi está a prestar apoio e cuidados de saúde às pessoas que se encontram nos campos de deslocados internos com recurso a clínicas móveis, fazendo-o à custa do muito apertado orçamento anual de que está dotado, o que deixa muito pouco espaço de manobra para dar resposta a ações de emergência. A MSF providencia apoio logístico e fornece medicamentos e profissionais de saúde de forma a colmatar eventuais lacunas.
Para proteger a dignidade das pessoas e disponibilizar privacidade aos pacientes nas clínicas móveis, a MSF está a equacionar o fornecimento de tendas em vários dos campos de deslocados internos. Equipas móveis da MSF estão também a prestar assistência com atividades de vigilância epidémica e encaminhamentos para estruturas de saúde.
Água e saneamento
Avaliações feitas pelas equipas da MSF em vários campos revelam a necessidade urgente de latrinas, de chuveiros e de fornecimentos de água potável. Equipas da MSF estão a construir latrinas e a assegurar serviços de água e de saneamento. Artigos de higiene essenciais como sabão, esteiras para dormir e baldes foram distribuídos às pessoas em maior necessidade.
Preparação para a cólera
Em Nsanje, milhares de pessoas foram vacinadas para a cólera em 2020, o que significa que têm um certo nível de proteção contra esta doença transmissível pela água que frequentemente causa desidratação grave, especialmente entre os mais jovens e frágeis. Isto poderá ajudar imenso na redução dos riscos de um surto.
Mas em Chikwawa, as mais recentes vacinações contra a cólera foram feitas em 2017 e não há de momento vacinas disponíveis no país. Até ao momento, as equipas MSF não registaram um aumento dos casos de cólera, mas a organização médico-humanitária está preparada e a postos para montar centros de tratamento de cólera caso ocorra algum surto. O Ministério da Saúde do Malawi está a trabalhar na compra e importação de mais vacinas.
As equipas da MSF continuarão a proceder a mais avaliações da situação e a providenciar apoio onde as necessidades são maiores. As atividades no âmbito desta resposta deverão decorrer até ao final de março próximo.
A MSF trabalhou pela primeira vez no Malawi em 1986. Atualmente é prestado apoio à equipa distrital de gestão do programa de VIH e tuberculose em Chiradzulu, o qual inclui crianças diagnosticadas com VIH. E em Blantyre, a MSF administra um projeto de rastreamento, diagnóstico e tratamento do cancro do colo do útero, o qual corresponde a 40 por cento de todas as formas de cancro nas mulheres no Malawi.
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