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Número de crianças com desnutrição aguda grave em Doolo é o maior já visto por MSF em dez anos de trabalho na região
26 de junho de 2017 – Uma grave emergência humanitária está se desdobrando na zona de Doolo, na região somali da Etiópia, na medida em que a desnutrição atinge níveis alarmantes, adverte a organização médico-humanitária internacional Médicos Sem Fronteiras (MSF), cujas equipes estão trabalhando na zona de Doolo, a área mais afetada.
“O número de crianças pequenas com desnutrição aguda grave na zona de Doolo é o maior já visto nessa área pelas nossas equipes em 10 anos de trabalho na região”, diz Saskia van der Kam, consultor de nutrição de MSF.
Trabalhando em conjunto com autoridades de saúde da Etiópia, equipes de MSF instalaram 27 centros de nutrição terapêutica ambulatoriais e quatro de internação para tratar crianças com desnutrição aguda grave. Em Danod, Lehel-Yucub, Wardher, Galadj e Daratole, equipes de MSF trataram 6.136 crianças com menos de cinco anos de idade com desnutrição aguda grave desde janeiro. Esse número é mais de 10 vezes maior que a quantidade vista no mesmo período de 2016, quando 491 crianças receberam tratamento para essa condição ameaçadora e letal.
Somente na primeira semana de junho, 322 crianças gravemente desnutridas foram admitidas nos quatro centros de nutrição terapêutica de internação mantidos por MSF. Apesar de todos os esforços médicos, 51 dessas crianças não sobreviveram. O número total em junho subiu para 67. “A morte dessas 67 crianças mostra a gravidade da situação”, diz Van der Kam. “O que estamos vendo aqui é uma emergência humanitária”.
Milhares de pessoas dependentes de assistência externa
A crise de desnutrição surgiu no despertar de duas estações chuvosas fracassadas. Muitas pessoas viram seus rebanhos morrendo como resultado da seca, que as forçou a abandonar seu estilo de vida tradicional e nômade. Elas se instalaram em acampamentos informais, onde não têm água nem alimento suficiente para sobreviver.
“Quando a seca começou, nossos animais morreram, então não podíamos mais ficar na floresta”, diz Fardausa, que trouxe sua neta de três anos de idade, Maida, para receber tratamento em um dos centros de nutrição terapêutica apoiados por MSF. “Nunca havia visto uma situação como essa. Tínhamos animais que nos davam tudo de que precisávamos. Agora não temos nada, e nossas crianças estão ficando doentes e morrendo”.
As secas não são novidade para os que vivem nesta região. A população majoritariamente pastoril sabe se adaptar a perder alguns camelos ou vacas até a chegada da próxima chuva. Mas depois de duas estações chuvosas fracassarem seguidamente, muitos não conseguem mais lidar com a situação, e estão, agora, totalmente dependentes de assistência externa.
“Nossas equipes estão vendo comunidades inteiras ficarem sem leite, visto que a maioria dos animais morreu”, diz Karline Kleijer, coordenadora de apoio a emergências de MSF. “Sem os animais, essas pessoas não têm mais fonte de renda ou meios para transportar comida e água quando forem se deslocar. Muitas estão batendo em nossas portas para implorar por alimento”.
Desnutrição aumenta conforme assistência nutricional diminui
As pessoas que vivem nos acampamentos vêm recebendo assistência nutricional, e o governo regional está oferecendo de 2 a 3 refeições por dia para a população da maioria dos acampamentos informais. Contudo, o estoque de alimento é insuficiente para o grande número de pessoas deslocadas com necessidade, e, agora, está chegando ao fim.
“Na última semana de maio, a distribuição de alimentos cozidos foi suspensa, e a distribuição mensal de comida seca foi atrasada, o que deixou um grande número de pessoas sem qualquer alimento”, diz Kleijer.
“Para maior preocupação, o Programa Mundial de Alimentos das Nações Unidas alertou que seu estoque para assistência alimentar de emergência para a região Somali deve se esgotar no fim de julho, deixando 1,7 milhões de pessoas ainda mais suscetíveis à desnutrição”, diz Van der Kam.
MSF estimula doadores e outras organizações a aumentar seu apoio à região Somali
Temendo uma deterioração local na situação nutricional e humanitária na região Somali, MSF planeja expandir sua resposta de emergência para outras zonas, entre elas as regiões de Jarar e Nogob.
“Nossas equipes estão trabalhando com as autoridades de saúde para alcançar quantas crianças for possível, a fim de oferecer a elas alimento terapêutico e, assim, reduzir a mortalidade imediata, em vez oferecer cuidados mais abrangentes a um número menor de crianças”, explica Kleijer. “Porém, não deveríamos ter que fazer uma escolha dessas. Mais alimento e mais organizações humanitárias devem chegar a esta região urgentemente”.
MSF faz um apelo aos doadores para que incrementem seu apoio à Etiópia a fim de garantir que distribuições contínuas de alimento cheguem às pessoas com necessidade. Juntamente a isso, organizações humanitárias devem enviar equipes e suprimentos para as áreas mais afetadas do país para prevenir que a crise aumente no futuro.
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