A Médicos Sem Fronteiras (MSF) é uma organização humanitária internacional que leva cuidados de saúde a pessoas afetadas por graves crises humanitárias. Também é missão da MSF chamar a atenção para as dificuldades enfrentadas pelos pacientes atendidos em seus projetos.
Como organização médica, buscamos sempre oferecer o melhor tratamento disponível aos nossos pacientes. O trabalho de MSF envolve uma grande variedade de atividades, desde a organização de campanhas…
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Luis Montiel é coordenador de emergências da Médicos Sem Fronteiras (MSF) em Cabo Delgado, província do Norte de Moçambique afetada pelo conflito desde 2017. No início de abril, Montiel liderou uma equipe numa breve visita a Mocímboa da Praia, onde a MSF desenvolveu atividades médicas pela primeira vez desde que a violência atingiu esta vila costeira há dois anos.
Qual é a situação atual em Mocímboa da Praia?
Mocímboa da Praia é uma vila costeira importante no Norte de Moçambique e também a capital de um distrito com o mesmo nome. Antes do conflito, era um lugar vibrante com cerca de 120.000 habitantes, dedicados principalmente à pesca artesanal e industrial. Os primeiros ataques do conflito em Cabo Delgado ocorreram lá em 2017Mais tarde, a vila foi fortemente atingida pela violência e tomada em 2020 por membros de um grupo armado não-estatal. Em agosto do ano passado, as Forças Armadas moçambicanas e ruandesas retomaram o seu controlo da zona.
Atualmente não há luta ativa em Mocímboa da Praia e não ocorre nenhum ataque há muito tempo, embora a situação seja volátil nas localidades vizinhas. A cidade está vazia, sem civis a viverem lá. Responsáveis administrativos visitam regularmente a área, o porto está a passar por um processo de dragagem e serviços como o fornecimento de eletricidade e de água foram restaurados. Mas não há comércio e, embora as ruas estejam limpas, ainda há alguns sinais da destruição.
Por que é que a MSF visitou a vila agora?
A MSF desenvolveu um projeto médico em Mocímboa da Praia ao longo de 2019 e até março de 2020, altura em que fomos forçados a fazer sair as nossas equipes quando o local estava a ser atacado. Até o nosso escritório foi parcialmente incendiado e ocupado. Esta é a primeira vez que voltamos desde aquelas ocorrências. Temos acompanhado de perto a situação e mantido contato com as diferentes autoridades interessadas para entendermos quando é que os membros da comunidade poderão voltar à vila. Como em toda a província, MSF tem-se esforçado para se adaptar aos movimentos das pessoas que fogem do conflito ou que voltam para as suas casas depois de terem estado deslocadas e, assim, fornecer assistência médica e humanitária imparcial onde quer que estejam as maiores necessidades.
Fomos informados pelas autoridades civis de que várias dezenas de pessoas que passaram um longo tempo no mato foram transferidas pelas forças de segurança para Mocímboa da Praia depois de serem libertas pelo grupo armado não-estatal. Parte destas pessoas foi enviada para Nanili, uma aldeia no distrito de Mocímboa da Praia. Fomos convidados, então, a fazer uma clínica móvel para prestar apoio a estas pessoas. No dia 2 de abril, enviamos uma equipa pequena a Mocímboa da Praia para uma visita de um dia, durante a qual realizamos consultas com 39 pacientes, na maioria adultos do sexo masculino e alguns adolescentes e crianças. Não encontramos nenhum paciente em situação médica crítica e só tivemos de encaminhar um paciente que sofria de problemas cardíacos para o hospital rural de Mueda.
Qual é a nossa abordagem para o futuro?
As pessoas da vila de Mocímboa da Praia ainda estão espalhadas por diversas áreas de Cabo Delgado, com comunidades significativas deslocadas nas vilas de Palma e Mueda e na cidade de Montepuez ou em outras aldeias do distrito, como Diaca ou Nanili. A estrada que liga Mocímboa da Praia ao norte, rumo a Palma, já está transitável, mas a estrada ao Sul, em direção a Macomia, ainda é insegura. Através do nosso trabalho sabemos que muitos deslocados de Mocímboa da Praia gostariam de voltar para casa, mas para eles é crucial que haja segurança e uma certa restauração da economia.
O nosso indicador para decidir qual o apoio médico que podemos providenciar serão as próprias pessoas e as suas necessidades. Já estamos a realizar atividades médicas regulares em algumas áreas do distrito de Mocímboa da Praia e adaptaremos as atividades na capital para o regresso das pessoas. A MSF terá como objetivo fornecer aos membros da comunidade cuidados de saúde através de clínicas móveis e outras atividades de assistência humanitária, conforme o que seja necessário. Temos desde já alguns kits médicos básicos organizados para serem usados e nossas equipas começarão a preparar-se para apoiar as necessidades médicas críticas das pessoas.
MSF está presente em Moçambique desde 1984. Em Cabo Delgado, as nossas equipas também gerem projetos estáveis em Mueda, Macomia e Palma.
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