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Organização pede que governos mudem o atual sistema de Pesquisa e Desenvolvimento de medicamentos e dá início às pesquisas do SAMBA, um novo teste de carga viral do HIV, que pode ser usado em larga escala pelos países em desenvolvimento
Enquanto ministros da Saúde de vários países se encontram na Assembléia Mundial de Saúde (WHA, na sigla em inglês), entre os próximos dia 22 e 27 de maio, a organização humanitária Médicos Sem Fronteiras (MSF) pede que os governos mudem completamente a forma como a Pesquisa e o Desenvolvimento médico (P&D) é priorizada e financiada. Durante o evento, MSF vai apoiar uma proposta de resolução apresentada pelo Brasil e pelo Quênia para estabelecer um Sistema Global de Pesquisa e Desenvolvimento para a Saúde Essencial". Apesar de estar recebendo o apoio de um número crescente de governos, esta proposta tem encontrado bastante resistência por parte do secretariado geral da Organização Mundial da Saúde (OMS).
A proposta brasileira e queniana foi incrementada pela análise e pelas recomendações de um recente relatório elaborado pela Comissão de Propriedade Intelectual, Inovação e Saúde Pública (CIPH, em inglês), uma comissão independente estabelecida pela OMS em 2003. O documento confirma que o atual sistema, que se apóia nas patentes para estimular a inovação tecnológica, não beneficia formas de pesquisas capazes de atender as bilhões de pessoas que precisam delas nos países em desenvolvimento.
A tuberculose é um exemplo perfeito da falência do atual sistema. "Apesar da extrema necessidade e das quase duas milhões de mortes por ano, ainda somos forçados a usar um teste que só detecta metade dos casos de tuberculose e a implantar tratamentos longos, incomodativos e cada vez mais ineficazes", afirma Tido von Schoen-Angerer, diretor de Pesquisa e Desenvolvimento da Campanha de Acesso a Medicamentos Essenciais de Médicos Sem Fronteiras (CAME).
Isso ocorre porque os sistemas de P&D se focam mais em medicamentos que vendem bem, dão lucro. Muito mais do que os que atendem aos mais pobres. Uma nova análise de MSF mostra que apenas 1% dos medicamentos que chegaram ao mercado entre 1974 e 2004 são para tratar doenças negligenciadas como leishmaniose, doença do sono ou tuberculose.
"O relatório do CPIH é um forte apelo para que governos e a OMS ajam", afirma Ellen t ´Hoen, diretora de Políticas e Advocacia da CAME. "Tem sido uma luta difícil fazer a OMS aceitar isso. Olhando a enorme necessidade que existe, você para e pensa: por quê?".
"Os governos precisam se comprometer para mudar as regras do jogo. Caso contrário, pessoas vão continuar morrendo por conta de doenças que não produzem lucro", afirma Rowan Gillies, presidente internacional de MSF.
SAMBA – UM TESTE QUE PODE, NO FUTURO, BENEFICIAR TAMBÉM O BRASIL
Apesar de o desenvolvimento de produtos não ser uma atividade tradicional de uma organização humanitária, MSF se vê cada vez mais sem escolha se não atuar neste campo. Depois de ter co-fundado e financiar a Iniciativa de Medicamentos para Doenças Negligenciadas (DNDi, sigla em inglês), há três anos, a organização agora está colaborando com a Unidade de Desenvolvimento de Diagnóstico da Universidade de Cambridge (Grã-Bretanha), que está desenvolvendo um teste de carga viral do HIV extremamente necessário, simples e rápido para ser usado em locais com poucos recursos. O nome do teste é SAMBA (abreviação para Simple Amplification Based nucleid acid test), um teste de acido nucléico. O teste tem como objetivo inicial ser usado em crianças até 18 meses, mas também poderá ajudar o monitoramento do HIV/Aids na população geral. Inclusive para testar resistência a medicamentos anti-retrovirais.
O enfoque nas crianças com menos de 18 meses é que elas costumam carregar anti-corpos da mãe, o que torna os diagnósticos existentes imprecisos. Isso é um obstáculo para tratá-las. Então um teste simples e de preço acessível, que não analisa anti-corpos mas sim a carga viral, é uma prioridade urgente.
Michel Lotrowska, da campanha de Médicos Sem Fronteiras no Brasil, afirma que testes como o SAMBA auxiliarão muito o combate à Aids na África, e podem beneficiar também o Brasil. "Com a interiorização da Aids, locais remotos muitas vezes não dispõem de ferramentais laboratoriais adaptadas. Na maioria das vezes, esses testes tem que ser realizados nas grandes cidades", afirma.
"O que nós estamos procurando é simplificar as tecnologias atuais para que os bebês com HIV/ Aids possam ser diagnosticados e sua carga viral seja detectada imediatamente após o exame, sem a necessidade de aparelhagem especializada, refrigeração e profissionais altamente treinados nem equipamentos caros", explica a médica Helen Lee, que lidera o projeto na Universidade de Cambridge.
"O que estamos fazendo com SAMBA é preencher um espaço vazio. Este tipo de Pesquisa e Desenvolvimento precisa ocorrer em uma escala muito maior, apoiada por um sistema global. Nós sentimos necessidade de colaborar com o desenvolvimento de ferramentas vitais para a saúde porque a indústria não está atendo às necessidades dos mais vulneráveis e tampouco os governos e a OMS estão se responsabilizando", completa Tido von Schoen-Angere.
Além de financiar, juntamente com o Wellcome Trust britânico, a pesquisa em si da tecnologia do SAMBA, MSF realizará testes do novo mecanismo em campo, nas missões nas quais atua. MSF fornece tratamento de Aids para cerca de 60 mil pessoas no mundo em 30 países.
Informações:Mariana Timóteo da CostaAssessora de Imprensa de MSF BrasilTelefone: 21 2215 8688
Sheila ShettleMSF em Genebra41 79 293 027041 22 849 8403
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