Ebola: MSF inaugura Centro de Tratamento em Kissy, Serra Leoa

Novo centro vai oferecer cuidados de qualidade a pacientes com Ebola, incluindo gestantes infectadas pelo vírus

serra_leoa-msf-msb16251-ebola-pablo_krause

A organização humanitária internacional Médicos Sem Fronteiras (MSF) admitiu seu primeiro paciente em um novo centro de tratamento de Ebola (CTE) em Kissy, um local com alta incidência da doença, nos arredores de Freetown, em Serra Leoa. Com a maior taxa global de casos de Ebola, Serra Leoa continua sem leitos suficientes para suprir as necessidades dos pacientes, especificamente nos locais com alta incidência da doença. Ao longo das últimas semanas, a incidência de Ebola em Kissy disparou, atingindo uma das taxas mais altas na região da capital.

 “Nós queríamos nos aproximar das comunidades e dos pacientes para melhorar o acesso a cuidados de Ebola de qualidade. O segundo componente deste centro tem como objetivo casos maternos, mulheres grávidas que ficam muito vulneráveis quando são infectadas por Ebola. Este é um serviço que nitidamente é necessário na capital. Queremos alcançar as mulheres grávidas com suspeita do vírus para oferecer cuidados de qualidade contra o Ebola e também obstétricos de qualidade no centro”, diz Marcus Bachmann, coordenador-geral de MSF em Serra Leoa.

Localizado nas dependências da Escola Metodista de Ensino Médio para Meninos, o CTE de Kissy será inaugurado por fases, começando com 20 leitos para pacientes de Ebola, seguido de uma expansão na capacidade de leitos e abertura de um centro de referência para mulheres grávidas positivas para o vírus até o fim de janeiro. Finalmente, o CTE irá abrir uma triagem para mulheres grávidas, onde os casos suspeitos poderão ser avaliados e admitidos no centro. A capacidade total do CTE e maternidade de Kissy será de 80 leitos.

“Inaugurar este centro será um fator decisivo nesta comunidade altamente afetada. Agora, os pacientes terão acesso a cuidados de qualidade contra o Ebola em seu próprio bairro,” diz Luis Encinas, coordenador do projeto.
 

Partilhar