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Médicos Sem Fronteiras pede que OMS incentive o desenvolvimento de novos medicamentos e técnicas de diagnóstico da doença
Usar o tratamento padrão para a tuberculose desenvolvido pela Organização Mundial de Saúde (OMS) para combater a tuberculose multirresistente (XDR TB) será fatal, alertou nesta segunda-feira a organização médica humanitária Médicos Sem Fronteiras (MSF).
Para responder ao crescente número de casos de XDR-TB, a OMS vai ter de conseguir novos medicamentos para pacientes o mais rápido possível, através do incentivo a um desenvolvimento mais rápido de medicamentos que já estão em fase de testes clínicos.
Os medicamentos já existentes para o tratamento de tuberculose e o método de diagnóstico não são adequados para combater a doença. Um novo estudo, divulgado por MSF na 37º Conferência Mundial de Saúde dos Pulmões, realizada essa semana em Paris, mostra que nenhum dos remédios para tuberculose que estão sendo desenvolvidos agora, apesar de promissores, serão capazes de aprimorar significantemente o tratamento da doença em um futuro próximo. A OMS deve liderar o movimento para que aja uma grande priorização e aumento de verba para pesquisas sobre tuberculose.
Com 450 mil novos casos de tuberculose multirresistente no mundo a cada ano, a resistência a medicamentos é um problema que está crescendo a passos largos. As pessoas com XDR-TB são resistentes tanto aos antibióticos de primeira escolha usados para tratar tuberculose, quanto às duas classes de medicamentos de segunda escolha, fazendo com que o tratamento da doença com as drogas existentes seja praticamente impossível.
A XDR-TB ganha contornos extremamente alarmantes em um contexto onde o HIV está presente, uma vez que as pessoas co-infectadas com HIV/Aids podem morrer antes que exames confirmem sua resistência aos medicamentos. A utilização de medicamentos padrão para tratar XDR-TB sem saber que existe a resistência à droga pode significar a condenação de um paciente à morte. Médicos de MSF lutam para conseguir tratar a tuberculose com as ferramentas disponíveis hoje, um problema que é exacerbado pela pandemia de HIV.
"O comércio, como sempre, seria um desastre para o tratamento do XDR-TB", afirmou o Dr. Françoise Louis, conselheiro de tuberculose e HIV/AIDS de MSF. "XDR-TB tem potencial para ser devastador em lugares onde o HIV/Aids está disseminado. Mas tentar tratar XDR-TB com as ferramentas que temos hoje seria como tentar apagar um incêndio de uma floresta com uma mangueira de jardim".
Para responder ao surto de XDR-TB, a OMS vai ter que conseguir novas drogas o mais rápido possível, trabalhando com agências regulatórias e companhias farmacêuticas para garantir um desenvolvimento clínico e distribuição rápidas de novos medicamentos para 'uso por compaixão'.
A organização vai ter também que incentivar a aceleração do desenvolvimentos de mais testes rápidos. Isso requer que a OMS assuma a liderança do projeto e não apenas delegue a responsabilidade aos parceiros que desenvolvem o produto.
A emergência de XDR-TB é um reflexo de como a abordagem da OMS para a tuberculose falhou, particularmente ao negligenciar a pesquisa e o desenvolvimento urgente de novos medicamentos e métodos de diagnósticos que poderiam reduzir as quase dois milhões de mortes pela doença registradas a cada ano. Os remédios usados no tratamento padrão hoje foram desenvolvidas nas décadas de 50 e 60 e o teste mais comumente usado foi criado há mais de um século e só consegue diagnosticar tuberculose em cerca de metade dos casos. Além disso, os remédios existentes e testes são ainda menos adaptáveis para o uso em pessoas que também têm HIV/AIDS.
"O surto de XDR-TB na África do Sul devem alertar sobre o que está acontecendo com a tuberculose em uma larga escala", contou Dr. Tido von Schoen-Angerer, diretor da Campanha de Acesso a Medicamentos Essenciais de MSF. "Nós simplesmente não estamos enxergando a urgente necessidade e maior investimento em pesquisa e desenvolvimento necessários para fazer com que a Ciência básica da tuberculose se traduza em novos medicamentos que possam encurtar e melhorar o tratamento, e testes para diagnosticar a doença que possam ser usados em locais com poucos recursos".
MSF trata 17 mil pacientes com tuberculose em mais de 94 projetos em 44 países e está observando um crescente número de casos de tuberculose multirresistente (MDR-TB). Alguns pacientes dos projetos de MSF diagnosticados com MDR-TB na ex-República Soviética têm XDR-TB.
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