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Até agora, 2.283 casos e 42 mortes foram registrados
Desde o início de julho, Médicos Sem Fronteiras (MSF) tem respondido a um surto de cólera que continua a se espalhar na região de Maradi, no Níger. A escala do atual surto é grande para o país, onde casos esporádicos ou pequenos surtos são registrados regularmente. Até agora foram registrados 2.283 casos e 42 mortes, segundo o Ministério da Saúde.
Em parceria com autoridades locais de saúde, as equipes de MSF mantêm centros de tratamento de cólera (CTC) em N’Yelwa, Dan Issa, Madarounfa, Tibiri, Tchidafaoua, Maraka, Guidan Basso e Sarkin Yamma, e uma unidade de tratamento de cólera (CTU) em Safo, onde casos graves são estabilizados e recebem hidratação intravenosa. Mais CTCs podem ser abertos nas próximas semanas para responder às crescentes necessidades da região. Até agora, os centros apoiados por MSF receberam 1.663 casos da doença. Mais de 300 pacientes com sintomas leves foram tratados em pontos de reidratação oral, diretamente nas comunidades afetadas. Pessoas expostas à bactéria causadora da cólera receberam o antibiótico doxiciclina como medida preventiva. A cloração da água potável nos vilarejos, a desinfecção de casas e espaços públicos e as sensibilizações sobre higiene são partes integrantes da resposta, destinada a impedir a transmissão da doença.
Os três primeiros casos, registrados em 5 de julho no centro de saúde em N’Yelwa, vieram do país vizinho Nigéria. O sul do Níger e o norte da Nigéria compartilham o desafio do acesso limitado a água potável e latrinas adequadas. A alta mobilidade entre os vilarejos fronteiriços, as fortes chuvas e as inundações sazonais que toda a região enfrenta criam um ambiente propício para que essa doença, transmitida pela água, se espalhe. Diante do acesso muito limitado a cuidados de saúde, as pessoas continuam chegando ao Níger para receber tratamento: cerca de 30% dos pacientes recebidos até agora por MSF durante o surto atual vieram da Nigéria.
No Níger, o distrito fronteiriço de Madarounfa é o mais atingido. Espalhada inicialmente pelos vilarejos e cidades de Madarounfa, a epidemia já atingiu outras áreas da região – incluindo a capital, Maradi, que abriga mais de 300 mil pessoas. O surto na cidade tem sido bastante contido, com 158 casos e sete mortes registrados até 28 de agosto, mas o risco de contaminação rápida nessa área densamente povoada continua alto.
“Vacinas efetivas contra a cólera, bem toleradas e fáceis de administrar, estão disponíveis e são indicadas como parte da resposta ao surto. Nos últimos anos, vimos que a implementação de uma atividade de vacinação em uma emergência pode ser uma parte efetiva da resposta, ajudando a quebrar o ciclo de transmissão e a reduzir o número de mortes”, diz Anne-Marie Pegg, especialista em vacinação de MSF.
Na área de alto risco, onde a doença está presente, as campanhas de vacinação contra a cólera também podem ser realizadas em bases preventivas para proteger populações vulneráveis contra um possível surto. “Precisamos ampliar a capacidade de responder ao surto atual com resposta médica, fornecimento de água potável e latrinas e informando as comunidades sobre como evitar a doença. Uma campanha de vacinação contra a cólera poderia ajudar a proteger as pessoas nessa região, em particular no distrito de Madarounfa, que permanece propenso a surtos da doença”, explica o dr. Foura Sassou Madi, coordenador médico de MSF no Níger.
A cólera é uma doença altamente contagiosa espalhada pela ingestão de água e alimentos contaminados pelo contato com fezes ou vômito de uma pessoa infectada. Ela causa diarreia grave, vômitos e, sem cuidados médicos rápidos e adequados, pode levar a intensa desidratação e morte em questão de horas. Um paciente com cólera pode perder até 25 litros de líquido por dia.
Não há tratamento específico para a cólera: a equipe médica reidrata os pacientes até que a infecção desapareça. A maioria dos pacientes responde bem aos sais de reidratação oral. Apesar disso, estima-se que mais de 100 mil pessoas morram de cólera a cada ano. No Níger, o último grande surto ocorreu no outono de 2014 e continuou até 2015. Também se concentrou no sul do país e afetou mais de 2.600 pessoas. A equipe de resposta a emergências de MSF para o Sahel atendeu cerca de 1 mil pacientes.
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