Declaração de MSF sobre acidentes graves nos trilhos de trem causados pela perseguição e criminalização de migrantes e requerentes de asilo na fronteira sul do México

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“Após uma operação anti-imigração das autoridades mexicanas em Coatzacoalcos, uma hondurenha de 45 anos de idade caiu do trem e sofreu amputação de ambas as pernas. Nossas equipes atenderam seus companheiros no fim de semana de 6 de dezembro, terrivelmente traumatizados por testemunhar esse acidente. Nossos profissionais descobriram que outro migrante havia morrido em circunstâncias semelhantes, também na estrada de ferro, alguns dias antes”, explica Sergio Martín, coordenador geral de MSF no México. “Vamos repetir isso até que não seja mais necessário: políticas de criminalização repressiva contra os migrantes ameaçam a vida humana e, como vimos, matam ”.

MSF está oferecendo atendimento psicológico à mulher hospitalizada e a seus familiares, que em um primeiro momento receberam ajuda de seus próprios parceiros e da população local, uma vez que, como as testemunhas explicaram às equipes de MSF, as autoridades se recusaram a oferecer assistência

A organização médica Médicos Sem Fronteiras reitera sua denúncia de que as operações realizadas pelas forças de segurança pública e pelo Instituto Nacional de Migração (INM) do México nos trilhos de trem em Coatzacoalcos, Veracruz, aumentam os riscos aos quais os migrantes que usam esse meio como a única alternativa para continuar sua fuga para os Estados Unidos enfrentam.

A presença de forças de segurança em áreas onde MSF oferece atendimento médico e psicológico aos migrantes em Coatzacoalcos aumentou nos últimos seis meses, segundo as equipes.
 
MSF atende desde 2012 a população migrante que viaja pelo território mexicano em diferentes partes do país.

 

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