Terramoto em Myanmar

Resposta de emergência MSF e crise humanitária

Em atualização

Na sexta-feira, 4 de abril, o número de vítimas mortais provocadas pelo sismo de magnitude 7.7 em Myanmar aumentou para 3.300.

Há ainda um registo de 4.800 feridos e mais de 200 pessoas que continuam desaparecidas, segundo a equipa de informação do Conselho de Administração do Estado (SAC).

As equipas da Médicos Sem Fronteiras (MSF) estão em Mandalay e Naypyidaw a avaliar as necessidades e a realizar ações urgentes. Foram instalados reservatórios de água, tubagens, bombas de pressão e distribuídos contentores para resíduos.

Entretanto, mantemos contacto regular com as partes interessadas a todos os níveis para estabelecer uma resposta mais alargada e alcançar as zonas afetadas de difícil acesso.

MAPA EPICENTRO TERRAMOTO MYANMAR

O que aconteceu em Myanmar depois do terramoto?

No dia 28 de março, um sismo de magnitude 7,7 atingiu as regiões de Mandalay, Naypyitaw, o estado de Shan e Myanmar, com epicentro na região de Sagaing. O sismo também afetou a Tailândia, Bangladesh, China e Laos, ao provocar danos graves em infraestruturas essenciais. Desde então, foram registadas mais de 70 réplicas – várias delas atingiram magnitudes elevadas.

O impacto devastador do sismo levou à morte de mais de mil pessoas em Mandalay e resultou em mais de 2.300 feridos. Em Sagaing e Naypyitaw, os números continuam a subir. Os danos nos hospitais, estradas e outros serviços essenciais estão a dificultar a chegada de ajuda humanitária.

Situação atual nas zonas afetadas pelo sismo em Myanmar

As zonas mais afetadas continuam a ser difíceis de acessar, devido ao colapso de várias estradas e pontes. Os cortes de eletricidade, internet e comunicações telefónicas dificultam as operações de resgate e a coordenação da assistência médica.

Muitos hospitais, escolas e casas ficaram destruídos e a ausência de refúgio e de acesso a água potável agrava o risco de surtos de doenças.

Destruição causada pelo terramoto em Mandalay, Myanmar. Destruição causada pelo terramoto em Mandalay, Myanmar. ©️ MSF

A presença da MSF em Myanmar antes do sismo

A MSF trabalha em Myanmar desde 1992 com projetos que incluem cuidados para pessoas com VIH e tuberculose, apoio a populações deslocadas e respostas as emergências. Em 2024, o agravamento do conflito e as restrições impostas pelas autoridades obrigaram ao encerramento de várias clínicas. A organização continua ativa nos estados de Kachin e Shan Norte, bem como em Yangón e Tanintharyi.

A resposta da MSF ao sismo em Myanmar

As equipas da MSF em Myanmar e na Tailândia estão em segurança e já iniciaram operações para prestar assistência médica urgente.

Estão a ser realizadas avaliações rápidas para garantir cuidados em traumatologia, apoiar hospitais danificados e prevenir surtos através de intervenções em água e saneamento.

A prioridade é salvar vidas: tratar ferimentos graves, lesões por esmagamento e assegurar serviços médicos essenciais.

Equipas da MSF instalam e reparam um tanque de água no Hospital Geral de Mandalay, Myanmar. Equipas da MSF instalam e reparam um tanque de água no Hospital Geral de Mandalay. ©️ MSF

Principais necessidades após o sismo em Myanmar

  • Cuidados médicos urgentes para pessoas feridas
  • Abrigo para quem perdeu a casa
  • Acesso a água potável e saneamento
  • Apoio a pessoas com doenças crónicas
  • Cuidados maternos e neonatais
  • Saúde mental e apoio psicossocial

Desafios na resposta humanitária

A resposta humanitária enfrenta obstáculos significativos:

  • Infraestruturas destruídas
  • Interrupções nas comunicações
  • Restrições a organizações humanitárias
  • Insegurança devido ao conflito armado

Como pode ajudar?

O seu contributo é muito importante. As doações permitem-nos responder rapidamente a situações como o sismo em Myanmar e ajudar as pessoas que mais precisam.

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