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Em entrevista, médico diz que as condições de vida dos mais de 50 mil refugiados continuam precárias em Yida, mas os esforços da organização têm tido impactos positivos
O trabalho de Médicos Sem Fronteiras (MSF) no campo de refugiados de Yida, no Sudão do Sul, provou-se efetivo. O coordenador geral de MSF no país, André Heller, explica, nesta entrevista, como a organização conseguiu reduzir a taxa de mortalidade no campo que abriga famílias em busca de refúgio dos conflitos e insegurança no Sudão. Mas as condições de vida, diz ele, continuam preocupantes, assim como a alta prevalência de doenças no acampamento. As principais causas da mortalidade não mudaram desde o início de julho, quando a situação alcançou patamares críticos. Os esforços, portanto, devem continuar. As condições em Yida estão tão ruins quanto no início de julho, quando as taxas de mortalidade estavam bastante altas?Não. Nós conseguimos progresso significativo. Entre meados de junho e meados de julho, as taxas de mortalidade equivaliam a duas vezes o patamar de emergência internacional. Um mês depois, a taxa de mortalidade no hospital havia baixado de 25% para 2%. A maioria das vítimas, no entanto, continua sendo crianças com menos de cinco anos. Elas são os alvos mais vulneráveis. De forma geral, o trabalho de MSF tem impactado as condições de saúde dos refugiados. Fizemos com que a taxa de mortalidade baixasse. Hoje atendemos muito mais crianças do que há um mês. Cuidamos de aproximadamente 3 mil pacientes por semana, internados ou tratados em ambulatório. Ampliamos nossa área de consulta para que crianças pudessem ser atendidas com mais agilidade, antes que ficassem seriamente doentes. Para as crianças desnutridas, distribuímos alimento terapêutico.
Podemos dizer que a situação em Yida está sob controle?Não completamente. Primeiro, porque quase metade das crianças diagnosticadas com desnutrição precisam ser hospitalizadas. Somente na semana de 27 de agosto, tivemos de internar 81 crianças. Além do mais, as principais causas da mortalidade não mudaram. Se analisarmos os números de pacientes tratados por MSF, perceberemos que as principais causas continuam as mesmas, com exceção do número de casos de malária, que aumentou de forma acentuada. Estamos bem no meio da estação das chuvas, momento em que há picos de malária. Por isso, devemos continuar a batalha contra a doença, caso contrário, a diarreia, as infecções relacionadas à água e respiratórias permanecerão sendo as principais causas da mortalidade. Claro que estamos aumentando nossos esforços. Outros parceiros estão trabalhando para garantir acesso à água e a melhores condições de higiene. Há como melhorar ainda mais.
Como MSF expandiu a assistência aos refugiados em Yida?MSF aumentou os meios para providenciar assistência, principalmente com o crescimento na quantidade de leitos nos hospitais, de 40 para 100, e um número maior de funcionários. Quadriplicamos nossa equipe estrangeira: médicos, enfermeiros e especialistas em água e saneamento também, porque estamos atuando nas instalações de higiene e saneamento do acampamento. Concretamente, a equipe de MSF aumentou sua capacidade de bombeamento e armazenamento de água do poço e agora somos capazes de fornecer 80 mil litros de água limpa e clorada. Também distribuímos galões, uma vez que percebemos que os garrafões dos refugiados estavam sujos e contaminados, podendo transmitir infecções. Construímos latrinas públicas, já que não havia quantidade nem próxima de ser suficiente e a população do acampamento segue crescendo. As pessoas chegam diariamente, fugindo dos conflitos do Sudão e da insegurança alimentar. Cerca de mil pessoas chegam ao campo de Yida toda semana. Não temos números exatos, mas as estimativas são de que a população esteja entre 50 e 65 mil pessoas.
Que outras dificuldades vocês enfrentam?Desde que a estação das chuvas teve início em junho, tem sido muito complicado trazer equipamentos, medicamentos, alimentos e por aí vai. Os suprimentos têm de vir pelo ar. MSF tem um pequeno avião que suporta até 750 kg, mas temos de usar os helicópteros das Nações Unidas também, já que temos de trazer tudo para Yida.
As chuvas vão durar mais dois meses, o que significa que teremos de lidar com lama ainda por um bom período. Vamos precisar monitorar a saúde dos refugiados e seguir direcionando esforços para melhorar suas condições de vida. Nosso primeiro passo foi bem-sucedido: a taxa de mortalidade foi reduzida. Agora, temos de manter o ritmo pelos próximos meses porque a situação dos refugiados em Yida ainda é precária.
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