A Médicos Sem Fronteiras (MSF) é uma organização humanitária internacional que leva cuidados de saúde a pessoas afetadas por graves crises humanitárias. Também é missão da MSF chamar a atenção para as dificuldades enfrentadas pelos pacientes atendidos em seus projetos.
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Renata Bernis fala da importância do apoio psicossocial
A paulista Renata Bernis é uma das três psicólogas brasileiras de Médicos Sem Fronteiras (MSF) enviadas ao Equador depois do terremoto do dia 16 de abril, que deixou 654 mortos e mais 29 mil desabrigados. Além dela, a goiana Ionara Rabelo e a paulistana Letícia Nolasco fazem parte das quatro equipes de MSF que estão atuando nas províncias litorâneas de Esmeraldas e Manabí, no noroeste do país, as mais atingidas pelo tremor.
“Nossa base de trabalho fica em Manta, em Manabí. O hospital geral da cidade foi parcialmente destruído. Os profissionais de saúde do hospital estavam trabalhando no dia do terremoto, e seguem trabalhando até o momento. Eles nos relataram que ficaram emocionalmente abalados, porque, além de tratar os pacientes que sofreram perdas, também perderam suas casas e entes queridos”, contou Renata, que trabalha em projetos de MSF desde 2012 e esteve no Nepal depois do terremoto de 2015.
Nas situações de emergência em que atua, Médicos Sem Fronteiras procura identificar lacunas no socorro às populações e oferecer apoio às instituições locais. No caso do Equador, uma das principais atividades das equipes de MSF tem sido a assistência psicossocial às vítimas do terremoto. MSF também distribuiu itens como tendas para os desabrigados e água – muitas famílias que tiveram a casa destruída ou abalada improvisaram acampamentos em parques e praças, e parte da região ficou sem água potável por causa da ruptura das canalizações.
Renata explicou como são prestados os primeiros auxílios psicológicos depois de catástrofes como a ocorrida no Equador: “Trata-se de uma escuta ativa, empática e humanizada, sem julgamentos, onde abrimos um espaço para que a pessoa se sinta confortável para falar, com o objetivo de amenizar os efeitos psicológicos do desastre. A manifestação de reações emocionais, físicas, cognitivas e até comportamentais é considerada normal até três meses depois de um acontecimento anormal como esse. Por meio da escuta e de estratégicas psicoeducativas, oferecemos ferramentas para que as pessoas resgatem sua autonomia”.
A escuta pode ser feita em grupo ou individualmente. Nos primeiros dez dias no Equador, as equipes de MSF conduziram sessões de aconselhamento individuais ou familiares para 70 pessoas, 17 sessões de aconselhamento em grupo com 137 participantes, 81 atividades de psicoeducação com 914 pessoas e 108 consultas médicas.
As atividades de que Renata participou incluíram a capacitação dos líderes de abrigos provisórios para manejar conflitos e fortalecer os vínculos coletivos, a fim de amenizar o sentimento de impotência entre os desabrigados. Por meio de acordos com instituições locais, as psicólogas de MSF também capacitaram profissionais equatorianos de saúde, educação e serviço social para oferecer os primeiros auxílios psicológicos aos afetados pelo terremoto.
Renata Bernis relatou que, diferentemente do que aconteceu em outras situações de emergência em que já trabalhou, o Equador mobilizou uma grande quantidade de profissionais especializados – incluindo funcionários do governo, professores universitários e voluntários – para o atendimento às vítimas do tremor. Muitos deles, entretanto, não estavam familiarizados com as técnicas de apoio psicólogo em situações como essa.
“Direcionamos a capacitação para os profissionais que vão permanecer, em especial os da própria província, para que em médio e longo prazo eles possam continuar prestando cuidados à população”, disse a psicóloga. “Essa é uma grande diferença que eu vejo em relação aos projetos de MSF em que estive antes. Tanto o número de profissionais equatorianos quanto a formação deles nos permite pensar a médio prazo. A equipe de MSF está sendo bem recebida pelos profissionais locais e pela população. Eles se mostram abertos e participativos para a reconstrução e para as técnicas de cuidados que oferecemos. Sempre nos ligam para marcar encontros, reuniões, a fim de compartilhar o que estão fazendo.”
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