A Médicos Sem Fronteiras (MSF) é uma organização humanitária internacional que leva cuidados de saúde a pessoas afetadas por graves crises humanitárias. Também é missão da MSF chamar a atenção para as dificuldades enfrentadas pelos pacientes atendidos em seus projetos.
Como organização médica, buscamos sempre oferecer o melhor tratamento disponível aos nossos pacientes. O trabalho de MSF envolve uma grande variedade de atividades, desde a organização de campanhas…
Veja as principais atualidades sobre as atividades da Médicos Sem Fronteiras.
Saiba mais sobre os nossos projetos no terreno e as nossas atividades em todo o mundo.
Assista aos vídeos sobre o trabalho da Médicos Sem Fronteiras em diversos projetos pelo mundo.
Ouça as histórias e as experiências vividas por quem está nas linhas da frente das emergências humanitárias.
O que vemos e registamos sobre o trabalho das nossas equipas e as populações que apoiamos.
Participe nos nossos eventos, online ou presenciais, para apoiar e saber mais sobre o nosso trabalho.
Profissionais portugueses contam as experiências nos diversos projetos da MSF.
Pode ajudar a MSF de várias formas, fazendo donativos, divulgando o trabalho e angariando fundos para a concretização dos projetos.
O seu donativo faz a diferença, ajuda-nos a levar cuidados médicos a quem mais precisa.
Faça a consignação do seu IRS à Médicos Sem Fronteiras e ajude-nos a salvar vidas!
A MSF depende inteiramente de donativos privados para fazer chegar assistência médica-humanitária a quem mais precisa.
Procuramos novas formas de chegar a cada vez mais pessoas, com o objetivo de envolvê-las com a nossa missão.
Faça do seu testamento, um testamento solidário incluindo a Médicos Sem Fronteiras.
A sua empresa pode fazer a diferença. Juntos podemos fazer ainda mais.
Se tem uma multa ou uma contra-ordenação, saiba que pode fazer o pagamento à Médicos Sem Fronteiras Portugal.
A mudança climática que deriva das atividades humanas desempenha um papel importante no agravamento de vulnerabilidades e crises já existentes
A consultora de assuntos humanitários da Médicos Sem Fronteiras (MSF) Carol Devine explica nestas Perguntas&Respostas como a organização humanitária vê este problema crescente. A perita descreve o impacto do aquecimento global na saúde das pessoas e como o fenómeno afeta os serviços de saúde que se encontram já em sobrecarga.
Como é que as alterações climáticas se relacionam com as crises humanitárias?
Os riscos do aquecimento global incluem o aumento da frequência e da intensidade de eventos climáticos extremos, assim como das temperaturas, da poluição do ar, de padrões alterados de doenças infecciosas, além da insegurança alimentar e de acesso à água, entre outras questões. Os impactos indiretos incluem instabilidade econémica, política e social. A migração pode ser vista como uma resposta adaptativa à mudança climática. As pessoas mais afetadas são, em geral, pessoas com baixo nível socioeconómico e as que vivem em países em desenvolvimento, onde os serviços e a infraestrutura para resistir aos impactos do clima são mais frágeis. Crianças, mulheres grávidas, idosos e pessoas que já têm algum tipo de doença estão particularmente vulneráveis, por exemplo, a doenças respiratórias e relacionadas com o calor, que são agravadas pelas alterações climáticas.
MSF vê impactos nos seus projetos?
As nossas equipas nos projetos já estão hoje em dia a trabalhar em áreas fortemente atingidas pelas alterações climáticas e pela degradação ambiental. Muitos dos projetos da MSF estão localizados em regiões altamente vulneráveis às mudanças climáticas, como o Sul da Ásia e o Pacífico, regiões da África e do Médio Oriente, assim como áreas da Ásia Central, da América Central e das Caraíbas. A MSF realiza grandes programas de nutrição, por exemplo, na região do Sahel (zona de transição entre o deserto do Sara e a savana), que está a passar por secas severas. No Bangladesh e na Nigéria, o acesso das pessoas deslocadas internamente a suficiente água potável é uma preocupação para nossas equipas.
Existem doenças específicas tratadas pela MSF que possam estar ligadas às alterações climáticas?
As alterações climáticas têm sido associadas ao aumento do alcance e à multiplicação de vetores de doenças infecciosas, como mosquitos e carrapatos. Em 2012, 2014 e 2015, as equipas MSF observaram picos significativos nos casos de malária em vários países da África subsariana. Embora as razões para os aumentos sejam complexas, entendemos que as mudanças relacionadas com o clima sejam um fator contributivo. Temperaturas mais elevadas também mostraram aumentar a incidência de doenças transmitidas pela água e por alimentos, como a hepatite, a gastroenterite viral e a cólera.
O que pode ser feito numa perspectiva humanitária e quais são os próximos passos da MSF?
Assim como as convenções de Genebra limitam os impactos da guerra para os civis, o Acordo de Paris sobre as alterações climáticas visa atenuar o sofrimento humano, limitando a atividade humana que é prejudicial. O tratado tem de ser posto em prática. Como humanitária, estou preocupada, mas também vejo aqui a oportunidade de uma mudança positiva. Em relação ao trabalho da MSF, as nossas equipas no Sudeste Asiático estão a criar uma aplicação que reúne informações para ajudar numa resposta mais rápida em situações de emergência. As alterações climáticas provavelmente amplificarão os tufões, que já são fortes, e as inundações graves. Para reduzir a nossa própria pegada ecológica, temos projetos de energia solar, por exemplo, em Shamwana, na República Democrática do Congo. Em Moissala, no Chade, temos um projeto de energia inovador e estamos a fazer mudanças para tornar a nossa cadeia de abastecimentos cada vez mais eficiente. Mas ainda precisamos fazer mais. Queremos também fazer mais investigação operacional, mais partilha de dados, mais intensa colaboração e planeamento interdisciplinar, ou seja, pensar em soluções que envolvam diferentes áreas de conhecimento. O problema e as soluções são responsabilidade de toda a sociedade.
Como a maioria dos websites, o nosso website coloca cookies – um pequeno ficheiro de texto – no browser do seu computador. Os cookies ajudam-nos a fazer o website funcionar como esperado, a recolher informações sobre a forma como utiliza o nosso website e a analisar o tráfego do site. Para mais informações, consulte a nossa Política de Cookies.