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Projeto em Moçambique adotou uma abordagem de preparação da equipa e organizações locais antecipadamente à época das chuvas.
Moçambique está entre os países do mundo mais propensos à ocorrência de desastres. Os desastres naturais, como cheias, ciclones, secas e terramotos, têm tido um impacto significativo na população de Moçambique. O ciclone Idai atingiu a cidade da Beira, capital da província de Sofala, na região oriental do país, a 14 de março de 2019. Em poucos dias reduziu 80 por cento da cidade a ruínas e causou a morte a mais de 600 pessoas e mais de 1 600 feridos. Pouco mais de um ano depois, a Beira foi de novo assolada por duas fortes tempestades tropicais, Chalane e Eloise.
O enfoque principal da Médicos Sem Fronteitas (MSF) na Beira continua a ser o trabalho desenvolvido com comunidades-chave e a prestação de tratamento a pacientes com VIH (vírus da imunodeficiência humana) avançado. Porém, reconhecendo a necessidade de melhores planos de resposta a desastres, o projeto adotou uma abordagem pró-ativa com a preparação da sua equipa e organizações locais antecipadamente à época das chuvas.
“É bastante claro que a Beira é um local onde ocorrem emergências”, frisa o gestor de logística da MSF na Beira, Sacha Mendozza, que liderou a ideia de realizar treinos de preparação em emergências para a equipa ali localizada. “Percebi que havia necessidade de construção de capacidades porque estamos constantemente a enfrentar ou a reagir a grandes emergências. Queremos que a equipa se sinta preparada quando tiver de dar resposta a emergências. A ideia é gerar um pequeno grupo de emergência dentro do nosso projeto que seja capaz de reagir nas primeiras 48h a 72h de uma emergência, sendo esse o período mais crítico para salvar vidas, e de seguida criar as infraestruturas para receber apoio adicional”, explica.
Sacha Mendozza avança que “responder a uma emergência envolve todo o projeto, não apenas as equipas de água e saneamento, de logística e médicas, mas também os departamentos financeiro e de abastecimentos”. “Começámos com a teoria: porquê, quem, como e quando – definindo cenários, sistemas de alerta e processos de preparação e resposta. Daí prosseguimos para cenários práticos”, descreve ainda o gestor de logística da MSF na Beira.
Em apenas uma semana, o escritório da MSF na Beira foi transformado num simulacro de centro de tratamento de cólera e foram instalados furos de jactos de água e uma unidade de tratamento de água nos jardins.
Metu Nyamadzawo trabalha como supervisor das atividades técnicas de saúde ambiental no Projeto Regional de Ambiente e Saúde no Zimbabwe. Este perito viajou até à Beira para fazer os treinos da equipa. E explica por que razão aprender as técnicas de jactos de água (que consistem em procurar água através da criação de furos profundos com jactos de água de alta pressão) é essencial numa emergência: “Isto é muito importante porque, imediatamente após um desastre, estamos numa situação precária, sem acesso a fontes disponíveis de água. Por isso, antes de a resposta principal se iniciar, podemos acorrer à área de emergência com este equipamento, que é de baixo custo e só precisa de mão de obra humana, e rapidamente extrair água para as pessoas usarem nas fases iniciais da situação de emergência, sem necessidade de muitos recursos importados e de equipamentos técnicos. Podemos simplesmente extrair água dos aquíferos subterrâneos.”
Com a continuação das alterações climáticas e o aumento em todo o mundo dos desastres naturais, tanto na frequência como na intensidade, Moçambique, e a província de Sofala em particular, está especialmente em risco devido aos ciclones e tempestades tropicais que periodicamente afetam a região.
“Há muitas organizações e entidades humanitárias e de resposta a emergências na Beira, é uma espécie de legado do Idai, e convidámos todas a participarem nos treinos. Visamos reforçar a ligação com elas de forma a estabelecermos juntos um ‘pré-acordo’ para que sejamos mais rápidos na resposta. Por exemplo, se há uma organização parceira que é forte em termos de água, saneamento e higiene, e sabendo que a MSF é forte em apoio médico, caso surja uma emergência já teremos planos acordados entre nós e podemos juntos ser mais eficientes na nossa resposta. Embora não possamos prever quando vai acontecer o próximo desastre, podemos garantir que estamos preparados para ele”, afirma Sacha Mendozza.
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