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Seca e conflitos armados levam mais de 30 mil somalis a fugir para o Quênia
O agravamento de conflitos internos na Somália e a deterioração das condições de vida no país em função da seca levaram trinta mil homens, mulheres e crianças a atravessarem a fronteira para o Quênia. Após vagarem pela região desértica no noroeste do país, essas pessoas buscam refúgio em Dadaab, o maior acampamento de refugiados do mundo. A situação está evoluindo rapidamente para uma emergência humanitária, segundo informações da organização internacional médico-humanitária Médicos Sem Fronteiras (MSF).
Três acampamentos da região – Dagahaley, Hagadera e Ifo – formam o complexo conhecido como o “maior acampamento de refugiados do mundo”. Criado há 20 anos para receber quase 90 mil pessoas que fugiam da violência da guerra civil na Somália, o acampamento hoje abriga mais de 350 mil pessoas. Esse número aumenta cada vez mais com as novas chegadas. Em 2010, 65 mil novos refugiados foram registrados. Só nos quatro primeiros meses de 2011, foram mais de 41 mil. O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) prevê que, até o final do ano, os acampamentos de Dadaab serão a residência de 450 mil pessoas.
“O acampamento já está no limite de capacidade, mas o número de pessoas continua aumentando”, disse a enfermeira de MSF, Nenna Arnold.
“Nós chegamos aqui apenas com as roupas do corpo”Sob temperaturas que oscilam em torno de 50 graus, várias famílias que acabaram de chegar usam galhos, panos e papelão para construir os frágeis abrigos dispostos na beira do acampamento. À medida que novos residentes lotam os acampamentos e o deserto ao redor, a disponibilidade de serviços essenciais, como água, saneamento e educação, diminuem e as condições de vida se deterioram.
Mahmoud chegou ao acampamento com a esposa, cinco filhos e a mãe. Eles estão instalados na tenda onde a irmã vive há três meses. “Nossa jornada levou nove dias. Nós chegamos aqui apenas com as roupas do corpo. Na Somália éramos agricultores, mas todos os nossos animais morreram com a seca. Um grupo de militares tomou o controle da nossa aldeia, e começou a exigir que pagássemos taxas. Eu não tinha como pagar e foi por isso que decidimos partir.”
As regiões de fronteira são perigosos territórios sem lei. Muitos refugiados – em sua grande maioria, mulheres e crianças – sofrem diferentes formas de violência, extorsão e perseguição durante a travessia. Chegam ao acampamento sem dinheiro, alimentos, água e abrigo e em péssimas condições de saúde.
O sistema de saúde da Somália está à beira do colapso, e a maioria dos habitantes do país não conta com cuidados médicos convencionais há anos. A seca fez com que a situação da saúde piorasse ainda mais.
No último mês, as equipes de MSF nos postos de saúde realizaram 11.963 consultas, nas quais se verificou um grande número de pacientes com infecções respiratórias, diarreia, tuberculose, desnutrição e traumas. Na unidade de atendimento que MSF abriu em março, em uma área do acampamento em que os recém-chegados estão se estabelecendo, são realizadas uma média de 110 consultas por dia. A equipe da organização, formada por profissionais quenianos, somalis e internacionais trabalhando no acampamento já chega a 458 pessoas.
Necessidades médicas crescentesQuarenta por cento das crianças que chegam ao acampamento nunca receberam vacinas, o que, combinado com a desnutrição e com as condições precárias de vida, representam uma grande ameaça para sua saúde. Campanhas de vacinações realizadas por MSF estão ajudando a controlar surtos de doenças.
O movimento também é grande no hospital de 170 leitos de MSF, localizado no meio do acampamento de Dagahaley. Esse é o único hospital em funcionamento para os 113 mil refugiados do acampamento e para o número crescente de recém-chegados. “Até pouco tempo atrás, a taxa de ocupação dos leitos era de 80%. Agora, com as novas chegadas, já estamos trabalhando com volumes acima da capacidade do hospital”, disse o Dr. Gedi Mohammed, diretor do hospital.
Na ala da maternidade, o número de partos realizados apenas no ultimo mês chegou a 308, o dobro do registrado no mesmo período do ano passado. O centro de alimentação terapêutica para crianças com problemas médicos decorrentes de desnutrição está tão cheio que uma nova ala, com mais 60 leitos, foi construída em maio para acomodar todos os pacientes. Existem 80 crianças desnutridas recebendo atendimento no hospital, e outras 782 no acampamento. Além disso, MSF está fornecendo suplementos alimentares a mais de 7 mil famílias.
Muitos refugiados viveram experiências traumáticas, que resultaram na necessidade de acompanhamento psicológico. Apenas no último mês, MSF atendeu 964 pacientes em seu programa de saúde mental.
MSF oferece assistência médica no Quênia desde 1992, e trabalha nos acampamentos de Dadaab há 14 anos. Desde 2009, MSF é a única organização responsável pelos serviços de saúde no acampamento de Dagahaley, garantindo cuidados médicos aos 113 mil residentes do acampamento, em cinco postos de saúde e no hospital de 170 leitos.
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