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Entre o fim de 2019 e o início de 2020, houve ao menos sete deslocamentos em municípios do Pacífico Nariñense
A região de Pacífico Nariñense é atualmente um dos cenários do ressurgimento da guerra na Colômbia. Vários dos municípios que compõem esta região tornaram-se o teatro de operações de múltiplos grupos armados cujas ações têm uma consequência comum: afetam principalmente a população civil.
Desde o fim de 2019 e o início de 2020, Médicos Sem Fronteiras (MSF) presenciou pelo menos sete deslocamentos em massa e quatro confinamentos populacionais que afetaram mais de 14 mil pessoas. Durante suas ações para ajudar as populações afetadas pela violência, MSF conseguiu ver em primeira mão a falta de resposta institucional adequada e oportuna.
Na maioria dos casos, essa ausência é explicada pelas entidades responsáveis principalmente por uma questão de procedimentos administrativos. Para prestar assistência a essas pessoas, é necessário fazer um censo, mas nenhum funcionário oficial entra nas zonas de conflito porque não há autorização das forças militares para isso.
Em Olaya Herrera, por exemplo, mais de 689 famílias tiveram que “celebrar” o Natal em campos improvisados depois de fugirem de suas casas por causa de confrontos entre grupos armados. Quase metade dessa população chegou ao centro da cidade, onde recebeu atenção de instituições governamentais em 7 de janeiro, quase duas semanas após o deslocamento. As outras famílias, que estavam na área rural de Bocas de Víbora e Nueva Balsa, só receberam atenção quando as equipes de MSF e Mappa Consortium chegaram ao local.
Algo semelhante aconteceu no município de Roberto Payán, onde confrontos armados contínuos causaram o deslocamento de 3.500 pessoas. Um primeiro grupo recebeu ajuda alimentar da Unidade de Vítimas, mas um segundo grupo que chegou mais tarde ao local não recebeu nenhuma atenção institucional.
No meio desse complexo panorama, destaca-se a situação de Magüí Payán, talvez o município mais esquecido de toda a região. Em 10 de fevereiro de 2020, cerca de 320 pessoas foram deslocadas, somando-se as mais de 600 desde o ano passado.
Essas pessoas passaram três dias esperando a atenção das autoridades e voltaram para suas casas sem receber qualquer assistência. Algumas permanecem na sede municipal e outras optaram por tentar ir para Tumaco. Da mesma forma, um total de 4 mil pessoas estão em situação de confinamento no rio Telembí, onde a resposta institucional foi enviar comida que ninguém ousa transportar por medo de represálias por parte dos grupos armados.
Em todas as suas ações, MSF observou que os principais efeitos na saúde física de populações deslocadas e confinadas estão relacionados às condições ambientais, principalmente devido a falhas no fornecimento de água e saneamento, o que geralmente leva a problemas gastrointestinais e da pele. Na maioria dos casos, os pacientes atendidos relataram não ter tido acesso a serviços médicos por longos períodos.
Em relação à saúde mental, o impacto dos confrontos, assim como sua repetição e a ausência de condições de segurança, faz com que as pessoas não se sintam seguras. Essa situação gera um alto nível de estresse, preocupação e medo nas pessoas, o que resulta em diagnósticos de ansiedade e depressão. A permanência do conflito impede a retomada de projetos de vida, uma vez que o cenário de segurança em seus locais de origem permanece incerto. A situação de instabilidade expõe a população a um sofrimento emocional constante.
Por esse motivo, MSF pede ao Estado colombiano que fortaleça sua presença institucional nas áreas rurais e urbanas do departamento de Nariño e, dessa forma, a população deslocada e confinada receba atenção oportuna das entidades responsáveis. A população atendida por MSF nas últimas semanas não recebeu resposta a tempo. Em alguns casos, a ajuda vem com semanas de atraso e, em outras ocasiões, os mecanismos de resposta sequer são ativados.
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