República Centro-Africana

Doença do sono: neglicenciada e fatal

Fotos24 Agosto, 2012Tempo de leitura: 1 minutos

Reconhecida pela Organização Mundial da Saúde como uma das 17 doenças negligenciadas que afetam populações pobres e marginalizadas, a doença do sono faz, anualmente, 48 mil vítimas, entre crianças e adultos. Sem rápidos diagnóstico e tratamento, é fatal. No início, as pessoas infectadas sentem dores de cabeça, febre e dores nas articulações. À medida que a doença evolui, o parasita invade o sistema nervoso e causa distúrbios no sono, alterações de humor e letargia. Veja algumas fotos da atuação de MSF na República Centro-Africana. Fotos: Sebastian Bolesch

Pessoas a caminho da unidade de testes de MSF para doença do sono, na República Centro-Africana. A doença do sono, ou tripanossomíase humana Africana, é uma doença negligenciada fatal que acomete regiões da África. A doença é transmitida pela mosca tsé tsé, comum em áreas quentes e úmidas. Por 13 dias, uma equipe móvel de MSF especializada na doença examinou 4.548 pessoas e quatro receberam tratamento.

Um profissional de MSF e um agente comunitário alertam a população e convidam a participar da campanha de testes para doença do sono em Mboki.

No primeiro dia da campanha, que durou 13 dias, moradores da comunidade de Mboki fizeram fila para se inscrever para o teste. Desde 2006, o monitoramento da doença do sono na região foi dificultado pela instabilidade causada pelo Lord´s Resistance Army (LRA).

Crianças estudam o folheto informativo sobre a doença do sono na vila de Mboki, na República Centro-Africana. Elas estão se preparando para os testes que serão conduzidos pela equipe móvel de MSF.

Moradores esperam para fazer o teste da doença do sono no vilarejo de Mboki, no sudeste da República Centro-Africana.

Moradores são testados para doença do sono no vilarejo de Mboki.

Um agente de saúde local examina um garoto para identificar sintomas da doença do sono, que têm início com febre persistente, dores de cabeça e dores na articulações. No segundo estágio, o sistema nervoso é afetado, causando distúrbios de sono e alterações repentinas de humor.

Uma amostra de sangue do garoto é coletada, como parte da campanha de exames para doença do sono .

Um agente de saúde local colhe amostra de sangue de uma menina.

A técnica de laboratório de MSF, Barrie Rooney, confere as amostras de sangue coletadas como parte da campanha de testes para doença do sono. Ela mistura o sangue coletado a uma solução que determinará o resultado do exame para doença do sono.

"Fui refugiado na Etiópia, isso já faz muitos anos. Vivemos cerca de 20 anos como refugiados. Finalmente pudemos voltar para nossas casas no Nilo Azul. Agora, os novos conflitos nos obrigaram a vir para o Sudão do Sul", diz Younassa.

Um agente comunitário de saúde chama os nomes daqueles que fizeram os testes para a doença do sono para informá-los do resultado.

Katrin Jullien, coordenadora de projeto de MSF, e um agente de saúde local informam ao homem que testou positivo para a doença do sono sobre a necessidade de ir ao hospital realizar um segundo teste.

As pessoas que testaram positivo para a doença do sono são transportadas para o hospital para fazerem outro teste.

Um agente de saúde local examina os gânglios linfáticos de uma pessoa com suspeita de doença do sono.

O médico de MSF Brian D´Cruz e a enfermeira local Ursula Dagnan dão início ao tratamento de uma menina que está com a doença do sono. Infelizmente, devido à insegurança na região causada pelo LRA, a família teve receio de viajar e ela chegou ao hospital tarde demais para que o tratamento fosse bem-sucedido. Tragicamente, ela morreu, apesar do tratamento recebido.