A Médicos Sem Fronteiras (MSF) é uma organização humanitária internacional que leva cuidados de saúde a pessoas afetadas por graves crises humanitárias. Também é missão da MSF chamar a atenção para as dificuldades enfrentadas pelos pacientes atendidos em seus projetos.
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Organização também participa de discussão sobre diagnóstico e tratamento da enfermidade no Brasil
A organização humanitária internacional Médicos Sem Fronteiras (MSF) está finalizando a segunda fase do projeto de atenção médica para a doença de Chagas desenvolvido em cooperação com autoridades locais no estado de Oaxaca, no México. Lucia Brum, médica brasileira e consultora em doenças emergentes de MSF, esteve em Pochutla, na última semana de março, assessorando no treinamento de profissionais de saúde que integram a equipe mista do projeto, que conta com membros de MSF e da Secretaria de Saúde. Esse projeto traz uma novidade: é a primeira vez que a organização investe no desenvolvimento de capacidade local em cooperação com o governo, na formação de profissionais e abastecimento de materiais médicos, para dar uma resposta adequada e sustentável aos desafios trazidos por aqueles que vivem a doença de Chagas. Cerca de 20 mil pessoas deverão ser atendidas. No total, estima-se que entre 2 e 4 milhões de pessoas estejam infectadas no México pelo parasita causador da doença de Chagas, o Trypanosoma cruzi. “Só se transforma a partir do conhecimento”, diz Lucia. Ela conta que, nos 15 anos de experiência de MSF com a doença de Chagas, a organização tem observado que, a partir do momento que suas equipes deixavam a área do projeto, o acesso ao diagnóstico e tratamento começava a cair e o combate à enfermidade perdia força. Para ela, uma resposta adequada à doença depende do compromisso e responsabilidade de todos os envolvidos no acesso ao diagnóstico e tratamento, e tudo se inicia com conhecimento: “Se os médicos não conhecem e não pensam na doença como uma possibilidade, não há diagnóstico. Sem diagnóstico, a doença não existe. Se não existe, não necessita orçamento e sem orçamento não há investimento, não há mercado, não há interesse por parte da indústria farmacêutica. Dessa forma, não teremos melhores ferramentas para o diagnóstico e tratamento, o que faz com que a doença permaneça nesse ciclo de negligência e seja esquecida”, diz Lucia. “Estimativas apontam que mais de 8 milhões de pessoas estejam infectadas no mundo, mas 98% delas não sabem disso porque não tiveram oportunidade de acesso ao diagnóstico e muito menos ao tratamento.” Durante o treinamento, Lucia percebeu que há muita motivação e interesse. “Muitos chegaram a se emocionar ao identificar que já tinham tido contato com a doença, que poderiam tê-la diagnosticado e mesmo prevenido a morte ou complicações de pessoas próximas”, conta. Ao todo, 65 profissionais receberam treinamento, entre médicos, enfermeiras, laboratoristas (bioquímicos), promotores de saúde e técnicos de controle vetorial. Entre os desafios da iniciativa, Lucia cita justamente o apoio e engajamento das autoridades, que serão responsáveis pela sustentabilidade do projeto. A previsão para a duração do projeto é de dois anos (até 2015). Nesse período, MSF oferecerá apoio técnico e supervisão de ações médicas. “A doença de Chagas é um problema até agora invisível porque afeta populações vulneráveis, em zonas rurais de difícil acesso e de baixo nível socioeconômico”, explica Lucia. MSF atua no México desde 1985, com projetos voltados para o atendimento médico a vítimas de desastres naturais, imigrantes e outras populações vulneráveis, oferecendo, também, cuidados de saúde mental. Apenas a partir de 2014 teve início a atuação no combate à doença de Chagas. No BrasilA necessidade de novas ferramentas de diagnóstico e tratamento para doença de Chagas também está sendo discutida no Brasil. Na última quinta-feira, 10 de abril, MSF e a DNDi – Iniciativa de Medicamentos para Doenças Negligenciadas – estiveram presentes, entre outros convidados, no Ciclo Carlos Chagas de palestras, realizado na Fiocruz. Na ocasião, foram expostos e discutidos pesquisas e estudos sobre alternativas terapêuticas, ampliação do diagnóstico e do tratamento e os próximos desafios no combate à enfermidade.
Glaucia Santina, gerente de estudos clínicos de Chagas da DNDi, uma das palestrantes do evento, apresentou as diferentes estratégias de pesquisa da organização, entre elas estudos com novos compostos, de combinação e de novos regimes de tratamento com o medicamento padrão, o benzonidazol. Ela reforçou a importância da sinergia nas atividades de pesquisa de diferentes organizações para que se tenha um portfolio robusto em diferentes fases do desenvolvimento e se alcance um objetivo comum a todos: um número maior de pacientes tratados com um medicamento melhor. Para Mariana Abi-Saab Arrieche, coordenadora da Plataforma de Pesquisa Clínica em Chagas, é necessário que cada órgão ou entidade envolvido nos processos que viabilizam o acesso dos pacientes aos medicamentos em Chagas (ministérios da Saúde, pesquisadores, profissionais de saúde, laboratórios farmacêuticos, entre outros) trabalhem de forma integrada para mudar a alarmante realidade atual: menos de 1% das pessoas com a doença de Chagas recebem diagnóstico e tratamento.
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