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Na cidade de Taiz, o conflito iemenita tem dificultado o acesso da população a centros de saúde; muitas vezes, as gestantes chegam para dar à luz tarde demais
O gestor de operações de MSF Christian Katzer voltou há pouco da província de Taiz, no Iêmen, uma região dividida por frentes de batalha ativas e vários postos de controle. Ali, ele visitou instalações médicas mantidas e apoiadas por MSF em ambos os lados da frente de batalha.
“A maioria da população na província de Taiz tem muita dificuldade de chegar a uma instalação de saúde, em grande parte devido à infraestrutura destruída e à situação econômica das pessoas após quatro anos de guerra. É ainda mais difícil se elas vivem no campo ou em áreas afetadas pela violência. A guerra afeta a todos, mas vemos um número particularmente alto de mortes de mães e crianças. As mulheres grávidas frequentemente chegam para dar à luz tarde demais e há pacientes que viajam por horas para chegar até nós.
Conversei com uma mulher que viajou por quatro horas, em trabalho de parto obstruído, para chegar ao hospital em funcionamento mais próximo. Para chegar a Taiz, ela e o marido tiveram que atravessar vários postos de controle e depois negociar a passagem pelas ruelas estreitas da cidade. O marido dela me contou o quanto estava com medo de perder a esposa, porque ela sangrava muito e a viagem demorou demais.”
Mais cuidados de saúde materna são necessários
“MSF é uma das poucas organizações internacionais que trabalham na cidade de Taiz e a única com equipe internacional permanente em campo. Na cidade, estamos apoiando três hospitais; cada um com uma especialidade médica diferente. Um oferece cuidados maternos; outro oferece cuidados pediátricos; e o terceiro fornece atendimento emergencial de trauma a pessoas feridas principalmente pelo conflito. Todos esses serviços são gratuitos.
Na maternidade da cidade de Taiz, são realizados cerca de 350 partos por mês e, em nosso hospital materno-infantil em Houban, do outro lado da frente de batalha, há quase mil partos por mês. Mas, para o tamanho da população, esses números são muito menores do que deveriam ser. É uma indicação muito clara de que o cuidado médico materno disponível não é suficiente.
A cidade de Taiz – e a província de Taiz como um todo – precisa de mais organizações internacionais em campo. Necessita de especialistas médicos que apoiem as instalações de saúde e possibilitem o acesso das pessoas a tratamentos médicos essenciais. O fato de as equipes de MSF terem estado na cidade de Taiz nos últimos quatro anos mostra que isso é possível.”
Sempre há uma solução
“Trabalhar na cidade de Taiz é um desafio, sabemos disso. Vários grupos armados controlam diferentes partes da cidade, há sempre uma frente de batalha por perto e homens armados que tentam impedir as pessoas de acessarem cuidados médicos.
Até mesmo chegar a Taiz é complicado. Você tem que viajar por estradas montanhosas estreitas, já que a estrada principal está bloqueada pela frente de batalha. É difícil, mas ainda assim é possível. As necessidades da cidade são impressionantes e sempre há uma solução.
Para as pessoas que vivem do outro lado da frente de batalha, o acesso a cuidados médicos pode ser igualmente difícil – como por exemplo em Houban, um subúrbio de Taiz. Antes do início do conflito recente, as pessoas que viviam em Houban podiam chegar a um centro de saúde público em 10 ou 20 minutos. Agora levam seis ou sete horas, então, a maioria das pessoas prefere ir para a província vizinha de Ibb. A viagem envolve estradas montanhosas estreitas e pontos de controle. No lado de Houban da frente de batalha, não há hospitais públicos. MSF é a única organização que oferece atendimento hospitalar gratuito para quase 150 mil pessoas.”
Às vezes, temos que mandar pessoas embora
“Em Houban, fiquei particularmente comovido com a história de uma mulher que estava nos últimos meses de gestação. Ela veio de um lugar distante e gastou muito dinheiro em transporte para chegar ao hospital materno-infantil de MSF – dinheiro que a família teve que pedir emprestado aos vizinhos. Quando chegaram ao hospital, tínhamos tantas mulheres dando à luz que tivemos que fechar nossas admissões na maternidade. O hospital de 130 leitos estava lotado. É doloroso para a nossa equipe ter que mandar embora mulheres grávidas que precisam urgentemente de cuidados médicos. No final, conseguimos encontrar espaço para a mulher dar à luz, mas nem sempre é possível.”
Ataques não são aceitáveis
“No Iêmen, ainda estamos vendo ataques a hospitais, instalações de saúde, ambulâncias e equipes médicas. Ainda estamos vendo grupos armados impedindo que as pessoas recebam assistência médica. Isto é inaceitável.
O acesso a cuidados de saúde é vital para os iemenitas. É preciso que haja uma aceitação clara da neutralidade das instalações médicas, ambulâncias e equipe médica. Pedimos a todos os beligerantes que respeitem o direito internacional humanitário, que permitam que equipes humanitárias façam seu trabalho e que as pessoas no Iêmen tenham acesso aos serviços de saúde.”
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