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Cerca de 20 mil nigerianos cruzaram a fronteira para buscar segurança no Níger depois de fugir da violência nos estados de Sokoto e Zamfara
“Se você resistir, ou apenas falar, eles te matam”, descreve Chitou Abdou, um refugiado da Nigéria que está abrigado no Níger, sobre ataques perpetrados por homens armados em sua cidade natal. Abusos brutais, incluindo assassinatos, tortura, roubos e sequestros, aumentaram bruscamente nos estados de Sokoto e Zamfara, fazendo com que, em maio, cerca de 20 mil pessoas fugissem para a região de Maradi, no sul do Níger. Elas encontraram refúgio nas comunidades locais do Níger que, apesar de viverem em condições precárias, compartilham espaço e recursos com os recém-chegados.
Desde o ano passado, a situação de segurança nos estados de Zamfara e Sokoto na Nigéria continuou se deteriorando, provocando deslocamentos constantes da população para o país vizinho Níger. Ao contrário dos estados de Borno e Yobe, ainda mergulhados no conflito regional envolvendo diferentes grupos armados, a violência parece vir de atos de banditismo brutais. A insegurança atingiu um ponto crítico no mês passado, em particular no estado de Sokoto, forçando milhares de pessoas a fugir, incluindo 20 mil para o Níger, em Guidan-Roumdji, na região de Maradi. De acordo com a ONU, mais de 25 cidades em Sokoto estão agora completamente vazias por causa da fuga de seus habitantes.
Um refugiado de Guetce (Sokoto) que está atualmente no Níger nos contou sobre sua jornada: “Nós fugimos porque bandidos armados vêm aos vilarejos. Eles usam capuzes, roubam gado e pedem dinheiro a todos. Se você não tem nada, eles perguntam se você conhece alguém que tenha. Vilarejos próximos ao nosso foram atacados. Em Kassali, os agressores encontraram caçadores locais. Mas eles ainda mataram 14 aldeões e conseguiram levar alguns outros. Depois que eles partiram, na época da oração do Magreb, começamos a evacuar os feridos para Bourkoussama. Eles tinham ferimentos a bala. Um dos meus amigos veio me levar de moto para Garin Maza. Passamos a noite na mata, com os bois de um dos nossos pais. Nas sombras, podíamos ver os bandidos patrulhando a área.”
Relatos similares de homens armados que submetem populações locais a todo tipo de violência são compartilhados por muitos dos refugiados que agora estão em Guidan-Roumdji, no Níger. Eles contam que grupos de até 20 homens aparecem em vilarejos com rifles, intimidando aldeões e perguntando se possuem uma propriedade ou conhecem alguém que possua. Isso pode levar a roubos, sequestros por resgate, assassinatos, estupro ou tortura. O medo é generalizado, pois aqueles cujos vilarejos ainda não foram atacados temem que eles sejam os próximos.
No final de maio, equipes de MSF foram avaliar a situação em Guidan-Roumdji. Os refugiados ficam com famílias anfitriãs e em escolas ou prédios abandonados. “Enquanto alguns países ricos preferem afastar os refugiados e enviá-los de volta ao perigo, vemos aqui comunidades que já estão sob uma enorme tensão que acolheram, em algumas semanas, 20 mil pessoas que buscavam segurança. Mas as condições são muito precárias e o fluxo atual de refugiados está sobrecarregando os serviços e recursos locais,” diz Abdoul-Aziz O. Mohamed, coordenador-geral de MSF no Níger. Os refugiados recém-chegados até superam os números da população local em alguns locais. De acordo com as autoridades locais, cerca de 300 famílias estão hospedando mais de 450 famílias de refugiados na região de Tankama, e mais de 4.500 refugiados chegaram a Bassira, com menos de 3 mil habitantes.
“Além das várias visitas e reuniões, também oferecemos um apoio imediato às estruturas de saúde, pois algumas podem ficar rapidamente sobrecarregadas pelo número de pacientes que precisam de tratamento,” explica o dr. A.M. Abdoul-Rachid, que administrou a avaliação médica em Guidan-Roumdji. MSF doou medicamentos e equipamentos para pacientes contra as doenças mais comuns, como diarreia e malária.
O número de internações em centros de alimentação terapêutica é, no momento, estável, mas é provável que isso mude com o pico sazonal de desnutrição e de malária, que geralmente atinge a região de julho a outubro. Outro fator preocupante é que a grande maioria das crianças refugiadas supostamente nunca foi vacinada. “Em termos de saúde, a situação é frágil. Através do nosso programa pediátrico, em colaboração com o Ministério da Saúde em Maradi, na área de Madarounfa, continuaremos a acompanhar de perto a situação em Guidan-Roumdji, e estaremos prontos para intervir ainda mais”, indica o dr. AM Abdoul-Rachid. Como infraestruturas locais não são projetadas para prover uma população tão grande, são necessários, além de cuidados médicos, abrigos, saneamento adequado e acesso ampliado a comida e água potável, entre outros serviços essenciais.
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